Capítulo Quinze

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∞ ∞ ∞

AO ACORDAR, SINTO UMA DOR NO CORPO — DIFICILMENTE não sentiria, ao dormir daquele jeito. Ainda confusa, pego meu celular e vejo que são duas horas da manhã.  Será que ele já foi embora por não ter me visto? Sem pensar duas vezes, ligo para ele, mas ele não me atende. Acabo ligando mais algumas vezes e mesmo assim só cai na caixa postal. Acho que o melhor a fazer é entrar e o procurar, ele não iria embora sem mim — ou iria?

Ao entrar, começo a procurar pelos lugares óbvios — perto do bar, da pista de dança, do banheiro e assim vai — mas não o encontro. Vejo Murilo perto do bar e me aproximo dele.

— Oi, você... você viu o Mike?

— M-m-mike? Quem é... esse... I-i-nfeliz?

Ótimo, ele está bêbado.

— S-sabe... você... Bel, eu te amo — ele diz, vindo pra cima de mim.

— Cara, você está bêbado — o empurro.

— Você... a-cha que eu não sab-beria se estivesse?

— Você tá muito bêbado, depois a gente conversa — digo, me afastando rapidamente.

Ao entrar em uma área que eu nem sequer tinha notado antes, vejo duas portas. Em uma delas, dá pra ouvir um barulho e um grito muito alto —  essa não é a voz dele? Por impulso, entro no quarto.

— Mike! — digo, ao ver ele caído no chão, completamente bêbado.

— Eeeeei, moçia, que cê tá fazendo? A noite é uma ciança! Por que num tá dançanu? Cê hum gosti d-de dan-çar? Na moral, tu é muito gata.

Sem nem o responder, o ajudo a ficar de pé. Como eu vou bater nele quando ele estiver consciente...

— Vamos pra casa.

Foi quando eu vi, um lindo cavalo de fogo... — ele começa a cantar

— Que cê tá cantando?

Aqui estou eu, sendo quem eu sou, brilho na escuridão... Golfinhos nadam por onde eu vou, vem o vento e me diz que aqui sou feliz! O horizonte me pede pra ir tão looonge, sserá que eu voooou ninguém tentooou!

— Credo! Para de misturar as músicas. Com você cantando elas até parecem ruins! E pelo visto não é só eu que ainda assiste Barbie.

— Barbie? Ladybug! É ela! Eu me chamo Malinette, uma menina como as outras, mas tem um coisa que só cego num vê, por que eu tenho um segredo. Você sab-bia que eu sou a Ladybug?

— Ladybug! A minha casa tá pegando fogo — digo, tentando parecer desesperada. — Preciso da sua ajuda!

Não acredito que estou fazendo isso!

— Então v-amos lá. Ao infinito e vamo que vamo!

Ao sair, chamo um um táxi, que demorou uns quinze minutos para chegar. Foram quinze minutos de sofrimento, ouvindo ele cantar Chiquititas e coisas assim, além dele ter cismado que é a Ladybug. Ninguém merece gente bêbada!

Chegando em casa, foi mais um sacrifício: ele não queria sair do táxi. O o motorista teve que me ajudar, foi um sufoco do caramba.

— Seu namorado? — o motorista diz, com uma sombrancelha levantada.

— Não. Ele é meu amigo. Mas fala sério, ninguém merece gente bêbada!

— Olha, parabéns. Se fosse eu, teria deixado a pessoa no lugar em que ela estava, não cuidaria dela não. Não tenho paciência não.

— Enfim, muito obrigada pela ajuda.

Ao entrar com ele na casa, tive que explicar que o tapete não iria o engolir e que as paredes não estavam se fechando.

— Agora vamos subir as escadas. Estamos quase chegando.

Dizem que água gelada faz bem pra gente bêbada, mas como eu vou tacar ele lá?

— Q-ue horas são?

— Deve ser três e alguma coisa.

— Da madrugada? M-as essa é a hora dos espíritos! Vamos correr pra cama — ele diz, todo molengo.

— Mas você não estaria protegido totalmente! Temos que tomar banho gelado antes.

Tive que deixar ele apoiar em mim, porque ele mais caia do que realmente andava. Realmente nunca mais.

— Por aqui, por aqui.

— Por aqui onde?

— Não entra debaixo do chuveiro ainda. Fica aí, vou pegar uma roupa pra você.

Nisso, vou o mais rápido possível e pego a primeira roupa que vejo em sua mala, antes que ele quebrasse alguma coisa.

— Eu vou te deixar aqui, você vai tirar a sua roupa, depois que eu sair, vai entrar debaixo do chuveiro e vai vestir essa daqui. Consegue fazer isso?

— Sim, senhor capitão!

Saio até mesmo do quarto para o dar privacidade e vou a cozinha pegar algo pra ele comer, talvez esteja com fome. Ao chegar no meu quarto com sanduíches, me deparo com ele dormindo na minha cama. Ao ver isso, sinto um alívio muito grande por dar conta disso e acabo por dormir em seu lado, sem grandes cerimônias.

 Ao ver isso, sinto um alívio muito grande por dar conta disso e acabo por dormir em seu lado, sem grandes cerimônias

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# FIM DA MARATONA #

Olá meus xuxuzinhos, como vai a vida?

Estou aqui pra dizer que eu vou tentar postar semanalmente ~
Não sei se vou cumprir, mas vou tentar.
Vou tentar postar todas as terças, porque pra mim parece que vai ser o melhor dia, então...
Os capítulos sairão ~ vão sair, tenho fé ~ por volta das 19h00. Na verdade eu nem sei se posso por um horário, porque eu nunca consigo cumprir ele ~ sempre aparece um imprevisto e eu tenho que postar antes. Ou no outro dia ;-;.
Se tiver capítulo extra sairá sábado ~ embora eu não saiba nem se vou conseguir postar todas as terças.
Pretendo trazer outras maratonas pra cá ~ nem que seja só pra postar três capítulos por dia ;-;.

É isso, xuxus. Vejo você numa próxima ❤

Minha Fada Madrinha [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora