Capítulo 26

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EIR ON - MESMA NOITE

    Eu estava na sacada do meu quarto observando a cidade, New Orleans era bela e isso ninguém poderia negar. Ver as pessoas felizes e totalmente obtusas da verdade que as sombras da cidade escondiam. Eu me sentei na cadeira e cruzei as pernas, observando um casal que se beijava logo do outro lado da rua e eles pareciam tão felizes e alegres com tudo que acontecia ali, que não ligavam se veriam ou não os dois, era lindo ver o amor deles.
    Eu escutei a porta do meu quarto abrir e me virei, vendo Izzye e Alec entrando e vindo em minha direção. Izzye se sentou na cadeira do meu lado e Alec se apoiou no parapeito da sacada e nos encarou sorrindo:

- Certas vezes você me surpreende Eir, de verdade - Alec se pronunciou e eu ri baixo
- Por que? - Perguntei o encarando
- Você, observando aquele casal, como se fosse algo mágico, seus olhos brilham - Ele respondeu e eu ri mais
- Eu me lembro do tempo em que o amor era mágico pra mim, quando eu não sabia da maldade que me cercava e acabava com tudo - Eu encarei minha aliança e depois o encarei
- Você ainda sente muito por ele não é Eir? - Izzye se pronunciou e eu ri amarga
- Mas é claro que eu sinto. Amarei Henrique enquanto eu viver. Só deixarei de amar ele quando as estrelas caírem, os mares secarem e a lua sair no lugar do sol - Eu respondi e ela sorriu
- Ele te amava tanto quanto - Ela segurou minha mão e eu sorri
- E agora? - Alec perguntou
- O que? - Izzye indagou
- O que faremos? - Ele nos encarou
- Como assim? - Eu perguntei dessa vez
- Eir, acabou - O encarei perdida - Sua vingança, acabou. Não sobrou nada e nem ninguém - Ele falou
- Ainda tem o híbrido - Izzye falou
- Ela não vai fazer nada com ele Izzye, não percebeu o intuito dela? - Alec contou tudo pra ela
- Então é isso? Acabou mesmo Eir? Tudo? - Ela estava parada
- Sim. - Eu me levantei - Acabou. - Falei
- E agora? - Os dois perguntaram juntos
- Agora vamos cuidar das nossas crianças e ir a Mystic Falls - Respondi e sai do quarto
- Aonde vai? - Alec perguntou
- Falar com meus filhos e meus sobrinhos
- Todos resolveram dormir juntos hoje lá no quarto do Lorenzo e eu aposto que ainda estão acordados - Eu respondi e Izzye afirmou rindo

   Eu fui andando até o quarto de Lorenzo e observando o grande corredor, que fazia parte de uma casa que me fez feliz esses ano que passei aqui, foi algo reconfortante ter essa casa como minha morada. Quando cheguei no quarto das crianças eu escutei as risadas deles e sorri, eu amava essa som:

- Vocês não deveriam estar dormindo a essa hora? - Eu me fingi de brava e eles pararam de rir
- Mamãe!! - Rapha arregalou os olhos e eu ri
- Está tudo bem crianças - Eu entrei de vez e fechei a porta - Estão animados? Amanhã iremos embora para a nova vida - Elas me encararam
- Que vida mamãe? - Hope perguntou
- Não contei pra vocês? - Me fingi de surpresa
- NÃO - Os cinco gritaram
- Vocês vão para a escola - Eu contei e eles deram um pulo de susto
- Como assim madrinha? - Lorenzo perguntou confuso
- Caroline veio até mim para propor uma vaga no Instituto Salvatore, para crianças como vocês - Eu contei e os menores comemoraram
- Tia, eu já tenho 716 anos, acho que seria algo desagradável ter que frequentar uma escola onde ensinam tudo que eu já sei - Ele disse um pouco grosso e eu arqueei as sobrancelhas
- Não estou dizendo que é obrigado. Só achei, eu e Izzye quer dizer, achamos que seria uma boa oportunidade para você, querido - Eu disse e me levantei
- Bem, vocês precisam dormir, amanhã iremos embora cedo - Eu beijei a cabeça de cada um deles
- Madrinha? - Eu olhei Lorenzo
- Sim? - Me sentei na cama dele
- Eu irei, mas para vigiar as crianças, não confio em quem não seja da família para ficar perto das crianças - Eu sorri para ele
- Eu não esperaria qualquer outra atitude de você, Lorenzo Nottry - Eu beijei a testa dele e sai do quarto, fechando a porta atrás de mim.
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DIA SEGUINTE - EIR ON

- Crianças, venham tomar café - Eu os chamei da escada e voltei para a cozinha
- Será que eles gostaram dessa ideia de vocês duas? - Caio perguntou, mas na hora que as crianças entraram na cozinha ele riu alto
- Isso responde sua pergunta, meu amigo - Eu, Izzye e Alec gargalhamos alto
- Vejo que temos crianças muito arrumadas, pra que isso tudo? - Izzye serviu os cinco
- Estamos indo à escola mamãe - A minha afilhada respondeu rindo alegre
- Mas não é hoje que começam a escola pestinhas - Alec disse comendo uma maçã
- Não chame eles assim - Eu o repreendi - Caio e Alec, guardar as malas no carro - Revirei os olhos e os dois saíram rindo
- Quanto tempo ainda temos até saírmos mamãe? - Pitter me perguntou
- Meia hora querido, só o tempo em que vocês terminam de comer. - Eu avisei.

    Eu os deixei na cozinha com Izzye e subi para o meu quarto, pegando minha bolsa, já que Alec já tinha descido as malas. Eu fui até o escritório para ter certeza que não estava nada fora da caixa e então eu peguei a caixa e a levei para o carro, colocando na mala e voltando para dentro.
    As crianças já tinham terminado e estavam lá em cima pegando o restante das coisas deles então eu e Izzye fomos para frente de casa esperar eles para podermos sair.
    Alec, Lorenzo e Caio apareceram nas motos deles e se despediram de nós e foram na frente, arrancando gargalhadas minhas e de Izzye, que achávamos ridículo a atitude deles três:

- Ta sentindo isso? - Izzye me perguntou do nada
- Sim, Ele está aqui. - Eu me virei para o outro lado da rua e lá estava  Nicklaus
- Vai - Ela entrou na casa e eu atravessei a rua
- O que faz aqui? - Eu perguntei fria
- Vim buscar minha filha. VOCÊ NÃO VAI LEVAR ELA, HOPE ME PERTENCE - Ele gritou e eu ri
- Hope te pertence? Hope não suporta escutar seu nome que já começa a chorar, ela tem MEDO de você. Você realmente acha que ela ainda quer algum contato com você? - Eu gargalhei maldosa
- Eir... - Eu segurei o rosto dele, o forçando a me olhar
- Você sofrerá mais que todos. Eu o condeno Nicklaus, você jamais se esquecerá de ninguém que tenha seu sobrenome, você se lembrará de todos e como os fez sofrer, você irá ver todos eles felizes ou sofrendo, bem longe de você e não poderá fazer nada. Você irá repetir esse ciclo pra sempre. Somente eu poderei remover isso. SOFRA NICKLAUS - Eu o soltei e ele caiu no chão me encarando
- Você é um monstro Eir - Ele chorou
- Eu? - Parei e pensei - Sim, eu sou um monstro. Destruí o sempre e para sempre do pobre híbrido abandonado, coitadinho - Eu gargalhei - Eu livrei meus tios de você, eles estão melhores sem você - Garanti a ele
- Não... - Ele sussurrou - VOCÊ É UM MONSTRO - Ele gritou chorando
- Sou um monstro. O pior de todos os monstros. Eu destruo o que quero. EIR MIKAELSON, o monstro que destruiu Nicklaus Mikaelson - Gargalhei alto e beijei a bochecha dele - Tenha um vida feliz, titio - Virei as costas e sai rindo
- Eir? - Izzye me chamou enquanto colocava as crianças dentro do carro
- Aonde estava mamãe? - Hope me perguntou enquanto eu a olhava pelo retrovisor
- Estão prontos? - Perguntei e eles gritaram, então eu dei partida - Estava brincando de monstro, querida - Eu respondi sorrindo e acelerei o carro, indo para longe da cidade maldita, com todos os meus juntos comigo.

The Girl of Mikaelson * EM BREVE EM EDIÇÃO *Onde histórias criam vida. Descubra agora