CAPÍTULO 01

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Meu nome é Eir e eu sou uma Mikaelson. Bom, não uma Mikaelson comum, não sou como meus tios, eles podem ter a fama que tem, mas são meu sangue, minha família, mas isso não quer dizer que sou um animal cruel como tio Klaus. Ou fria e calculista como tio Elijah. Nem um pouco inconstante como tia Rebecka. Nunca tão inconsciente e sanguinária como tio Kol. Com certeza nunca uma fanática pela família como tia Freya. Eu sou diferente, mas ao mesmo tempo eu tenho coisas deles que com os séculos eu fui adquirindo. Durante esses mil anos, a única coisa que eu fui permanentemente diferente deles foi na questão de matar, eu nunca matei um mortal ou alma inocente em toda essa terra. Talvez por caráter? Ou por medo? Nunca saberei.
Nesse tempo todo eu estive viajando, conhecendo o mundo com suas constantes mudanças e aprendendo coisas novas, mas nunca deixei de saber sobre minha família, ou deixei de me preocupar com todos eles, nunca os esqueci, mas eu também precisava de um tempo para mim, para pensar sobre tudo que aconteceu nos últimos oitocentos anos em que os deixei para viver para mim mesma. Sempre fui muito protegida por eles, nunca pude sair um pouco da linha, tive que ficar sempre ali, obediente a eles, por uma promessa que fiz anos atrás e que na verdade não me beneficiava muito, o tão precioso "Sempre e para Sempre".
Agora estou aqui, de volta para minha família, em uma cidade bem peculiar, cheia de mistérios e perigos, nada que uma pessoa como eu não esteja acostumada. Descobri que minha família estava separada, que Nicklaus estava preso e meus outros tios estavam em um sono que não deve ser muito agradável e também soube que há integrantes novos à família, que em breve eu vou conhecer, mas por enquanto eu vou atrás do tio Klaus.
   Sai caminhando por New Orleans e entrei na mansão que antes era da minha família e vi ela em decadência, o que me deixou com raiva, o que aquele homem pensava que estava fazendo para deixar a casa da minha família virar um circo para seres patéticos e fracos? Durante a minha breve entrada até a sala eu vi vampiros, lobos e bruxos reunidos em volta de um homem moreno, alto, que se auto declarava o rei da cidade: lógico que era o querido Marcellus; o filho bastardo de meu tio bastardo; o desertor do legado Mikaelson; e o amor da minha tia. Não o achei grande coisa, por mim ele já estaria morto a muito tempo, mas da última vez que falei com tia Becka ela me pediu para não fazer nada a Marcel, Rebecka Mikaelson e seu amor por esse bastardo.
   Ele estava fazendo um discurso sobre o quanto esses 5 anos sem a família Mikaelson estava sendo satisfatoriamente bom, e que daqui a pouco começaria a exposição de Nicklaus. Ele falou um pouco sobre o tratado dos bruxos e lobos etc.
   Quando chegou a hora dele começar a exposição do meu tio eu não iria deixar ele fazer isso de novo a ele, mesmo meu tio merecendo essa humilhação toda:

- Ora ora, vejamos só que está acontecendo aqui - Falei abaixando meu capuz e me aproximando lentamente do "palco" que Marcel estava - Não sabia que agora a casa dos Mikaelson's era circo - Encarei todos seriamente.
-E quem é você menininha? - Marcellus me perguntou irônico - Aqui não é lugar para crianças - Falou e riu, fazendo com que todos da sala o acompanhassem na risada.
- Eu? Eu sou Eir - falei sorrindo - Eir Mikaelson, prazer em conhecer o rei de New Orleans - falei tão irônica que isso provavelmente tirou o sorriso do rosto dele, e claro, o meu nome que o fez ficar roxo de raiva.
- O QUE? IMPOSSÍVEL. - Marcel gritou e eu revirei os olhos
- Tem certeza que é impossível? Por que eu tenho certeza que você já ouviu falar de mim. - E ri da cara de espanto que ele fez ao ligar os fatos
- Me disseram que você tinha fugido, que deixou a família - Ele sussurrou mais para si mesmo - Por que voltou agora? - Perguntou tentando manter a pose
- Porque eu nunca deixei eles, eu nunca fugi, nem nunca vou deixar. Eu estava esse tempo todo de olho - Falei para ele - Eu quero que você me diga como é prender o homem que você chamava de pai. Como é fazer um mal como esse a família da mulher que você ama e que te mantém vivo até agora? - Perguntei debochada e ele se irritou mais ainda.
- Como ousa falar assim comigo? - Trovejou ele - Eu não quero saber do passado, eles tem que pagar pelo o que fizeram, todos os mil anos de atrocidades. Eles merecem sofrer - Os vampiros e lobos que estavam ali gritaram em concordância, já os bruxos ficaram quietos pois sabiam que ali, eles eram os mais fracos.
- CALADOS - Gritei e como se fosse magica eles pararam de falar - EU NÃO QUERO SABER DE NADA. EU QUERO MEU TIO LIVRE - Gritei mais alto ainda e alguns se encolheram
- Nunca - Marcel disse firme - Agora vá embora daqui. - E virou as costas.

   No momento em que ele me deu as costas minha raiva explodiu e eu a deixei sair. O vento começou a soprar e todos olharam em volta querendo saber o que era aquilo. Os bruxos estavam espantados, o que acontecia sempre que eu liberava um pouco do meu poder elementar e esses bruxinhos pensam que é muita coisa, não sabem o que é magia de verdade.

- NUNCA. EM. TODA. ESSA. SUA. VIDINHA. FRAGIL. - Eu disse pausadamente enquanto o erguia e o deixava sem ar e com uma dor insuportável - VIRE AS COSTAS PARA MIM. OU SERÁ A ÚLTIMA COISA QUE VOCE IRÁ FAZER - E o fiz sentir mais dor pelo corpo todo.
- Pa-pare com isso - Marcel tentou gritar mas sua voz saia como um sussurro
- Implore e quem saiba eu pense em parar - Falei e aumentei sua dor. Como era bom torturar alguém que não sabe o que é dor de verdade
- Façam ela parar agora - A vampirinha de Marcellus gritou.
- Eles sabem que não são páreos para mim, que morreriam tentando - Disse simples - Vamos Marcellus, aposto que não aguenta mais. - O desafiei sorrindo
- Mi-Misericórdia - Ele sussurrou tremendo
- Ótimo criança, agora sim. - Sorri para ele - Isso foi só um aviso do que eu posso fazer para aqueles que estão contra mim e minha família. Não terei pena daqueles que ousarem me desafiar, quero meu tio em cinco dias, ou haverá guerra, e o sangue daqueles que você se importa serão os primeiros a serem derramados - Disse alto. e todos perceberam que eu não estava brincando - Saiam todos daqui. AGORA - Todos que estavam na casa saíram, mesmo sem querer.
- Isso não vai ficar assim, maldita criança - Marcellus rosnou e saiu correndo dali.
- Não vai mesmo querido - Disse sozinha - Titio, eu volto para buscá-lo - Eu sussurrei mas soube que ele me ouvia.
   Virei as costas, coloquei meu capuz, selei o Quarter e sai do lugar que mais tarde voltaria a ser da minha família. Sai de New Orleans e fui atrás de uma certa menininha que tinha o nome da Esperança.

The Girl of Mikaelson * EM BREVE EM EDIÇÃO *Onde histórias criam vida. Descubra agora