Capítulo Cinco

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Adentrei a enorme casa, que era o endereço da festa

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Adentrei a enorme casa, que era o endereço da festa. A primeira festa que eu vou...
Quem me recebeu foi Brian, com um sorriso tão maravilhoso que quase me fez com que eu perdesse o oxigênio. Tá, talvez eu tenha exagerado um pouco.

Tinha até uma pista de dança nessa casa. Na verdade, acho que o termo correto em vez de casa seria mansão. Que joça luxuosa!

— Fico feliz que você veio.

Coro ao ouvir ele falando essas palavras. E só de pensar que ele era uma das pessoas que começou o bullyng comigo...

— Vem, vamos beber alguma coisa — ele diz, me puxando até o que parecia um bar.

Ele me ofereceu, mas claro que eu neguei, afinal sou menor de idade. Aliás somos menores de idade.

Começo a me sentir zonza, com um mal pressentimento. Com certeza não deve ser nada demais. Respiro fundo, tentando me acalmar. Brian, então, se levanta e disse que vai dançar e me chama, mas eu recuso. Não sei dançar. Sou um desastre.

Sozinha de novo. Me levanto, para procurar o banheiro, para conferir a minha maquiagem. Apesar de me sentir constrangida por usar isso, eu estou usando, por causa do padrão. A gente tem que estar no padrão. Se não estivermos, a sociedade não nos aceita.

Adentro a casa, por estar na área da piscina. Subo as escadas, de xereta para encontrar o banheiro — em vez de simplesmente perguntar a alguém — e abro uma porta, sem ao menos bater, e claro, me arrependo instantaneamente ao ver aquilo.

— Desculpa — digo, super constrangida.

Claramente não preciso nem dizer que minha cara estava vermelha nesse instante. Bem, o que eu vi você já deve imaginar.

Saio andando e, dessa vez, pergunto para uma garota ruiva onde fica o banheiro. Ela me mostra onde é.

Entro e me analiso no espelho. O que aconteceu comigo mesma? Estou tão... irreconhecível. Sei que titia me ajudou e muito. Eles se tornaram meus amigos, certo? Não me criticaram mais. Mas por que me sinto tão vazia? Por que não me sinto feliz? Respiro fundo e retoco meu batom.

Ao sair, vejo a garota ruiva ainda na porta.

— Algum problema? — pergunto, com a sombrancelha erguida

Talvez tenha sido grossa... Mas quer saber? Que se dane!

— Sim... Como é seu nome?

— Izabel. Mas por quê?

— Eu sou a prima do Brian, e imaginei que fosse você, porque a Felícia apontou para ti. Estou procurando essa tal de Izabel a festa inteira! Tenho algo a te falar. Você precisa ir embora!

— O quê? Como assim? Essa é a minha primeira festa. Acha mesmo que vou ir embora?

— Eles estão planejando te humilhar, é sério! Eles são seres imundos e...

— Não precisa continuar — a interrompi. — Eu não acredito em você — digo, saindo de perto daquela maluca.

Ela acha mesmo que vou acreditar nela? Talvez eu deva. Mas ela — provavelmente — apenas não me quer aqui, e por isso inventou essa desculpa esfarrapada. Não irei dar esse gostinho à ela. Ela não vai estragar a minha noite.

Saio à procura de Brian, porque talvez eu esteja interessada nele — ele parece ser um cara legal. Mas ao sair para a área de piscina pela porta de vidro, todos estavam em volta da porta. Alguns seguravam baldes, outros tacos, outros ovos, alguns seguravam pás, outros seguravam mostarda até que eu vi um segurando um pacote de amendoins.

Mas o que é isso?

Logo, eles avançam para cima de mim, tento correr, porém estou em choque. A ruivinha tentou me avisar. Me sinto tão tola, tão idiota. Como pude ser tão trouxa assim?

Mas sabe o pior de tudo? Eles planejaram isso. Apenas para me humilhar...

Ao me alcançarem eles me jogam ao chão, e tacam ovos podres em mim. Eles me batem tão forte... Começo a chorar, pela dor. Eles me xingam dos mais diversos nomes.

— Você acha que só porque mudou a roupa vamos te aceitar?

— Te enxerga, sua imunda.

Isso é tão humilhante! Se ao menos eu não fosse tão bocó...

Do que parece ter passado horas, eles param e alguém me pega no colo. Essa pessoa desce uma escada, provavelmente no porão da casa. Estava zonza para reparar em tudo. Ele puxou meus braços e me prendeu — com uma corda — em uma cadeira de madeira, muito desconfortável.

A única coisa que consegui ver, foi ele injetando uma agulha em meu braço, e assim eu apaguei.

• • •

Acordo e tudo está razoavelmente iluminado. Meu corpo dói.

Eles não são alunos populares e perfeitos! Eles são monstros, isso sim!

Lágrimas escorrem pelo meu rosto. O meu estado é deplorável... Meu vestido vermelho e rodado, estava inteiramente rasgado e sujo, já meus sapatos nem estavam no meu pé.

Tentei levantar, afinal, não estava mais presa, mas ao levantar eu caí. Minha cabeça lateja, meu corpo está cheio de hematomas.

Sou mesmo uma tonta, ao achar que eles seriam gentis comigo. Como eles podem ser gentis com alguém, a não ser si próprio? São seres egoístas.

Meu celular — obviamente (eles são egoístas, não burros) — não está comigo. Droga! Começo a me levantar de novo, o que mais uma vez é em vão. Estou fraca demais. Que horas são? Eles vão me deixar aqui por quanto tempo? Eles vão me matar? Não, não acho que sejam cruéis à esse ponto. Mas e se forem? Se forem estou lascada. Gente, eu tenho muito o que viver! Ainda sou BV. Como sou patética, numa hora como essa, pensando nessa baboseira. Tudo bem, é uma super baboseira. Mas é sério! Não quero morrer BV!

Tudo bem, vou tentar levantar mais uma vez. Tentei e caí de novo, olha que maravilha. Meu corpo inteiro lateja. Respiro fundo e penso se eu deveria gritar para pedir ajuda. Talvez sim ou talvez não. E se eles me ouvirem? Ouvirem que estou acordada? São tantas perguntas!

O que eu faço numa hora dessas? Nunca me imaginei em tal cena...

Dessa vez, eles foram longe demais. Se eu sair viva daqui — acho e espero que sim —, irei os processar.

Começo a ouvir passos no corredor da escada e me desespero. Será ajuda?

O que vem agora?

O que vem agora?

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Minha Fada Madrinha [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora