Capítulo 14

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Resolvi adiantar o capítulo pelo fato da minha ausência, agora só semana que vem meus amores!

Espero que gostem!

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Gabriel

Assim que abri a porta de casa Antony veio correndo para os meus braços, como sempre fazia. O ergui em meus braços abraçando-o forte.

Ele é tudo pra mim!

— Papai, que saudade. — beijo o topo de sua cabeça e caminho com ele em meu colo até a sala.

— Que saudades também meu garoto. — sento-me no sofá. —Como foi hoje na escola hein? — pergunto.

— Muito bem pai, aprendi continha de vezes papai. — Antony levanta apressado do meu colo correndo na direção da sua mochila.

Todo dia é a mesmo coisa, a mesma recepção de Antony. Sei que não sou o paizão que ele realmente merece, mas faço de tudo para tentar ser, para ver a sua felicidade, tento afastar a falta que ele sente da mãe.

— Olha papai. — ele abre o caderno para me mostrar as continhas tudo certa.

Assim que Antony nasceu, depois de exatamente uma hora, Melissa teve uma complicação que a levou a morte, acusando-me uma dor que nunca imaginei sentir, foi do melhor dia para o pior. Pedi a Deus que levasse-me junto com a mulher que escolhi viver por toda a minha vida. Fomos casados durante dezoito anos, dezessete anos tentando engravidar para quando finalmente conseguimos acontecer uma coisa dessas

No começo foi algo muito difícil para mim, como ainda é, andar pela casa e saber que nunca mais a veria ali, arrumando tudo como gostará, cozinhando como ninguém, pois ela tinha uma paixão pela culinária. A casa sem ela nunca mas seria a mesma. Assim que Antony pode sair do hospital, eu não queria vê-lo por nada nesse mundo, pois achava que ele era o culpado por tudo o que havia acontecido, foi preciso eu ir em vários psicólogo para tentar me ajudar. Até que minha mãe me dera um shock de realidade, fazendo-me enxerga que o menino não tinha culpa de nada, que era inocente como um anjo, que já iria crescer sem o amor da mãe, não poderia perder também o do pai. Foi quando eu fui correr atrás de aprender a cuidar dele e afastei-me da empresa por um ano e cinco meses, para só então contratar uma pessoa de confiança para cuida-lo.

Olho para a foto em cima da mesa de centro, eu e Melissa em nossa viagem de lua de mel, ela incrivelmente linda, dentro de um vestido branca sorrindo espontaneamente para algo. Sinto um nó se formar em minha garganta, e novamente vem aquela vontade louca de morrer, para me encontrar com a única mulher que amei, e a única que irei amar nessa vida.

Olho para Antony que brinca no chão com os seus carrinhos, cabelos loiros e lisos como os dela, os olhos incrivelmente verdes, a pele branca. Eu ainda a sinto aqui nessa casa, comigo, com nós dois, principalmente quando estamos pertos um do outro, sinto uma paz tão grande.

Depois que realmente caiu a ficha para mim de que nunca mais a veria, prometi nunca mais me envolver com mulher nenhuma, e a promessa eu estava cumprindo bem até ir naquele clube.

Depois que realmente caiu a ficha para mim de que nunca mais a veria, prometi nunca mais me envolver com mulher nenhuma, e a promessa eu estava cumprindo bem até ir naquele clube

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Luna

Não sei dizer exatamente o que sinto nesse momento, Rodrigo trouxe novamente aquelas chamas do passado, que está causando-me um embaraço dos grandes.

Esperei por ele todos esses dias, ansiosa, pois eu tinha certeza que ele iria vir sim, e não deu outro, eu só não esperava ter aquela reação.

Quando eu olhei em seus olhos, vi culpa refletido, pena, ódio e até compaixão, o que me levou a ter aquele mine surto.

Cheguei em casa e fui direto para o banho, pra tentar esfriar a cabeça. Rodrigo ainda mexe comigo de uma forma indescritível, são exatos oito anos sem vê-lo, não sabia que ainda me sentiria como uma adolescente apaixonada igual no passado. Eu daria tudo para ter vivido com ele tudo o que nós planejamos no passado, mas eu sei que isso nunca irá acontecer, ele me pareceu realmente arrependido de tudo, mas com certeza não irá querer se envolver comigo como no passado. Agora é tudo diferente, eu principalmente, agora sou uma mulher. Não só uma mulher, mas também uma prostituta, que vende o corpo em troca de dinheiro, uma piranha qualquer, já Rodrigo era rico, pode ter qualquer mulher em seus pés, em sua cama.

Me sinto péssima, coisa que não me sentia faz um tempinho, pouco, mais já é algo. Sinto-me como se não tivesse nascido para ser feliz, eu realmente não nasci para tal coisa.

Olho-me no espelho e assusto-me pela forma que me encontro, rosto chupado, olheiras escuras e profundas. O sono não tem estado muito presente nesses últimos dias, tenho atendido quase cinco clientes por noite. Isso tem me deixado mal, mas é a única coisa que me distrai, a única coisa que tenho para fazer, pois quando estou sozinha, as coisas que sinto vontade de fazer, são coisas realmente absurdas.

Não vou contar nem nada disso para Mendy, pois sei o quanto minha amiga já está preocupada comigo, não quero que ela deixe sua vida para ficar comigo, uma mulher já burra velha que vem morrendo mais a cada dia.

Escutei barulho de Chaves e logo em seguida a voz da minha amiga me chamando.

— Estou aqui. — gritei do quarto. Logo Mendy entrou e veio até mim me abraçando.

Parece que ela sente sempre quando eu estou nos meus piores dias, quando estou realmente precisando de um abraço. Não consigo mais segurar as lágrimas que insistem em cair.

— Isso minha amiga... Chora, chorar faz bem. — minha amiga afaga meus cabelos e um soluço me escapa.

Ficamos em pé abraçados por não sei quando tempo, Mendy me direcionou para a cama, deitando-se comigo, me dando um carinho de irmã, mãe, como sempre fizerá desde que nos conhecemos.

***

Acordei sozinha na cama, já era meio dia, levantei e coloquei um vestido amarelo de algodão que batia em minhas coxas, fiz um coque frouxo em meu cabelo e deixei o quarto, Mendy estava na cozinha preparando nosso almoço, sentei na pancada para observar minha amiga.

— Está melhor? — perguntou sem se virar para me encarar.

— Sim sim. —

— Estou preparando macarrão ao molho de camarão. — Mendy era incrível na cozinha assim como eu, nós duas revezávamos na cozinha, ou cozinhávamos juntas mesmo. O cheio estava incrível, senti meu estômago roncar de imediato.

— Estou morrendo de fome. — Mendy me olha e sorri. — Vamos ao banco comigo? Preciso depositar o dinheiro para o tratamento do meu pai.

Depois Que Você Se FoiOnde histórias criam vida. Descubra agora