Capítulo 9

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Queria agradecer a cada mensagem, a cada comentário que recebi de vocês me incentivando a continuar! Vocês não sabem o quanto foi importante para mim, pois eu realmente estava triste, muito mesmo!

Não consegui postar o capítulo ontem por estar sem internet!

E vou tentar postar outro na quinta-feira, só não vou dar certeza! Beijos

Comentem, votem, indique para os amigos.

Espero que gostem!

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Luna


Caímos nós dois, um ao lado do outro esgotados, suados e ofegantes. Quando o vi parado na minha porta não acreditei que era ele mesmo ali.

Depois do dia do clube, assim que cheguei em casa contei para Mendy, que de primeira ficou embasbacada com sua atitude canalha e no final não se aguentou de tanto rir. Rodrigo me deu o troco bonito, o pior castigo para uma mulher é o homem estiga-la e depois deixá-la na mão como ele fez.

Fui tão fraca.

Não sabia que vê-lo novamente deixaria-me tão mexida, naquele dia eu não consegui dormir, só me lembrava dos seus dedos mágicos dentro de mim, depois de Rodrigo eu nunca mais soube o que era ter prazer de verdade, até porque eu era paga para dar prazer, não receber, uns até tenta, mas tem outros que não está nem aí, só pensa neles mesmo. Hoje decidi ficar em casa pelo fato de está cansada, não só fisicamente, estou cansada mentalmente, cansada dessa vida. Precisava descansar, muito sono acumulado.

Olho para o lado de rabo de olho, Rodrigo continua encarando o teto.

E agora? Com que cara olho para ele?

Sento-me na cama e tomo a coragem de quebrar o silêncio.

— Se era isso que você queria já pode ir embora. — falo baixou, sentindo-me mais humilhada que antes, fui fraca, cedi fácil ao homem que me despedaçou a oito anos atrás. Abandonando-me sem explicação, sem motivo algum.

Rodrigo também se senta e sinto meu olhar queimando-me a pele.

— Senti saudades. — confessa mas para si do que para mim. O que ele quer com isso.

— Já matou, pode ir. — falo novamente.

— Luna... — o interrompo.

— Foi você quem escolheu isso a oito malditos anos atrás, foi você quem me deixou sem explicações, foi você quem me transformou nisso que sou hoje, nesse objeto de prazer de qualquer um, esse ser desprezível, que ninguém gosta. — sinto as lágrimas banharem meu rosto. — ninguém suportar ter por perto. Foi você, é tudo culpa sua.

Ando de um lado para o outro, as lágrimas teimando em cair, como se eu fosse uma menininha, frágil, inocente, tudo o que deixei de ser a oito anos atrás.

— Luna eu... — vou para cima dele, tampando-o a boca.

— Cala a boca, só vai embora daqui p-por favor, e-eu não aguento Rodrigo, p-por favor. — imploro, com o rosto completamente molhado pelas lágrimas. Rodrigo apenas assente vendo o meu desespero.

Ele levanta para se vestir e se vai, e eu fico ali, sentada com o rosto no meio das pernas, chorando feito uma menina.

***

Ouvir aquelas coisas da boca de Luna, causou-me uma sensação completamente estranha, como se eu tivesse cometido o pior erro da minha vida deixando-a para trás sem pedir uma explicação. Aquele olhar dela não sai da minha mente, tudo o que Luna falará no passado, suas promessas de amor, era tudo tão verdadeiro, sincero, tudo o que ela dizia, ela olhava em meus olhos.

No que eu transformei aquela menina? Meu Deus.

Estaciono o meu carro no térreo do hotel, caminho para o elevador. Assim que chego ao quarto ligo para minha irmã.

Na primeira noite que vi Luna, cheguei em casa e Aila me acolheu, olhou-me com uma olhar de quem saberá de tudo o que se passou.

No segundo toque minha irmã atende.

O que você quer Rodrigo? — pergunta irritada com voz de sono.

— Preciso de você agora aqui no hotel onde estou.

Aconteceu alguma coisa. — pergunta alarmada.

— Não, te espero. — finalizo a ligação.

Vinte minutos depois ouço baterem na porta, abro vendo minha irmã, ela abraça-me e entra no meu quarto.

— O que houve Rodrigo, estou preocupada. —nos acomodamos na cama e Aila parece já perceber o que estou prestes a falar.

— Conta para mim tudo o que você sabe, por favor Aila. — minha irmã abaixa a cabeça, parecendo pensar em alguma coisa, ela volta a me encarar e por fim fala.

— Um dia antes de tudo aquilo acontecer, ouvi a mamãe falando com um homem ao telefone, onde dizia que pagaria cem mil dólares caso ele conseguisse forjar uma cena. —ouço-a atentamente. — A uma semana ela tinha descoberto que você ainda mantinha contato com Luna, mamãe surtou, alegando que não haverá criado um filho para casar-se com uma pessoa pobre, sem condições nem para comer direito, e no dia da ligação ela me pegou escutando tudo e me ameaçou, que se eu abrisse a boca me mandaria para muito longe. —a cada palavra que Luna falava, mas eu ficava sem chão. — Por isso ela falava que aquela gente não prestava, pra quando ela forjasse tudo, você acreditar.

Levando da cama e começo a andar de um lado para o outro. Como minha mãe foi capaz disso? Forja uma situação para me separar de uma pessoa, uma pessoa que numa fizerá mal a ninguém, ajudava aos outros mesmo ela sendo a que mais precisará de ajuda.

Por causa de um mal entendido, eu fizera Luna entrar nessa vida, por ciúmes, raiva de ver outro homem tocando-a.

Porque não fui atrás para pedir uma explicação? Mas não, agi como um moleque, fugindo da situação.

Aila vem até mim, segurando-me pelo braço.

—Me perdoa Ro. — diz com lágrimas nos olhos. — Me perdoa mesmo meu irmão, por não ter lhe contado antes. — abraço minha irmã.

— Relaxa. — beijo o topo de sua cabeça.

—Assim que você foi pra Itália eu me encontrei com Ágata, ela estava sofrendo muito, estava magra, como se não vivesse mais. Estava rodando a semana em busca de algum emprego, ajudei-a com o pouco que eu tinha no momento, aí depois de um tempo encontrei-a de novo, ela disse que já havia encontrado um, porém eu senti que ela não queria falar de tal assunto. —Aila olha para mim. — Só depois de muitos anos fui descobri que ela havia virado garota se programa Ro.

Depois de mais conversas, quando deu seis horas Aila foi embora, depois de certificar se eu ficaria bem e como iria agir de agora em diante com minha mãe, falei que não sabia e assim que eu decidisse falaria com ela.

Entrei embaixo na ducha fria, sentindo-me um completo idiota por ter deixado a mulher da minha vida desamparada todos esses anos, raiva, ódio, nojo de mim nesse momento.

Preciso tentar fazer com que Luna me ouça.

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Até quinta-feira galerinha!

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