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- Sabem quando ela vai acordar? - perguntei entre soluços.

- Infelizmente não, acho melhor você ir pra casa e descansar um pouco... Não a nada que você possa fazer agora!

- Eu quero ver ela!

- Não pode entrar lá! Vá pra casa, é o melhor a fazer!

- Eu vou entrar pra ver a minha irmã e você não é ninguém pra me impedir! - empurrei ele e fui perambulando pelo hospital, procurando a sala enquanto seguranças corriam atrás de mim. Quando achei a sala dela, abri a porta rápido e entrei, trancando ela atrás de mim. Lágrimas rolaram por meu rosto ao ver o seu estado. - Irmãzinha... Eu tô aqui, volta logo, não consigo passar por isso sem você! Por favor não me deixa!

Quando eles abriram a porta seguraram meu braço e me levaram pra fora, liguei pro Bruno vir me buscar, minutos depois ele chegou. Entrei no carro.

- E aí? - ele perguntou.

- Não quero falar disso agora! - ele assentiu e me deixou na casa dele.

- Tenho que ir pra boca, vai ficar bem?

- Vou! - falei descendo do carro.

Ele desceu também.

- Vamos entrar! - eu não entendi. - Só entra!

- Você não tinha que ir pra boca?

- Vamos! - entramos em casa e eu suspirei me jogando no sofá. - O que aconteceu lá?

- Ela tá em coma! - desabei em lágrimas e ele me abraçou.

- Ela vai sair dessa, não precisa ficar assim. Ela é forte, como você! - assenti e fiquei abraçada nele. Em algum momento acabei dormindo.

Bruno

Já devia estar na boca há muito tempo, quando ela dormiu, a levei pro quarto, deitando-a na cama e a cobrindo. Escrevi uma carta simples dizendo que foi pra boca e sai. Ao chegar lá, Lucas me olho como se tivesse preocupado.

- O que foi? - perguntei.

- Os vermes vão invadir! - falou entre dentes.

- Ótimo, manda um sinal de recolher. Vamos aos armamentos! - falei calmo e ele concordou. Saiu pra mandar o sinal e eu fiquei resolvendo com os vapores.

- Pronto! - Lucas voltou.

- Sabe por onde eles vão entrar? - perguntei.

- Pela frente!

- Eles tão achando que vão entrar pela frente do meu morro e me afundar? Ah não vão! Quero 50 homens lá na frente e o resto fica espalhado pelas outras entradas por precaução. Os lá da frente vão com as armas mais pesadas. Os que ficarem espalhados, cada grupo leva um fuzil e o resto pode escolher alguma arma!

- Quando eles entrarem vamos botar eles pra fora, né? - um dos homens perguntou.

- Atirem pra matar! - falei sério.

Eles concordaram e se espalharam pela boca, se organizando. Estava tenso, Mariana estava dormindo, provavelmente não sabia do sinal, e se ela saísse no meio do tiroteio podia ser atingida.

- Que foi mano? - Lucas perguntou.

- Preciso ir ver a Mary!

- Ela tá bem, relaxa!

- Ela tá dormindo, não deve ter visto o sinal!

- Você não pode sair agora! - ergui a sobrancelha pra ele. - Não deve!

Marrenta No Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora