Capitulo dezessete

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Meninas sei que demorei demais, peço desculpas a todas que estão ainda fielmente esperando a volta de Aaron e hoje trago um capítulo novo. Espero que gostem e peço um pouquinho de paciência para eu escrever os próximos .

Aaron

No carro ficamos em silêncio, mas um silêncio tranquilo confortável eu a olhava sem precisar dizer nada, Cecília sabia o que se passava em minha mente o quanto eu estava encantado por ela. Assim que avistei a mansão vi Beer sentada nas escadas da entrada ela parecia muito aflita, quando viu o carro saiu correndo em nossa direção. Me senti um fracassado a merda de um pai impotente, não sabia como explicar para minha filha o que tinha acontecido, eu era o responsável, o que devia estar ao lado dela  a apoiando cuidado para que ela não fizesse coisas desse tipo é simples eu vou e faço. Me sentia envergonhado eu era um estupido que nem merecia ser chamado de pai. Quando abri a porta do carro  já vi ela se apressando em mim direção. Em seus pequenos olhos azuis eu via o desespero, o medo e alívio tudo ao mesmo tempo. De repente eu estava com ela em meus braços e a abraçava com todo amor que consegui. Naquele abraço havia um pedido, não o pedido apenas, mas uma súplica de desculpas, por fazê-la se sentir tão mal. Cecília interrompe aquele momento.

—Aaron, vamos entrar você precisa descansar. Eu não queria entrar, não para descansar, só queria fazer minha filha se sentir segura e mostrá-la o quão  arrependido eu estava por ter sido tão fraco. O homem perde o direito de ser fraco quando se torna pai, pai é super-herói a figura masculina mais importante na vida de um filho. Eu olhei para Cecília e apenas assenti com a cabeça desci Beer  do meu colo, segurei em sua pequena mão e entrei. Beer segurava minha mão com força como se quisesse ter certeza que eu não desapareceria como se quisesse garantir que realmente eu estava ali com ela. Na sala nos deparamos com Madalena, ela tinha olhos cansados e triste ela não disse nada, me conhecia o suficiente para saber que aquele não era momento para sermão. Cecília passa em minha frente e leva Segura Madalena pelo braço com uma intimidade que me faz invejar e a sai andado com ela em direção à cozinha. Agora eu teria que encarar minha filha, olhar dentro daqueles olhos azuis dizer o quanto eu me sentia envergonhado. Ela me puxa para como se quisesse que eu seguisse andando e me leva em direção a escada, não falo nada ainda apenas a deixo me conduzir. Ela andava em direção ao meu quarto, entra comigo me faz sentar na cama e apenas acaricia meu rosto.

— Beer. Digo com a voz fraca quase inaudível. Ela me silencia com o dedo indicador. Beija minha testa sem dizer uma palavra me olha e aquele olhar dizia tudo, aprendi a ler o olhar de Beer a anos atrás então eu sempre sabia o que ela queria dizer. Nesse momento ela dizia o quanto me amava, que me entendia, que eu não tinha que dizer nada. Ela me dizia tantas coisas que minha mente não conseguia parar de ler. Eu beijo o topo de sua cabeça sentindo minhas lágrimas se quebrarem. Ela seca minha lágrimas com suas pequenas mãozinhas emburra delicadamente minhas costas para cama e eu entendo que ela queria que eu me deitasse. Obedeço imediatamente sem conseguir dizer nada, aquele silêncio havia mais conversa do que qualquer discursão ou debate. Ela puxa o edredom me embrulha e sai sem dizer nada deixando o silêncio confortável em um silêncio apenas silencioso. Penso no que aconteceu nas últimas 24 horas na minha atitude de merda no quão fraco eu era e principalmente no quando eu estava envolvido com Cecília, no quando eu a queria e contra todas probabilidades ela me queria também. Relembro nosso beijo e quando ela se entregou sei que estava lutando contra essa atração mas eu sentia que ela estava perdendo as forças. Eu não era idiota sabia que seria difícil uma menina religiosa como ela querer ficar com um ateu, mas eu imploraria se fosse possível para deixarmos nossas diferenças de lado. Sinto meus olhos se fecharem e deixo aquele abismo escuro e silencioso me tragar.

Cecilia

Madalena tem os olhos tristes e suplicantes, ela não precisava fazer qualquer pergunta é sei que não faria era discreta demais, mas me senti na obrigação de contar a ela o que eu sabia. Havia uma chaleira no fogão e o cheiro de chá estava forte, acredito que ela preparava algo para Beer.

— Madalena pode se sentar um pouco. Ela me olha, sem dizer nada e se senta. Madalena parecia ter envelhecido mais, tinha olheiras profundas e suas rugas parecia está ainda mais aparente.

—Minha filha não tem que me dizer nada, senhor Becker sempre foi muito discreto com suas coisas e já nos acostumamos com isso. " eu pensava como ele poderia ser tão tratar as pessoas que o amavam daquele jeito, mas preferi não juga-lo"

— Madalena só quero que saiba que ele tá bem. Ele passou por um um estresse esse dias, mas acredito que já está tranquilo.- disse eu tentando convencer mais a mim do que Madalena que  aquilo era verdade. Ela segurou a minhas mãos eu via lágrimas de formar nos cantos das seus olhos, ela sorrio fraco.

— Minha filhas desde que você esteja aqui eu sei que todos ficaremos bem. Está evidente para todos a mudança que você trouxe para essa fazenda. O bem e está fazendo a Beer e ao senhor Becker. Sei que ele não é um homem fácil, mas é um bom homem, a maneira que ele te olha, o cuidado que ele tem com você querida, nunca o vi assim. Ele tá feliz. Cecília você trouxe luz para esse lugar, sei que pode ser egoísmo eu te pedir isso, mas não nos deixe no escuro novamente. Tenha paciência com ele, e não deixe minha pequena Beer, ela precisa de você Cecília, ele precisa e nós precisamos. – diz ela se soltar minhas mãos, seus olhos não desviavam dos meus por nenhum instante. Eu sabia que ela queria que eu lesse seu olhar, que eu visse seu desespero. Ela queria tocar em algo dentro de mim e  ela conseguiu.

— Não irei a parte alguma Madalena.- foi tudo que conseguir dizer é por mais que essas palavras me davam medo me assustavam horrores eram palavras sinceras saia de dentro de mim com um facilidade indiscritível. A chaleira apita e Madalena aperta minhas mãos em forma de agradecimento. Ela não diz mais nada seus olhos me dizia tudo. Ela estava tentando não se quebrar diante de mim e eu respeitava isso. Enquanto ela se movia na cozinha de um lado para o outro preparando chás e acredito eu que algum lance para Aaron ela pegou uma grande bandeja encheu com as comidas favoritas de Aaron. Colocou gentilmente uma xícara de chá em minha frente com aquele bolo de milho maravilhoso que ela sabia que eu tanto gostava e sai com a bandeja nas mãos sem dizer mais nada. Me deixando sozinha com meus pensamentos. Volto para aquela caverna e revivo os momentos de aflição que passei ali. Quando cheguei meu coração parou com medo de ter acontecido algo grave com Aaron. Quando conseguir conversar com ele, pouco a pouco aquele medo de perdê-lo foi se dissipando de dentro de mim. Ver Aaron naquela situação fez uma bagunça inteira dentro de mim, me sentia a bruxa má dos contos de fadas, mas o que eu podia fazer,  éramos opostos. Tudo o que eu acreditava ele não acreditava. Mas ele estava sofrendo estava tão perdido, olhar para aquele homem lindo, forte, imponente tão fragilizado fez meu coração virar migalhas, todas as minhas certezas viraram um emaranhado gigantesco de dúvidas e já não fazia ideia de que decisão iria tomar, no momento só queria ter certeza de que ele ficaria bem, que eu iria olhar para ele e ver o mesmo homem forte de sempre.

Claro que eu ainda me sentia muito confusa com o que estava acontecendo, em um momento eu estava lutando contra isso e momentos depois estava me derretendo nos braços desse homem, eu não tava raciocinando direito mas o cheiro dele me deixa desnorteada, não conseguia para de pensar em seus lábios suaves nos meus, eram quentes e ansiosos. Nunca havia me sentido assim antes e agora tinha a sensação de que iria hiperventilar eu me sentia apreensiva com medo, mas já havia me envolvido o suficiente para saber que eu não podia desistir agora. Talvez Deus tenha me dado a missão, essa dura missão de mostrar a Aaron que Ele existia. Eu estava com tanto medo, vê-lo tão frágil e indefeso me desestabilizou, um homem hostil de ferro como senhor Aaron não se quebra daquela maneira. Eu sabia que muitas coisas mudariam a partir do momento que eu decidisse ficar, mas depois de tudo que eu passei longe dele, depois de vê-lo nessa situação degradante e de ouvir tudo o que Madalena acabará de me dizer eu não poderia fugir mais. Não tinha ideia do que eu enfrentaria, mas minha decisão estava tomada, eu ficaria.

O que acharão meninas?? Será que agora esse romance desenrola??

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Bjos cheios de unção

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⏰ Última atualização: Jul 11, 2019 ⏰

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