Aaron Backer é um homem cheio de cicatrizes. Fantasmas do passado fizeram do simpático empresário um homem impetuoso, arrogante, ultrajante e totalmente intragável. Em um acidente de carro ele perde sua ex-mulher e uma de suas filhas, a culpa de não...
Dedicado à EsteleStar Gata obrigada por me acompanha desde o início. Te ter como leitora é um prazer.
Boa noite meus amorecos. Hoje tem BONUS. Sim isso não é capítulo é apenas um pequeno bônus da nossa linda Beer. Bora saber o que passa nessa cabecinha.
Aviso está um pouco forte, Beer teve experiências traumáticas que é a explicação para seu silêncio e problemas psicológicos.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Beer
Eu estava desesperada, meu pai não tinha o costume de demorar tanto. Ele não chegava e aquilo estava acabando comigo... vinte, dezenove, dezoito, dezessete... Não isso também não estava funcionando... Eu estava diante da imensa porta de vidro que tinha em meu quarto, observa paisagem infinita que havia diante de mim. O sol está se pondo no horizonte, iluminando as grossas faixas de nuvens com um cor-de-rosa profundo. Já estava tarde a penumbra da noite logo iria dar seus primeiros sinais de aparição. Eu me perco entre as nuvens que fica cada vez menos visível. O dia estava virando noite. O céu claro de minutos atrás sumia com lentidão diante dos meus olhos, ganhando um tom azul marinho. Isso me deixava afita. Eu queria me esconder, naquele lugar que havia em meu guarda-roupa. Me sentia invisível lá. Eu queria ser invisível. Era mais facil quando as pessoas não nos via. Embora papai nunca fosse admitir, eu sabia que ele tinha algum tipo de medo do escuro. Todas as vezes que eu me levantava para olha-lo durante a noite, a luz do seu quarto estava acesa. E minha luz, ele nunca permitia que eu apagasse. Ele usava a desculpa de que era para poder me ver, para eu não sentir medo. Mas eu não tinha medo do escuro. Eu tinha muitos medos, eles eram tantos que eu mal conseguia enumera-los, mas escuro não estava em minha lista de medos. Pelo contrário o escuro me acalmava. Ele era acolhedor. Na verdade a claridade a noção de que as pessoas podiam me ver. Isso sim assustava o inferno fora de mim. Eu não gostava de ser observada. Queria ser imperceptível. Era ruim ser observada e não fazer ideias do que as pessoas estavam pensando. Papai estava triste, ele estava desesperado. Ele pensava que eu não sabia que ele vivia olhando meus e-mail, aqueles que Cecília me mandava. Na verdade eu não me importava.
Era evidente que papai gostava de Cecilia e eu gosta muito dela também. Desde a primeira vez que vi Cecília senti que ela tinha algo de especial, eu não sabia o que, mas eu confiei nela. Conseguir dar espaço à ela. Pela primeira vez em anos eu consegui me aproximar de alguém que não fosse papai. Papai. Lembrar dele fazia meu coração se apertar de medo. Papai era tudo que eu tinha. Não me restou mais nada na vida. Eu sei que eu era um fardo pesado em sua vida. Quantas vezes eu pensei em sumir, desaparecer para sempre. Deixar que ele tivesse uma vida plena e feliz. Mas eu era covarde demais. Não conseguia sair sozinha tinha medo das pessoas. Então eu tentava arduamente ser diferente, mas eu não conseguia. Eu sabia que era doente e isso me matava. Eu queria ser normal, ter amigos da minha idade.
