Dupla Personalidade

Capitulo 53

Atendendo a pedidos um capítulo extra para vocês,  agora só volto mesmo na segunda ok..  Beijos
Cap: 53

🔹Carolina

Estou dentro do carro assustada, mando mensagem para Dilan mas o mesmo ainda nao visualizou, descubro que sou mais medrosa do que um dia imaginei, pois é a segunda vez que me deparo com Sérgio e eu não consigo ter forças , a verdade é que minha sequela ainda é maior que minha coragem. E agora para melhorar vejo Dilan passando feito uma bala perdida para dentro de casa , quero sair daqui, preciso ir resolver meus problemas, e não envolver ninguém mais neles. O silêncio lá dentro é torturante, e ao mesmo tempo aliviador, se não tem gritos não tem agressões nem tiro, eu vou sair, eu vou lá encarar esse monstro e dá um fim ao meu passado traumático, estou para sair quando alguém bate no vidro do carro, vejo que se trata de Orlando, e eu só descubro o quão desesperada estou , quando um abraço em Orlando me tranquiliza..
-- Orlando.. ( Eu falo ao abraçar ele)
-- Carolina? O que está acontecendo? ( ele pergunta preocupado) ..
-- Tudo.. Ele está lá.. O Dilan.. Ralph o Sérgio, tá tudo confuso.. ( falo sem pensar, eu não quero envolver mais ele nessa história)
Ele se solta de meu abraço e apenas faz um sinal com a mão para que eu aguarde e eu espero, ele se afasta e fala por pouco tempo no celular e volta com uma história louca de me tirar daqui, Dilan não gostaria de saber que enquanto ele está cuidado de um problema meu, eu estou passeando com Orlando,  mas ele diz ter água em seu carro e estou com sede , ir até o carro dele não é nada demais.  Sento em seu carro e ele diz para sairmos daqui e irmos a uma praça aqui perto,  eu questiono mas ele diz que está aqui como amigo, e eu me encontro tão nervosa que não tenho nem força para ir contra,  acabo aceitando,  dou mais uma golada na água bebendo mais do que a metade ,  encosto no banco e conforme o carro vai andando vejo que já passamos da praça,  digo que estamos passando do local combinado,  mas ele diz que iremos a um lugar melhor , vou sentindo meu corpo ficando molengo,  uma fraqueza fora do normal, uma sonolência,  aos poucos a música que Orlando colocou no carro já não faz mais sentido,  são apenas palavras na qual eu não consigo identificar, vai ficando tudo escuro cada vez mais escuro até que eu adormeço e não vejo mais nada.
Algum tempo depois com muita relutância abro meus olhos,  estou em um quarto não reconheço esse lugar, como vim parar aqui?  Se até onde eu lembro eu estava no carro com Orlando e adormeci e por falar nele,  cade ele? 
-- ORLANDOOOO..  ( EU GRITO)  e só após gritar e tentar mexer meus braços eu vejo que ambos estão amarrados na cabiceira da cama,  tento mexer meus pés,  e os mesmo estão presos também,  novamente o medo começa a me domar,  onde estou ? Como vim parar aqui?  Porque estou presa??.
-- ORLAAAAAANDO??  ( GRITO NOVAMENTE)  será que ele está bem?  Será que fizeram algo com ele também?  Olho para um lado e para o outro, o quarto está escuro , não faço idéia de quantas horas são,  começo a me debater na esperança de me soltar,  mas não é isso que acontece,  a corda feita de um material grosso acaba que machuca meus punhos e eles começam a arder, abro minha boca para poder gritar de novo mas paro quando escuto o barulho da porta sendo aberta, fixo meu olhar para a porta para saber de quem se trata , e sinto um alívio enorme ao ver que é  Orlando, eu me lembro a roupa que ele estava ontem e não é essa, ele se veste bem, com um terno preto, parece até com um que Dilan tem..
-- Orlando,  você  está bem?  O que aconteceu?  Olha o que fizeram comigo?  Eu não consigo me lembrar de nada,  por favor me desamarra. ( saio falando sem parar ) é o desispero.  Mas ao contrário do que imaginei que ele faria,  ele vai até a janela e abre as cortinas, o dia está amanhecendo,  e ele está calmo demais pro meu gosto,  agora ele vem até a cama e senta-se ao meu lado.
-- Carolina..  (Ele começa a falar e eu o interrompo.. ).
-- Orlando,  onde estamos?  Me desamarra,  porque estou presa?  ( ele fecha a cara  )
-- Se não se acalmar vai ser impossível  te desamarrar.
-- Como assim?  ( fico confusa)  ..
-- Vou explicar. Meu amor,  você sempre gostou de min,  só desviou seus sentimentos porque Dilan apareceu oferecendo a você uma luxuosa vida sexual, e você como uma menina pouco vivida acabou ficando enfeitiçada a isso, só que agora ele ficou no passado para trás,  agora somos somente eu e você.. ( ele fala naturalmente)  como assim??
-- Orlando,  não me diga que.. ( falo querendo chorar)..
-- Sim eu sequestrei você,  e te trouxe para cá, estamos longe de tudo bem longe, mas foi tudo por amor, e por falar em amor,  olha o que comprei para nós..  ( ele retira do bolso uma caixinha e quando abre retira de lá de dentro duas alianças douradas)  ..
-- Orlando,  eu já sou comprometida, na verdade o que vivemos foi muito bom,  você ME ajudou , mas eu AMO DILAN. ( EU FALO TENTANDO SER PACIENTE. ) ..
-- NÃO VOCÊ NÃO AMA O DILAN,  VOCÊ ME AMA..  ( ELE GRITA FURIOSO ) mira minha mão e arranca de meu dedo com grosseria minha aliança..
-- Isso não lhe pertence mais..  ( ele guarda no bolso de sua calça a aliança de madeirinha)  e agora meu choro vem com força e aumenta o rítmo quando ele pega a outra aliança e coloca no lugar, eu fecho a mão,  mas não adianta ele tem domínio sobre min eu estou presa,  ele enfia a aliança no meu dedo e coloca a outra no seu ..
-- Enfim, selamos o nosso amor.. ( ele fala olhando a aliança)  eu estou assustada, digamos que apavorada,  o que aconteceu com Orlando, eu não consigo falar nada só sei chorar e chorar..
-- Não chore meu amor, eu vou cuidar de você , tudo ficará bem ( ele fala limpando minhas lágrimas, enquanto eu me debato,  jogando a cabeça pro lado,  não quero que ele me encoste).
-- Você não está ajudando Carolina,  enquanto não se comportar não a soltarei,  vou fazer seu café e já volto..
Ele sai do quarto assobiando como se isso tudo fosse normal,  eu me vejo num desespero sem tamanho , Dilan,  onde Dilan estará,  será que ele deu falta de min?  Será que ele sabe que fui forçada a vir?  Tento mais uma vez me soltar,  e mais uma tentativa em vão,  cada vez mais meu pulso arde e meus braços estão doloridos por está muito tempo em uma posição.
Porque Orlando está fazendo isso comigo??  Porque isso está me acontecendo?  Mais uma vez o choro rola freneticamente, a porta se abre novamente e eu seguro o choro,  e lá vem Orlando com uma bandeija cheia de frutas suco e pão,  estou faminta , mas me recuso a comer com ele dando em minha boca..
-- Vou alimentar você..  ( ele fala)  ..
-- Orlando não precisa disso por favor,  me solte..  ( eu suplico) 
-- Ainda não,  você precisa entender que eu te amo!  ( ele fala arrancando uma uva do cacho)  fecho a minha boca e não abro.
-- Carolina,  será pior para você,  você tem que se alimentar   .. ( ele fala tentando agora me dar o suco.) eu sinto tanta sede, ..
-- OK,   não quer se alimentar,  nada posso fazer,  daqui a pouco volto para levar-te ao banheiro e dar-lhe um banho,  e se comporta-se eu deixarei que dê uma volta ao redor.
Continuo quieta, ele sai do quarto,  e me deixa novamente presa e sozinha,  fecho os olhos para ver se consigo dormir,  mas não consigo,  estou nervosa demais para isso, um embrulho no estômago me ocorre,  não lembro qual foi a última vez que me alimentei.
Entre cochilos e acordar assustada a hora passa, abro meus olhos e o sol está a raiar la fora, se Orlando voltou para cá eu não vi,  mas só de cogitar a presença dele,  parece que ele sentiu e apareceu..
-- Oi,  acordou,  estava preocupado com você meu amor( ele fala sentando ao meu lado)  continuo silenciosa,  eu não tenho o que falar com ele.
-- Carol,  eu não vou te machucar,  eu a amo,  eu só quero que você entenda isso,  se você se comportar e aceitar meu amor e deixar com que eu cuide de você, eu vou te soltar,  você viverá livre,  mas enquanto for uma teimosa birrenta e se negar a comer,  eu a manterei assim presa,  só depende de você..  ( ele fala alisando minha testa)  .
-- Eu quero ir ao banheiro.  ( eu peço) 
-- Eu a levarei..
E então ele desamarra meus pés e logo em seguida minhas mãos,  meus pulsos estão marcados e muito vermelho,  ele vê e deposita um beijo  cada lado.
-- Tudo culpa sua Carolina, não era para isso acontecer,  eu não quero que sinta dor. Venha,  vamos tomar um banho.
Ele me ajuda a andar,  estou fraca  no quarto tem banheiro,  ele me leva até a porta e eu paro..
-- Por favor,  dei-me privacidade.  ( eu peço)  ..
-- Claro minha linda,  dou-lhe  tudo que quiser,  basta colaborar. Eu lhe comprei roupas, e peças intimas , tudo que precisa está no armário.
Entro no banheiro e ele tem um vasculhante, se eu tivesse tempo conseguiria passar por ali, mas preciso primeiro de averiguar o local para saber pra onde corre.
Tomo meu banho demorado,  lavo meus cabelos e quando saio dou de cara com Orlando sentado na cama.
- Tomei a ousadia de escolher sua roupa.
Apenas balanço a cabeça e digo.
-- Deixe-me sozinha para que eu possa me vestir.
-- Não sei porque tanta vergonha, se ja te vi da forma que veio ao mundo e pretendo ver novamente,  mas vou respeitar.  ( ele fala isso e sai) meu coração dispara eu não tinha pensando nisso ainda,  eu não quero transar com ele , não  não por favor começo a chorar e decido ir até o armário , quando vejo a gaveta de lingeries me apavoro,  são todas sexys eu não quero..
-- Carolina,  está demorando vou entrar..
-- Não,  estou quase pronta espere.
Tem uma lingerie branca na cama, acompanhada de um vestido florido,  desses modelos antigos,  justo no busto e mais solto da cintura para baixo, já vestida eu abro a porta.
-- Você está divina meu amor,  venha vamos almoçar..  E espero que se alimente porque a noite teremos uma noite de amor,  quero-te forte para poder aguentar,  estou transbordando de saudades!
Meu coração quase para de bater quando eu escuto isso , meu corpo pertece a outro homem que é Dilan,  eu não irei conseguir me doar a outro homem,  oh Deus me ajude!