JUNTOS ESTAMOS, JUNTOS PERMANECEREMOS

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𝐿𝓊𝒸𝒶𝓈

Seguimos Gustavo até a sala do comandante Neto em completo silêncio. Eu não sei qual é o problema agora, mas pra alguém tão brincalhão como o Gustavo estar apreensivo desse jeito... deve ser alguma coisa bem séria.

Ao menos a presença do T3ddy ao meu lado era mais do que o suficiente pra me deixar tranqüilo. Ele tinha uma expressão séria e determinada, e as vezes sua mandíbula tensionava, mas ele estava bem próximo enquanto andava ao meu lado, e eu tive que lutar contra a necessidade de segurar sua mão que estava tão perto da minha

Imagino que ele não gostaria muito se eu fizesse tal coisa.

Logo mais chegamos à sala do comandante, onde já estavam várias pessoas reunidas, inclusive meus pais. Nossa chegada chamou a atenção de todos enquanto Gustavo segurava a porta para que passássemos, e dos rostos que nos encaravam os únicos que consegui identificar foram os de meus pais, do comandante, do Christian e do Mauro. Um silêncio estarrecedor impregnou o ambiente e eu me senti um tanto desconfortável, o que tentei não deixar transparecer ao me aproximar dos meus pais — O que está acontecendo?

Minha mãe apenas balançou a cabeça. Claramente não sabiam também.

T3ddy se posicionou do meu lado e cruzou os braços. Seus óculos deixavam ele com um aspecto mais casual e calmo, mas eu conseguia sentir a irritação irradiando dele enquanto seus músculos pareciam tensionar. Ele sentiria dor mais tarde se continuasse tenso desse jeito, então eu reuni o pouco de coragem que me restava e toquei seu braço, o que pareceu despertá-lo. Lhe ofereci um pequeno sorriso e esperei. Não demorou muito pra ele mostrar aquele lindo sorriso e me puxar pra perto, colocando o braço em volta dos meus ombros, parecendo relaxar.

Sorri triunfante. Missão cumprida.

Eu então voltei a atenção pro comandante, que assim como os outros parecia nos assistir em silêncio. Franzi e senti meu rosto queimar. Por que as pessoas continuam nos encarando?

— Bem — ele finalmente começou, virando sua atenção de nós para os demais — primeiramente peço desculpas por esse encontro repentino, mas esse é um assunto que não pode esperar.

— Não mesmo — disse um rapaz de barba e boina, que estava acompanhado de uma moça de cabelo médio e castanho — Nilce recebeu informações preocupantes sobre as movimentações de Godric.

Eu gelei. Ah cara, não é possível que ele deu um jeito de nos achar.

— Quer falar amor? Você tem as informações mais completas — o rapaz de boina perguntou, e só então eu parei pra perceber as alianças douradas nas mãos dos dois. Casados.

— Pode ser Leon — Oh. O rapaz da TI que conversei no comunicador do T3ddy. Não é à toa que a voz era familiar. — Bem, primeiramente já digo de antemão que não são notícias agradáveis, mas também não é nada desesperador. Pelo menos por agora.

Eu inconscientemente me aproximei do T3ddy, e ele me puxou pra perto sem cerimônia.

— Recebemos uma ligação de um espião do Sr. Félix, e pelo que ele me disse, Godric está planejando um ataque em massa no Brasil até que a base seja encontrada.

Arregalei os olhos. Como isso não é desesperador?!

— Mas calma, isso não é pra agora — ela rapidamente adicionou, provavelmente porque as expressões de todo mundo deviam estar muito parecidas com a minha no momento — Pelo que me foi passado, Godric só agora decidiu fazer isso. Ele ainda está planejando o ataque, e pra isso ele vai precisar de aliados.

— Mas como ele vai conseguir aliados pra essa causa absurda? — perguntou um rapaz que eu desconhecia — Ele foi o único ancião que não assinou o contrato!

Guardião por DestinoWhere stories live. Discover now