AUTOCONTROLE

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𝒪𝓁𝒾𝑜𝓉𝒾

Eu não sei onde estava com a cabeça em aceitar isso. Luba era um psicólogo, eu duvido que ele sequer saiba lutar... Como eu posso arrastá-lo pro covil do homem que quer ele morto?

Porém, se eu deixá-lo pra trás ele estará em perigo do mesmo jeito, então acho que não é como se tivéssemos uma escolha... Pelo menos ele vai estar perto de mim. Fica mais fácil cuidar dele assim.

Mas isso não muda o fato de que estou preocupado.

Depois do jantar, que fora demasiado agradável devido à compania dos pais do Luba e dos meus amigos, nós seguimos pro quarto. Eu ainda tinha que passar tudo o que o comandante tinha me passado pra ele.

Pelo visto viajariamos amanhã pela parte da manhã e depois de um vôo de 11 horas chegaríamos em Londres, onde uma condução nos levaria para Brighton onde se encontra o QG do Reino Unido para conversarmos com o comandante Félix Kjellberg (não, eu também não consigo pronunciar isso) sobre como procederíamos na missão. Pelo que entendi a mansão do vampiro babaca é em Cambridge, e como uma cidade é distante da outra, precisamos de tempo pra planejar tudo. Por isso estamos indo amanhã.

Sempre quis visitar o exterior, mas não com uma missão de vida ou morte nas costas. Espero que o Luba consiga se distrair ao menos, vou tentar deixá-lo o mais vontade possível. Deixa que eu me preocupo com o resto.

Assim que adentramos no quarto, ele se sentou na cama e olhou em minha direção — E aí, como vai ser a grande aventura com risco de morte?

Levantei uma sobrancelha e puxei uma cadeira pra perto, me sentando e cruzando os braços — Não chamaria de aventura, mas a parte do risco de morte tá certinha.

— Credo Olioti, relaxa um pouco — ele sorriu — você é uma barreira humana, lembra?

Suspirei — Mental, não física. Qualquer um de nós pode se machucar feio nessa missão caso sejamos descobertos, ou pior.

Caso formos descobertos — ele insistiu sem hesitar, mas isso não me convenceu. E ele pareceu perceber, já que suspiro e se inclinou pra frente, apoiando o cotovelo em sua perna e descansando a bochecha contra o punho — Eu entendo que é uma situação complicada, e que eu não tenho experiência nenhuma com tudo isso, mas a gente tem que se manter positivo, T3ddy...

— Positividade não vai te manter seguro contra Godric — franzi — só de pensar nas coisas que ele pode fazer contigo...

— Ei ei, não entra nessa — ele levantou a cabeça e usou a mão pra segurar uma das minhas, que acabaram por descansar na minha perna depois de um tempo — Ele não vai fazer nada, vai ficar tudo bem. E além do mais, você não é o único preocupado, sabia? — ele me lançou um olhar relutante — Como acha que me sinto a respeito de você ser o principal alvo desse cara e ter que ser quem vai bater de frente com ele?

— É meu trabalho — foi a minha resposta, mas ele apenas bufou e cruzou os braços.

— Teu trabalho é cuidar de mim.

Eu acabei rindo com o jeito que ele inchou as bochechas. Ele parecia um esquilinho irritado — No momento é, mas meu trabalho sempre foi enfrentar esse tipo de coisa.

— Pois é, no momento teu trabalho é cuidar de mim... Então foca nisso e não em ser um caçador suicida, ok?

Continuei a sorrir e acabei por balançar a cabeça. Psicólogo teimoso — Vou pensar no seu caso.

Ele revirou os olhos — Idiota — seus olhos então se voltaram pra mim — Mas enfim, o que o comandante te passou?

Lhe passei todas as informações que o comandante tinha me passado, e ele ouviu tudo atentamente. Vi um certo brilho em seus olhos quando mencionei Londres, mas logo se apagou quando eu disse que seguiríamos de imediato para Brighton. Entretanto, assim que mencionei Comandante Félix seus olhos se alargaram e ele tampou a boca — Félix Kjellberg, como no nome real do Pewdiepie?!

Guardião por DestinoWhere stories live. Discover now