Dançarina misteriosa

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Yoko e a jovem misteriosa dançavam alegremente – pelo menos a mulher – no meio da pista de dança, os corpos colados seguindo o agitado ritmo da música, Ley fitava tudo batendo o pé na batida, muitas pessoas a sua volta dançavam nesse mesmo som e nessa mesma alegria que faltava na ladra.

Yoko e a mulher iam para o lado para o outro no salão dançando, o oriental sendo totalmente guidado pelo ritmo da música. A jovem sorria e ria dançando de forma animada, enquanto dançavam perguntou:

  - Está se divertindo?!

  - Sim – Yoko respondeu ainda vermelho, ele nunca havia dançado antes, ainda mais dançado colado a alguém.

A música diminuiu de ritmo, por alguns instantes e a jovem também diminuiu o ritmo, sussurrou:

  - Me segura com mais firmeza. Vaaaii.

  - Certo! – Yoko puxou ela um pouco em direção a ele.

  - Ai. – ela deu um sorriso – Agora vamos lá!

O ritmo acelerou de novo e eles voltaram a dançar girando, era uma dança semelhante ao country, não no ritmo mas sim na dança. Se passaram mais alguns segundos e os músicos pararam, eles e todos os que dançavam, palmas começaram a ser batidas para os músicos, incluse de Ley, Yoko – ofegante – e a jovem.

  - Uau, você já dançou? – ela perguntou sorrindo e olhando ele, jogou os cabelos para trás e soltou um suspiro aliviado – Nem parece que uma tempestade está caindo lá fora. To quase suando.

Yoko ainda estava filtrando todo que ocorreu nesse espaço de tempo tão minúsculo, continuava seu cosplay de tomate, fitou a jovem quando ouviu a pergunta e logo respondeu:

  - N-não! Eu nunca dancei... É incrível. – disse sorrindo e realmente sendo plenamente sincero. – Isso é verdade, eu esqueci da chuva completamente por um tempo!

  - Quer dançar mais um pouco? Me chamo Cristy!

  - Cl – Yoko foi interrompido por uma mão sobre o ombro, a mão de Ley.

  - Desculpe, mas meu amigo aqui não pode dançar no momento.

  - Por quê? Eu quero dançar. – Yoko virou o rosto para Ley franzindo o rosto.

  - Você não pode. Você sabe porque! – ela se referia ao fato de serem todos procurados, chamar a atenção ou ficar em lugares muito públicos podia fazer com que fossem notados.

Cristy olhou os dois durante alguns instantes e deu uma risada baixa, segurou a mão de Yoko e o puxou contra ela, em seguida abraçou o braço dele o deixando encostar em seus seios – que são normais – e implicou:

  - Não me diga que está com ciúme do seu amigo estar se divertindo? – ela fitou Ley com seus olhos escuros e tranquilos.

Yoko teve o que pode se chamar de K.O mental, seu cérebro simplesmente travou, ele nunca teve contato de tal nível com uma mulher e seu coração não havia se recuperado em nada do último golpe, Yokomate teve um choque e uma surpresa tão grande que não conseguiria falar direito nem que o pagassem por isso.

  - Olha aqui sua, – fitou a mulher de baixo para cima – vadia, eu não estou com ciúme.

Cristy sorriu e ergueu uma das sombrancelhas desacreditando na garota, para ela parecia ciúme.

  - Eu não sou vadia. Não precisa me ofender, sou uma viajante. – fitou Yoko e seu estado de choque, riu um pouco antes de voltar o olhar para Ley e responder. Achou a reação do Yoko fofa. – Para mim parece ciúme. Acho que qualquer pessoa acharia que isso é ciúme.

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