Pedido?

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No momento em que Lucca olhou no fundo dos meus olhos, eu fiquei trêmula. E então ele começou a falar:
- Mel, eu tenho tanto pra te falar, mas com palavras... - ele disse rindo, eu ri também - brincadeira. Eu te trouxe aqui hoje, pois...pois... eu precisava te falar um negócio que me vem na cabeça a algum tempo.
- Pode falar - eu digo sentindo uma onda chegar em nossos pés.
- Então...É... você sabe que eu sou apaixonado por você, eu faria qualquer coisa pra te ter pela vida inteira nos meus braços e eu faço tudo pra te ver sorrir, você mudou totalmente minha vida Mel.
Senti meus olhos se encherem de lágrimas, e vi os dele também, mas ele continuou:
- Eu te trouxe a esse lugar, tão especial pra nós dois, pois queria te fazer um pedido - ele disse meio trêmulo - Melissa Montgomery, quer ser...
Ele foi interrompido por uma onda forte que nos jogou para trás e apagou nossa fogueira, nós rimos, mas isso não o abalou:
- Melissa Montgomery - ele diz se recompondo - Quer ser minha namorada?
Eu fiquei em silêncio por alguns minutos boquiaberta e ele esperava uma resposta vinda da minha boca até que eu disse:
- Sim! Claro! Eu aceito - digo entusiasmada sendo puxada por Lucca para perto dele, milímetros de distância o fizeram dizer:
- Eu te amo!
- Eu te amo!
E assim nos beijamos deitados na areia no escuro, com a fogueira apagada, apenas nós dois, sendo encharcados pelas ondas que vinham até nós, porém não nos abalou. Nós nos levantamos e tiramos as partes de cima ficando apenas com as roupas de banho, fomos de mãos dadas até o mar e ficamos lá até as pontas dos dedos ficarem enrrugadinhas, fomos para a casa de praia e tomamos banho, coloquei a blusa de frio dele, estava esfriando e ele buscou uma coberta para ele. Voltamos para casa de madrugada e ele concordou em dormir comigo. Dormimos de conchinha, e acordamos com a mamãe dando uma de suas crises lá embaixo, eu ainda não havia falado sobre a mamãe ao Lucca. Nós descemos e ela estava com uma faca em suas mãos e uma poça de sangue em volta, estava chorando, Lucca ficou assustado e eu prometi que contaria depois. Pegamos o carro e imediatamente levamos Dona Flora ao médico, onde lá levou algumas injeções para infecção e alguns pontos, enquanto isso era feito Lucca me chamou para o lado para que eu pudesse contar:
- Lucca, não deu tempo para eu lhe contar - digo com a mão em minha testa ameaçando chorar - Minha mãe está com depressão, e um tumor está fazendo isso com ela, não é toda hora, mas... acontece.
- Sinto muito, amor - ele me diz me atacando com um abraço carinhoso e confortável.
Minha mãe estava boa e consciente para voltar para casa, Lucca abriu a porta do carro para nós duas e ele foi dirigindo, eu no banco do passageiro e minha mãe atrás. Ela perguntou como foi nossa noite e eu contei a ela que estávamos namorando, ela ficou muito feliz por nós dois. Lucca nos deixou em casa e eu disse que se ele quisesse poderia ir para a casa dele, ele me disse para ir junto, mas por conta da mamãe eu não pude ir, me despedi com um selinho e ele com um beijo em minha testa. Entrei em casa com a minha mãe e ela disse que eu poderia ter ido se quisesse pois os médicos afirmaram que o remédio que ela estava tomando surtiu efeito, e o tumor estava diminuindo, ela me garantiu que nunca mais aconteceria.
Mas... passadas algumas horas ocorreu novamente, e eu tive que ir dirigindo até o hospital para que os médicos resolvessem o problema novamente, eles me disseram que o remédio não havia surtido efeito e que minha mãe havia de passar pela cirurgia naquele momento, eu me desesperei, estava sozinha, não havia ninguém para segurar na minha mão naquele momento, até que olhei para a porta do hospital e vi Lucca entrando por ela, ele disse que havia ido em minha casa e não havia achado ninguém, apenas uma nova poça de sangue, assim deduziu que estaria ali, agradeci a Deus por me dar aquele menino naquele momento.
Minha mãe teve a cabeça raspada naquele hospital, quarto 45 do terceiro andar, ela estava se preparando para a cirurgia imediata, ela havia de entrar na sala para fazer o procedimento, então lhe dei um beijo na testa e disse que a amava.
Fiquei com Lucca na sala de espera, deitada em seu ombro não parando nem um minuto de balançar as pernas por causa da carga de ansiedade. Lucca percebeu então me deu sua mão onde eu pude aperta-la e sentir meu corpo relaxar. Depois de aproximadamente 3 horas, médicos se aproximaram e disseram que a cirurgia foi um sucesso e que minha mãe estava curada por completo, respirei aliviada e cai num choro de emoção no colo de Lucca. Entrei no quarto da Dona Flora e ela estava ainda desacordada, peguei em sua mão fria e lhe disse novamente que a amava.
Os dias se passaram, 1 semana, 2 semanas, e minha mãe já havia voltado para casa e estava muito bem.
Em uma quinta feira, do dia 22, Lucca bateu em minha porta e eu o recebi com um abraço apertado e um beijinho de esquimó em seu nariz. Ele veio todo bonitinho com uma caixinha e me entregou um par de alianças, uma das mais bonitas que já havia visto, ali sentados no sofá da sala com minha mãe observando tudo da cozinha, nós trocamos as alianças e senti necessidade de tirar uma foto para guardarmos para sempre aquele momento:

 Ele veio todo bonitinho com uma caixinha e me entregou um par de alianças, uma das mais bonitas que já havia visto, ali sentados no sofá da sala com minha mãe observando tudo da cozinha, nós trocamos as alianças e senti necessidade de tirar uma f...

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Agora, estávamos oficialmente namorando!

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