Me aproximo do pequeno móvel onde ficam as bebidas. Nunca fui de me embebedar, mas agora é necessário.
Pego uma garrafa de Whisky, dispensando o copo e a viro em minha boca.
Uma garota tão boa, merecia alguém a altura.Vou andando devagar até meu quarto, desviando dos destroços que restaram dos moveis da sala. Me sento na cama e bebo mais um pouco.
Mas quem sou eu pra dizer alguma coisa, estou aqui querendo que ela me sirva apenas de barriga de aluguel.A raiva me consome outra vez, ainda mais forte que da primeira, levanto e jogo a garrafa que estava em minha mãos contra a parede.
Inferno de destino!Só falto arrancar meus cabelos pelos puxões brutos.
Tiro a roupa, jogando as peças longe e entro no banheiro. Ligo o chuveiro na água fria, e mesmo me causando grandes arrepios é ali que encontro um pouco de tranquilidade.Será que Carla sabe o que a filha passa com esse tal José?
O que ela diria se eu dissesse que quero sua filha como mãe de um filho meu, sem querer nada além disso com a mesma?Aperto os olhos que estão fechados debaixo d'água com as várias perguntas que passam pela minha cabeça.
Paro um pouco pra lavar o cabelo apenas pra passar mais tempo ali.Escuto meu celular tocar ao longe, e não faço o mínimo esforço para atende lo. Porém, percebendo a insistência da pessoa, enxaguo o cabelo e me enrolo rapidamente na toalha.
Não tenho ideia de onde o aparelho está, e fico no aguardo para que volte a tocar e eu o ache. Quando a música começa mais uma vez, começo a seguir o som e o acho debaixo de minhas roupas. A palavra restrito brilha na tela e fico receoso em atender.
Pode ser algo importante, o que explicaria a insistência!
Movido pela curiosidade, aperto em atender;
- Alô?
- Christian... Me.. Me aju.. ajuda. - Eu conheço essa voz.
- Anastasia? Onde você está? O que aconteceu com você? - Começo a me assustar, já que a voz dela esta chorosa e mal consegue falar.
- Vem.. Me... Me pegar. Preciso... Preciso de você. - Sua forma de falar esta me causando medo, afinal nesse estado, como vai conseguir me dizer onde está?
- Me diz onde você esta,que eu vou correndo praí. - A ligação fica muda, mas escuto sua respiração bastante acelerada.
- No par... Parque. Vem... Vem lo.. Logo. Ele... Va.. Vai me ... Achar. - Em estado de pânico, corro pelo closet pegando uma cueca, blusa e calça e saio correndo pro andar de baixo.
Após vestir tudo, decido ir descalço mesmo.
Não desliguei o telefone, mas a ligação esta muda, o que só aumenta o meu desespero.O nervosismo só aumenta, quando o elevador faz questão de demorar. Quando o apito sooa e as portas se abrem, rapidamente aperto o botão do térreo e torço para que ele desça o mais rápido que consegue.
Já no estacionamento, aperto o celular entre meu ouvido e o ombro enquanto tento acertar a chave para abrir o carro, já que minhas mãos tremulam me impedem de fazer o serviço.
Assim que consigo, fecho a porta e já saio cantando pneu pra avenida.
- Ana, pequena, eu tô chegando! - Falo e não obtenho resposta.
Piso ainda mais fundo no acelerador e em poucos minutos chego onde ela disse esta.
Estaciono de qualquer jeito, e corro a sua procura. O parque não é tão grande, o que faz com que logo eu ache seu pequeno corpo escolhido na árvore em que nos encontrados mais cedo.
Vou me aproximando e a cena a minha frente me parte o coração.
Ela esta com o celular debaixo do ouvido, suas roupas estão rasgadas na parte de cima, seus braços então com várias marcas que julgo ser arranhões, e posso ver que ainda esta com a roupa de corrida. Mas, quando foco em seu rosto, é que a raiva me consome.Seu rosto esta inchado devido o choro e como se so isso já não bastasse, tem marcas roxas no olho e próximo a boca, e posso notar que tem sangue seco em algumas partes.
Foi aquele filho da puta, eu sei que foi.
Dou um soco na árvore e isso faz com que ela se assuste e acorde. Quando olha pra cima e me vê, levanta quase que correndo e me abraça. Sua respiração esta ofegante e posso sentir algo molhar minha camisa, ela esta chorando.- Se acalma pequena, eu vou cuidar de você! - Passo a mão por seus cabelos e ela me aperta ainda mais.
O que me faz lembrar do dia que a conheci, no hospital. So que diferente daquele dia, sua dor não é só sentimental, é física também.
Ergo seu corpo com os braços e ela descansa a cabeça no vão do meu pescoço.A levo ate o carro e deito seu corpo no banco traseiro.
Dirigindo de volta pra casa, mas devagar dessa vez, fico a todo momento olhando seu corpo indefeso e machucado na parte de trás, e fico me perguntando: Como alguém pode ter coragem de fazer algo tão covarde com alguém tão doce?!
Poucos minutos se passam, e estou colocando o carro em minha vaga, e tirando seu corpo adormecido bem devagar para não acorda la e muito menos machuca la.
O elevador não demora para chegar e logo estou em frente a porta de minha casa.
Apesar de certa dificuldade para abrir a mesma, não cogito acorda la.Consigo abrir e empurro com o pé a fechando assim que passo. Com muito cuidado vou desviando da zona que esta por aqui, e subo as escadas. A porta do meu quarto esta aberta, o que facilita a entrada, então deito seu corpo lentamente na cama.
Ela resmunga algo mas logo seu rosto esta sereno novamente. Aproveito e tiro o ténis de seus pés, e puxo o a calça leguin, a deixando apenas de calcinha. Tem marcas de unha em sua virilha e essa imagem me faz borbulhar de ódio.
Tiro delicadamente o que restou de sua blusa, e a deixo de top. Cubro seu corpo e vou atrás do kit de primeiros socorros no banheiro. Assim que acho a maleta, volto pro quarto e me aproximo de seu rosto. Fico a observando por um tempo
Lentamente, vou limpando o sangue que esta por seu rosto e as lágrimas que estava segurando, começam a cair sem que eu perceba.
Termino de cuidar dos machucados, e enxugo minhas lágrimas com as costas das mãos.
Sem conseguir me afastar, dou a volta na cama, e sento próximo a ao seu corpo adormecido.
- Prometo pra você que quem fez isso vai pagar, e muito caro. Eu tô aqui agora, e vou te proteger! - Digo próximo ao seu ouvido e deposito um beijo em seus cabelos.
Escosto as costas na cama, e faço carinho em seu cabelo, pegando num sono em seguida.
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Um Filho para Grey
FanfictionOBRA COMPLETA DISPONÍVEL NO SITE DA DREAME [+18] conteúdo adulto. Obra concluída e sem revisão! Um homem que pode ter tudo, o mundo ao seus pés e seu único e mais forte desejo não consegue alcançar: Ter um filho! Tentativas em vão, buscas sem suce...