CUIDAR É AMAR?

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𝒪𝓁𝒾𝑜𝓉𝒾

Eu mal consegui dormir. Estava muito preocupado com o Luba podendo ter pesadelos de novo então continuei verificando se ele estava tranquilo enquanto dormia. Felizmente ele permaneceu embolado nas cobertas e com uma expressão relaxada a noite inteira, então acho que o vampirão lá não tentou ser engraçadinho novamente.

Mas isso não significava que ele não tentaria no futuro, então eu não podia relaxar.

Acabei cochilando por volta das cinco, mas foi só por uns 2O minutos. O mínimo de movimento vindo do Luba acima de mim foi mais que o suficiente pra me fazer acordar alarmado. Desde então eu não preguei os olhos, e agora às O8:OO eu permanecia deitado na cama fitando o teto em alerta. Meu machucado estava incomodando um pouco, mas tendo em vista como tava antes eu não tenho nada a reclamar agora.

Luba não ia gostar de saber que não dormi, então decidi manter essa informação pra mim.

Um miado chamou minha atenção, e quando olhei, a gata branca do Luba estava me encarando. Eu sorri pra felina e lhe apertei o nariz — Bom dia pra você também moça.

Ela esfregou a cabeça contra a minha mão, e depois de lamber o meu nariz, pulou da cama. Eu ri sozinho. Quem diria que a próxima mulher que eu ia encantar seria um bicho de estimação? Bem minha cara mesmo.

Decidi por fim me levantar de uma vez. Fui no banheiro fazer minha higiene pessoal e depois dei mais uma verificada no Luba. Ele continuava a dormir tranquilamente. Imagino que estivesse cansado, provavelmente não pregou os olhos uma vez desde que essa bagunça começou.

Bem, ele tentou... mas claro que foi rudemente interrompido.

Ele provavelmente acordaria com fome. Talvez eu devesse ir pegar algo pra ele comer e deixá-lo dormir mais pouco. Tenho que me atualizar de qualquer forma.

Fui na direção da porta e a abri com o maior cuidado possível pra não acordar a bela adormecida, mas assim que abri eu dei de cara com a mãe dele prestes a bater. Eu sorri — Bom dia dona Carmen.

Ela pareceu surpresa em me ver ali. Provavelmente não esperava que eu atendesse a porta do Luba — Bom dia querido... Tá tudo bem com o Lucas?

— Sim, é só que ele teve uns pesadelos ontem à noite e pediu pra que eu ficasse por aqui — dei passagem pra ela entrar, o que ela fez enquanto mantinha a atenção em mim — eu estou indo pegar alguma coisa pra ele comer, se a senhora puder ficar de olho nele pra mim.

Ela levantou uma sobrancelha mas sorriu — Isso é muito gentil da sua parte. Claro querido.

— Imagina, só retribuindo todo o cuidado que vocês tiveram comigo — eu respondi — por sinal, o que eu deveria pegar pra ele?

— Qualquer coisa honestamente, ele come de tudo. Só tenta não pegar pegar muita coisa derivada do leite, ele é lacto-intolerante.

— Bom saber, volto logo.

Ela sorriu e assentiu. Eu então saí e fechei a porta atrás de mim, caminhando até onde lembrava ser o refeitório. Logo que cheguei vi a imensidão de pessoas que estava aqui ontem no jantar e imediatamente me senti aliviado que o Luba não veio comigo. Com certeza esse povo sem noção ia deixar ele desconfortável de novo tendo em vista que ficaram me encarando quando cheguei no lugar.

Os Ignorei e fui escolher o café da manhã dele. Juntei um sanduíche de peito de peru com alface e tomate e um copo grande de suco de laranja com um pedaço de bolo de chocolate e um potinho de salada de frutas em uma bandeja e estava prestes a seguir pra cabine quando ouvi a voz do Gusta atrás de mim — Você todo saudável? Essa é nova.

Guardião por DestinoWhere stories live. Discover now