Cheguei em casa, tomei um banho e fui deitar. Eu estava me sentindo a pessoa mais trouxa do mundo, tudo estava acontecendo debaixo do meu nariz, só eu que não queria ver. Mas como ele mesmo disse, eu não irei encontrar o amor incondicional em outra pessoa a não ser em mim mesmo, é hora de colocar isso em prática.
No outro dia acordei com uma dor de cabeça muito grande, ainda bem que era domingo, não teria que ver a cara daqueles professores. Na verdade, não quero ver ninguém da escola hoje.
Levantei da cama, tomei um banho e fui fazer um café. Quando alguém bate na porta… eu já imaginava quem poderia ser, mas não tinha total certeza. Mas era 90% de chance. Quando eu abro a porta…
-Você tá bem? - disse Valentina me abraçando e entrando.
-Tô… - disse um pouco confuso. - como você entrou aqui?
-Eu tenho meus truques. - disse ela dando uma piscada
-Eu tenho medo desses truques.
Ela ri…
-Eu já peguei amizade com o porteiro, por isso ele me deixou entrar - disse ela.
-Você é controladora. - disse rindo.
-Sou mesmo, então não mexa comigo, sou filha do Darth Vader. - disse ela rindo.
-Desculpa aí Luke Skywalker.
-Você agora está sobre meus comandos. - disse ela passando a mão em frente ao meu rosto.
-Sim senhora - disse como se estivesse em transe.
-Escravo eu quero um morango.
-Sim senhora senhora… - disse indo até a cozinha. Peguei alguns morangos que estavam na geladeira e voltei a sala.
-Quero que me dê na boca.
Eu coloquei o morango na boca e a beijei. O gosto doce de seu brilho labial misturado com o azedinho do morango era incrível, eu não conseguia parar de beijá-la.
Ela coloca a mão sobre meu peito e me afasta para trás…
-Isso não fazia parte da brincadeira. - disse ela séria.
-Mudei um pouco. - disse tentando outro beijo.
-Mas não funciona assim. - disse ela me afastando mais uma vez.
-Por que você tá assim comigo? Parece que a gente nunca fez isso.
-Nós estamos misturando as coisas. Nós somos amigos isso não pode acontecer. - disse ela sentando no sofá.
-E qual é o problema de isso acontecer? - disse cruzando os braços.
-Eu estou começando a ter sentimentos por você… sentimentos que são mais do que amizade…
-E por que você não pode tê-lo?
-Eu gosto de outra pessoa…
-Tá e..?
-Renan, eu vou ser sincera com você. Eu tinha todas as razões para te odiar.
-Como assim..?
-Você roubou… na verdade não… você não roubou, mas você tem os meninos que eu gostava ao seus pés.
-Os..?
-Sim. Eu comecei a gostar do Bryan no primeiro dia que eu o vi, aquelas paixonites idiotas de escola. Quando eu vi vocês dois na educação física se beijando, aquilo me feriu muito mas não desisti dele, fiquei ainda alguns dias tentando deixar aquele sentimento vivo dentro de mim, mas depois daquela visão, tudo simplesmente morreu. Quando você falou que sentia coisas estranhas pelo Bryan, eu vi ali uma chance de me aproximar dele. Mas depois eu pensei no quanto você tinha confiado em mim e contado tantas coisas… tive uma ideia, fazer o contrário… odiá-lo para não surgir o amor novamente e foi o que eu fiz. Cada vez que eu via vocês dois juntos eu ficava triste por dentro por gostar dele, e com raiva por ser sua amiga e não querer seu mal.
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Apenas Amigos [Parte 2] (Romance Bissexual)
Romance[LIVRO 2] "Quem é esse menino..? Ele... é... diferente... Seu ar perigoso e excitante me instigava cada vez mais, me atraia cada vez mais... Eu não acredito... me apaixonei por ele..."