Daphne olhava para os lados, desesperada. Não conseguia gritar por conta da mordaça em sua boca. Não se movia por causa das cordas em seus pulsos e calcanhares. Quase não respirava em razão do local mal cheiroso.
Ela ouve uma porta se abrir e acompanha os passos da figura misteriosa indo até ela, tirando a franela da boca da ruiva.
—Porque me trouxe até aqui?— ela rosna, direcionando toda sua raiva para a pessoa encapuzada a sua frente— Porque fugir das pessoas da lista? Porque matar Heather? Qual a ligação de todos aqueles naquele maldito papel— ela atropelava uma pergunta atrás da outra, o que fez a figura atacar um vaso numa parede ali perto.
—Você fala demais— a voz grossa e arranhada da figura ecoa no lugar, fazendo Daphne arrepiar— Seus amigos terão um trabalhão para te achar aqui. Espero que parem de investigar, ou coisas muito ruins vão acontecer a sua volta— ele devolve a mordaça a boca da garota e sai pela porta, escurecendo o cativeiro da ruiva.
Na escola
—Obrigado por vir— Salsicha diz, olhando para Thorn com desejo— Daphne sumiu e precisamos de sua ajuda— ele diz, apontando para o resto da Mistério S.A.
—No que eu posso ajudar?— Thorn pergunta, olhando para todos. Seu colar com um morcego reluzia e combinava perfeitamente com sua camisa de manga longa vermelha, que contrastava com a calça boca de sino preta. Calçava um salto preto que a deixava mais alta que qualquer um ali e seus cabelos negros com mechas vermelhos estava preso em um coque, que deixava alguns fios rebeldes cair pelo ombro da garota.
—Ainda mexe com feitiçaria?—Velma dispara, fazendo Thorn exibir uma careta em sua face maquiada.
—Desde o dia que me pediram para derrotar aquela bruxa e manda-la de volta para o abençoado livro, eu não toquei em um livro mágico— ela brinca com os fios do cabelo que caíram pelo ombro— Vocês não precisam de uma Wicca. Precisam de suas inteligências que sei que vocês têm. Aquilo não é o fantasma do Jardineiro que lhes contei Salsicha— ela diz, atraindo a atenção de todos.
—Como assim??— Velma questiona, confusa.
—Depois que Salsicha saiu da minha loja, fui pesquisar um pouco mais, ver se conseguia ajudar vocês e olha— ela tira um livro da bolsa— O Jardineiro está segurando sua tesoura com a mão direita, certo?— eles assentiram— Com que mão me falou que ele segurava a tesoura, Norville?
—Com a esquerda?— Velma olha para ele e depois para Thorn— e o brinco que encontramos?
—Aí é com vocês— ela sorri e levanta— passa na loja depois, Norville— ela olha para Salsicha, pisca para ele e sai, tilintando seus saltos pelo corredor da escola de Vila Legal.
—Fred, tá afim de ir na casa dos Nolan novamente?— Velma pergunta, observando o brinco— não tivemos a chance de falar com Corine, a última vez que estivemos lá estava tudo revirado, lembra?.
—Vamos— Fred diz e olha Salsicha.
—Scooby Doo, cadê você?— ele grita pelo corredor, fazendo eco pela escola vazia. O cachorro aparece no fim do corredor e sai correndo, pulando no colo de seu dono.
Cativeiro de Daphne
Daphne ainda tentava se soltar de suas cordas quando teve uma ideia. Ela se contorceu na cadeira que estava até conseguir tirar suas mãos da parte traseira do assento, levando a ruiva ao chão, gemendo de dor.
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Scooby Doo e as Rosas da Discórdia
FanfictionQuando pessoas começam a receber rosas ressecadas e aparecem mortas no dia seguinte em Vila Legal, os detetives de mistérios e seu cachorro Scooby Doo são acionados para o que parece ser uma série de assassinatos comandados por uma figura fantasmagó...