Precisa se de notícias boas!

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Ainda aqui sentados, a conversa flui a todo tipo de assunto.

- Você precisa ver mamãe brava, ela...- Para de falar e põe a mão sob a boca.

- Tá tudo bem? - Pergunto sem saber o que aquele gesto significa.
Tudo que acontece a seguir é muito rapido: Ana levanta correndo em direção ao banheiro, corro atrás dela e a encontro com a cabeça dentro do vaso, colocando todo o jantar e mais um pouco pra fora.
Apenas me abaixo e faço um rabo de cavalo com seu cabelo, enquanto aliso suas costas com a outra mão.

Depois de colocar meio mundo pra fora, ela fica sentada sob os pés ao dar descarga no aparelho. A ajudo a levantar e lavar o rosto e a boca.

Ana me observa pelo espelho do banheiro

- Desculpa e obrigada por isso. Talvez eu tivesse desmaiado com a cabeça ali.- Sorri fraco e posso notar que seu rosto esta pálido.

- Não precisa me agradecer, prometi cuidar de você, lembra? Agora vem, sei de uma coisa que o bebe vai sustentar ai dentro. - Lhe estendo a mão, e ela pega de bom grado.

A trago ate a cozinha e lhe deixo sentada pra preparar um suco e algumas frutas.

- Não sabia que era médico nas horas vagas. - Descansa o rosto em cima de uma das mãos que esta sob a mesa, fica me olhando e sorrindo.

- Minha mãe era médica! - Me limito a dizer.

Fico de costas pra ela, e me concentro no suco. Me assusto quando seus braços passam por minha cintura.

- Acho que não gosta muito do assunto família né... - Não respondo.
- Tudo bem, tudo no seu tempo. - Dá um beijo em minhas costas e me solta. Presumo que tenha voltado a sentar.

Termino sua bebida e uma tigela com frutas cortadas em cubos, me viro e ela esta estirada na bancada dormindo.

É, realmente o que dizem sobre mulheres grávidas é verdade: Tudo é uma surpresa!

Deixo as coisas que segurava na mesa, e me aproximo pra pegar seu corpo. Lentamente puxo seu corpo pro meu e o levo pra cama.

Deposito seu corpo ali, e em nenhum momento ela faz menção de acordar. Puxo o cobertos até seu busto e beijo sua testa.

Saio da quarto, para então trazer a comida pra perto dela. Tenho certeza que ira acordar com fome.

Quando me preparava pra deitar ao seu lado, o telefone começa a tocar. Pensando não ser nada, deixo que toque e sem muitos e reduzidos movimentos deito ao lado de Ana.

Pra minha surpresa e frustração o aparelhinho chato começa a tocar mais uma vez. Então me levanto e vou até ele.

Atendo sem saber quem é.

_Alô?
_Anastasia? - Conheço essa voz.
_ Grace, sou eu Christian. A Ana está dormindo.
_ Ah sim, tudo bem. Liguei apenas pra falar uma coisa, e é ate melhor que seja com você! - Franzo o cenho.
_ Pode falar.- A incentivo a continuar
_ Primeiro, eu achei Carla. - Arregalo os olhos em surpresa.
_ E onde ela está? Tá tudo bem? - Começo a encher coitada da mulher de perguntas.
_ Não esta muito longe daqui...- Se limita a dizer e sei que ai tem coisa.
_ O que esta acontecendo Grace, me fala! - Um desespero começa a tomar meu corpo e me pego imaginando coisas horríveis. _ Ela... Ela tá morrendo Christian! - A frase é como uma facada no meu peito e caio de joelhos ao chão.

Continua...

Um Filho para GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora