CAPÍTULO 6

3K 157 2
                                    

EIR ON

    Enquanto íamos atrás de tia Becka e tio Kol, todos foram conversando e Hayley contando tudo que aconteceu nesses anos com ela e Hope e eu apenas pensava em tudo que estava acontecendo.
    Eu encontrei minha família certo? Então porque eu sentia que algo estava faltando, algo que eu não conseguia explicar. Eu estava feliz com minha família estava toda junta e eu estava feliz, mas essa sensação está aqui dentro de mim.
    Chegamos ao local em que estava a localização dos meus tios e tivemos a certeza que eles estavam ali. Tinha corpos espalhados por todo local, sem uma única gota de sangue no corpo. Eu revirei os olhos como tio Elijah:

- Vou atrás de Rebecka. Ela deve ser a que está mais lúcida nesse circo de horrores – Ele suspirou e saiu em sua velocidade de vampiro.

    Houve um silencio desconfortável no local. Tia Freya não sabia o que fazer, olhava para mim e para Hayley. Ela nervosa e as duas tiveram uma discussão interna e silenciosamente e parece que tia Freya venceu.
    Eu ouvi os passos de Hayley se aproximando de mim e me virei para o lado e encarei um humano que não estava morto ainda, mas estava quase. Me abaixei perto dele e sussurrei no ouvido:

- Et pro anima – E assim ele se levantou e me encarrou
- Obrigada – Eu sorri e o compeli para ele não lembrar de nada
- Vá em paz senhor – Sorri para o homem já de costas que caminhava e quando olhei pra trás tia Freya e Hayley me olhavam pasmas
- Vejo que você não mudou seus ideais minha querida– ela sorriu me olhando
- Eu não iria mudar isso tia, Nunca. E não é só pela minha maldição – dei uma pausa
- Como assim Eir?  – Perguntou Hayley constrangida
- Como eu sou uma vampira, eu preciso de sangue para viver. Mas eu também sou uma bruxa, e bruxas não devem matar humanos. Para eu continuar com a magia da minha avó Esther eu não devo matar inocentes, só seres sobrenaturais. Eu nunca matei um humano em 1000 anos. Eu não consigo mata-los eles são tão importantes como nós, e não seres insignificantes. – Expliquei a ela 
- Isso é lindo! – Ela exclamou maravilhada – E como você conseguiu Eir? – Perguntou me encarrando
- Outro dia eu conto – Respondi secamente – Não é hora para histórias desse tipo – Disse encerrando o assunto.

    Tio Elijah voltou andando com a maior tranquilidade enquanto limpava a mão e a boca, com certeza se alimentou de alguns desses homens, minha família era sanguinária demais. Assim que se juntou a nós ele falou calmamente:

- Rebecka está vindo – Anunciou
- Tia Rebecka não tem jeito, nem ela e nem o tio Kol, pelos deuses – Exclamei aborrecida – Parecem até duas crianças – Revirei os olhos
- Você está certa,  mas aqueles dois nunca souberam tiveram limites, sabe bem disso – Justificou tio Elijah - Não falei que você voltou - Ele acrescentou
- Tio, o senhor sabe o que vai acontecer – Disse o encarrando nervosa
- Eu sei – Falou com um ar risonho.

    Ouvimos um barulho perto da floresta e eu vi cabeleiras loiras saindo de lá de dentro. Eu me afastei para a sombra de uma árvore e vi que tio Elijah olhou para mim e riu. Ele foi na direção dela, junto com Hayley e tia Freya. Vi titia pulando em tia Freya e a abraçando e fazendo o mesmo com Hayley e tio Elijah. Eu vi que ela estava toda suja de sangue, o que me fez olhar para ela assustada e soltar um gritinho que ela ouviu e olhou na minha direção. Ela veio em sua velocidade de vampira e me puxou para onde estavam todos.
    Eu levantei a cabeça e vi ela me soltar de recuar, eu a olhei assustada e me afastei, ela tentou se aproximar novamente mas eu neguei com a cabeça e olhei para ela e para as roupas dela e ela me olhou assustada e falou:

- Uma blusa... – Falou ainda me encarando – Uma roupa agora – exigiu dessa vez
- Aqui – Tio Elijah tirou o blazer dele e entregou a ela.
- Minha Bonequinha, vem – Ela abriu os braços para me receber.

    Eu corri e abracei ela fortemente e comecei a chorar no seu colo. Ela alisava meu cabelo e sussurrava no meu ouvido, também chorando. Titia me soltou e eu me ajoelhei na frente dela e abaixei minha cabeça.

- Sua benção, minha tia – Pedi a ela
- Minha benção, sobrinha – Disse ela

    Ela me levantou e me abraçou ainda mais, eu chorava de saudades e mais ainda de vergonha, eu prometi a ela que não a deixaria sozinha, que estaria com ela e eu a deixei sozinha com meus tios e a mercê de Klaus.

- Me perdoe titia – Sussurrei ainda abraçada a ela
- Não tem o que perdoar. Você fez o que eu deveria ter feito a séculos e nunca tive coragem. – Ela falou envergonhada

    Nós nos soltamos e encaramos os outros que nos olhavam parados e nós rimos deles. Eu e ela somos muitos parecidas em questão de beleza e até certos jeitos e atitudes. Ouvimos um barulho e nos viramos.
    Eu o vi, vi o homem que eu sempre estive junta, a pessoa que sempre me entendeu e me ajudou em tudo de louco que eu queria fazer, me aconselhou, cuidou de mim, meu melhor amigo e meu melhor tio.

- TIO KOL – Gritei e corri para o colo dele
- EIR – Ele me agarrou no colo e nos abraçamos. Como eu estava com saudades dele, me aconcheguei nele e inspirei o cheiro dele para guardar comigo.
- Tio, que saudades de você – Eu falei descendo do seu colo.
- Eu também senti saudades princesinha - Ele disse emocionado
- Sua benção, meu tio – Me ajoelhei na sua frente
- Minha benção, princesa – Me deu a benção - Agora se levante, você não deve se ajoelhar para ninguém – Ele disse e eu sorri

    Eu e ele viramos para os outros e tio Kol foi falar com os irmãos e Hayley. Logo que se separaram eles me encarraram e eu comecei a explicar o que aconteceu esses últimos séculos.

- Temos que ir pegar tio Klaus, é uma verdadeira humilhação ter alguém com meu sangue e meu sobrenome preso por um vampirinho qualquer – Disse indiferente e eles riram
- Vampirinho qualquer não. Temos que ter cuidado com Marcel – Hayley nervosa e eu ri
- Eu tenho o antídoto, mas não podemos depender dele para sempre, temos que ter cuidado – Comentou tia Freya
- Você e meus tios que devem se preocupar com o bastardo, Hayley, eu não– Falei olhando para minhas unhas indiferente – Marcel não é pareô para mim. - Completei estalando a língua
- Como tem tanta certeza? – Hayley perguntou 
- Simples lobinha – Comecei - Aquela mordida dele não me mata, simplesmente não acontece nada comigo – Disse indiferente – A minha mordida já é diferente, eu mataria todos eles – Eu apontei na direção dos meus tios – Mataria você – A olhei – Eu Mataria Klaus e Marcel – Disse dando um sorrisinho irônico
- Como isso é possível? – Perguntou assombrada para os meus tios
- Isso só ela pode falar – Disse tio Elijah
- Conto outra hora ok? - Falei rapidamente – Vamos atrás do tio Klaus, espero vocês na entrada de New Orleans – Eu avisei.
- E como você vai querida? - Tia Becka perguntou
- Segredo titia - Eu disse e desapareci.

The Girl of Mikaelson * EM BREVE EM EDIÇÃO *Onde histórias criam vida. Descubra agora