CAPÍTULO 04

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EIR ON

    Quando cheguei a casa da nonna e vi que ela não estava e fiquei decepcionada, eu queria tanto falar com ela, mas ia ter que deixar para outro dia, então eu subi as escadas indo para o meu antigo quarto e vi que ainda tinham roupas minhas ali.
     Aproveitei e fui tomar um banho para me limpar. Enquanto estava no banho eu pensava em como ia ser depois que meus tios acordassem, eu não sabia se eles ainda estavam chateados comigo, se eles iriam me aceitar de volta ou não. Varias perguntas me rodeavam.
Sai do banho, me sequei e fui me trocar. Coloquei um vestido parecido com o que eu estava; penteei meu cabelo; coloquei um batom vermelho; vesti minha capa e sai do quarto. Eu escrevi um bilhete para a nonna e deixei a casa, indo para o galpão, pois a essas horas Hayley já deve ter chegado lá.
Apareci em frente à entrada do galpão e vi que ela ainda não tinha chegado. Meus anjos, como ela conseguia ser tão lerda assim dirigindo? Eu entrei no galpão, tirei minha capa e preparei o local para que quando ela chegasse nos começássemos logo. Bem na hora que eu acabei eu vi Hayley entrando com a lobinha ao lado dela e sorri para elas:

- Olá garotas – As cumprimentei educadamente – Podemos começar logo? – Perguntei só para parecer que me importava com a opinião delas e as duas perceberam isso
- Vamos logo com isso, o quanto antes acabar melhor. – A loba falou mau humorada
- Olá Eir – Hayley me cumprimentou sorrindo – Esse vestido é bem melhor que o outro – Hayley continuou e eu a olhei indignada – Vou pegar o resto coisas – Ela saiu rindo da minha cara
- Ela tem razão, aquele era muito antiquado – Falou a morena olhando para mim
- Não fale das minhas roupas, eu gosto delas assim e fique quieta – Falei para ela e a olhei irritada.

Quando Hayley voltou com os equipamentos para retirar o veneno eu sai para pegar os caixões dos meus  tios adormecidos. Entrei de volta no galpão com os caixões levitando ao meu lado e os coloquei no chão delicadamente e indo até o primeiro deles e retirando a tampa. Quando retirei a tampa eu vi o rosto de tia Freya e sorri.
    Freya me ajudou muito, ela e Dahlia foram minhas professoras por anos e tia Freya era a irmã preferia do meu pai. o que me fazia ter um apreço maior. Hayley terminou de colocar os equipamentos e começou a retirar o veneno da loba, eu fui ao seu lado e fiquei observando todo o processo quando ela se vira para mim:

- Você está pronta para acordar seus tios? – Perguntou para mim
- Sim Hayley, eu devo isso a eles. Passei séculos fugindo da nossa família e de tudo que envolvia os Mikaelson e agora eu não abro mão de tê-los comigo de novo – Disse tudo e olhei para os caixões
- Sei como você está se sentindo. Fique tranquila, logo você terá eles com você - Hayley sorriu pra mim
- Sabe, você é legal, mesmo tendo um gosto horrível para roupas – Falei rindo
- Eiiii!! Eu tenho um ótimo gosto para roupas – Falou se defendendo – E eu também gostei muito de você – Disse sorrindo
- E só para você saber, eu sei o que você sente pelo meu tio, e ele sente o mesmo... – Disse maliciosamente
- Co-Como assim? – Ela desviou o olhar, nervosa
- Você entendeu Hayley – Eu ri – Agora vá, já temos veneno suficiente – Mudei de assunto.

Deixei o local e fui andando para a saída, precisava tomar um ar. Acho que não estava preparada para ver eles, mas agora não dá para fugir novamente. A vovó me disse que eu não deveria voltar para eles, por que eu acabaria machucada, mas não a escutei e voltei, agora eu tenho medo do que está por vir. Respirei fundo e olhei para frente, eu tenho que encarrar, eu consigo!
Entrei no galpão e vi que Hayley estava aplicando a cura em tia Freya primeiro, uns minutos depois eu escutei um barulho na entrada do galpão e antes de eu dar um passo Hayley olhou para mim e disse que iria, então saiu sem me deixar argumentar.
Revirei os olhos para ela e quando ia sair a minha tia acordou e eu gelei. Ela se levantou em um pulo e olhou em volta mas não me viu e se virou para a loba amarrada ali e e foi até ela:

- Aonde está Hayley? – tia Freya perguntou grosseiramente
- Hayley saiu, ela escutou um barulho lá fora – Mal tinha terminado de falar e todas nós ouvimos um alto barulho lá de fora
- Bom, já que ela não está aqui eu vou começar o feitiço logo – Tia Freya falou mais para ela mesma do que para a loba.

Assim que ela começou a pegar o veneno das sete alcatéias mas algo a fez parar e se virou para a loba, mas em seguida sacudiu a cabeça como quem estivesse afastando um pensamento ruim e começou o feitiço.
    Eu olhava admirada q ela, pois em todos esses séculos ela nunca desistiu de encontrar os irmãos, fugiu de Dahlia, e continuou a procurar os irmãos incansavelmente, até que os achou e agora estava ali, ainda fraca fazendo um feitiço complicado para acordar os mesmo. Ela realmente prezava pela família dela.
Assim que ela acabou o feitiço, correu para tio Elijah e aplicou nele a cura, logo depois em tia Becka e no tio Kol e em alguns minutos tio Elijah acordou e correu para fora, tia Becka e tio Kol foram logo atrás dele.
    Quando eu ia me virar para ir embora eu esbarrei em algo e ela olhou para onde eu estava e eu praguejei me virando.
Na hora em que ela me viu eu gelei. Ela estava paralisada, e eu via lágrimas escorrendo pelo seu rosto e ela dar passos para trás. Eu me aproximei, saindo da onde eu estava e me aproximei dela ainda calada e com vergonha, quando cheguei perto, parei e olhei para baixo:

- Meu pequeno dia reluzente – Ela sussurrou – Minha Eir... – Me encarrou chorando
- Tia Freya – Eu abaixei a cabeça – Me perdoe por sumir durante todos esses séculos, perdoe-me por deixá-la sozinha – Eu já chorava muito
- Meu pequeno dia – Ela ergueu meu rosto – Não se desculpe, você fez o que era melhor, ela estava ficando cada dia mais louca e eu não te culpo por nada – Tia Freya acariciou meu rosto – Venha - Ela me chamou e eu me ajoelhei.
- Sua bênção, minha tia – Pedi a ela e vi todo amor que sentia por mim eu seu olhar
- Minha bênção, sobrinha – Disse-me e eu levantei e corri para seus braços abraçando-a com toda força e chorando em seu ombro, me vi a séculos atrás, exatamente desse jeito, chorando e ela me consolando desse mesmo jeito.
- Eu te amo titia – Disse com a voz fraca
- Eu também te amo meu pequenino dia reluzente– Falou sorrindo – Agora vamos encontrar seus tios ok?  – Nós duas rimos.
- Sim. Estou preocupada com as pessoas da região que esbarrarem com tio Kol e tia Rebecka - Eu disse negando
- É para ter pena mesmo. - Rimos e saímos abraçadas.

The Girl of Mikaelson * EM BREVE EM EDIÇÃO *Onde histórias criam vida. Descubra agora