Tome cuidado

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O silêncio pairava no estacionamento vazio da Cede, onde Vitória dava aulas e Ana estava no 4° módulo do curso para agente especial do Fbi, a chuva chegava calma e fina, senhora Parris olhou para a garoa e decidiu que aquela garoa nao estava condizente com o que aparentava cair do céu.

- Venha comigo, te deixarei no alojamemto

- Nao precisa fazer isso, o alojamento não é tão longe, se você quiser me ajudar, pode por gentileza chamar um taxi para mim. 

Vitória sorriu. Sabia que não séria nada fácil a convencer Ana do contrário. Queria entender por que eu ainda insistia, por que aquela menina viera se tornar tão importante pra mim.

- Agente Booth vamos ser realista, você é uma estudante, faz um curso quase integral, ou seja, provavelmente não tem um trabalho, deve viver de alguma bolsa ou de mesada dos pais, vai querer mesmo me dispensar para pagar táxi? Deveria aproveitar minha gentileza, não vai ser incômodo nenhum te deixar em casa, além do mais seria meu pedido de desculpas por ter visto aquela cena em minha sala mais cedo. Estaremos quites depois disso.

Era a primeria vez que eu via a Agente Parris baixar um pouco a guarda, então levantei os olhos para fitar ela que estava a minha frente.

- Não se preocupe. - Disse Vitória - Não vou fazer nada que você não queira.

Vitória mostrou seu sorriso provocador, virou de costas e começou a andar em direção ao seu carro.

- Vamos logo Sra. Ana, não tenho a noite toda.

Ana caminhou logo atrás revirando os olhos, não adiantava discutir com ela, estava cansada e ansiava por um banho e uma boa noite de sono.

- Isso é tão clichê.

Ana resmungou pra si mesmo, não podia deixar de reparar nas curvas de sua professora, sua bunda rebolava de um lado para o outro tão elegantemente, a postura impecável a fazia parecer cada vez mais distante, talvez inalcançável.

Vitória chegou em seu carro, parou ao lado do passageiro e abriu a porta para Ana que vinha logo atrás, soltou um pequeno sorriso.

- O que é clichê? - perguntou Vitória - Uma aluna se apaixonar por sua professora, ou conseguir uma carona com ela ?

Ana sentou no banco do carro, apertou o sinto e observou sua professora que ainda a olhava sorridente segurando a porta.

- Você é tão insolente.

Rapidamente ela fechou a porta, ouvindo Vitória soltar um risinho do lado de fora.

- Nossa você mora longe ein, e deu outra risada sarcástica.

- Se Você quiser dá tempo, para chamar um táxi, assim você pode chegar em casa logo e aproveitar melhor sua sexta.

- Eu Não quero.

Falei em um tom reprovador, manobrando o carro.

- Você ainda mora com seus pais?

- Não eu moro.... sozinha - Respondi olhando para a janela..

- E por que escolheu vir pra cá tão longe ?

- Simplesmente por que essa é a moradia que a Academia nos oferece, como você mesmo disse, eu vivo de mesada, que não é o suficiente para me sustentar é apenas uma ajuda de custo que recebo de meus "pais".

Vitória assentiu com a cabeça, já sabia que seria essa a reposta, mais ela queria encontrar uma maneira de puxar assunto e essa era a melhor forma. Mais logo desistiu de puxar assunto quando viu que Ana dormia em um sono profundo no banco do passageiro, alcançou um casaso e jogou em cima de Ana cobrindo seus braços desnudos.

Apos alguns minutos Já estavamos em frente ao alojamento, tentei delicadamente acordar Ana, mais o sono estava pesado demais para responder.

Eu ri.

Eu sabia que era um motivo bobo para sorrir, mais eu não conseguia entender como Ana conseguia fazer isso, ou eu não queira entender.

Falei no seu ouvido bem de mansinho seu nome, mais não tive sucesso, dei um beijo em sua bochecha e depois disso comecei a chacalhar a chamando um pouco mais alto.

Ana acordou assustada, e demorou alguns segundos para se lembrar onde estava.

- Você me deixou dormir... por que não me acordou?

Ana ameaçou devolver a jaqueta mas Vitória a impediu.

- Parecia que você precisava, leve a jaqueta com você para fugir um pouco da chuva até entrar em casa. E Vitória soltou aquele lindo sorriso.

- Obrigada pela carona. Ana falou sem falar para sua professora.

- Tome cuidado .Tome cuidado no caminho de volta. - pausou um pouco pensativa, abriu a bolsa e tirou um papel onde anotou um número.

- esse é meu número, me mande uma mensagem quando chegar.

Quando encarei a Agente Parris pra entregar o papel, ela estava com aquele maldito sorriso no rosto.

- Essa é uma ótima desculpas pra conseguir meu número Agente Booth.

Ana semicerrou os olhos e abriu a porta do carro deixando um pouco de chuva entrar.

- A senhora é tão segura de si, não é mesmo?  - fechou a porta para fugir um pouco da chuva.

- A chuva está muito forte, então se puder me avisar se chegou bem... afinal de contas você só está longe de casa por minha culpa. Até mais.

Coloquei a jaqueta na cabeça. E sai correndo pro alojamento e subi as escadas laterais até finalmente chegar em meu quarto

Vitória ficou esperando até que sua aluna estivesse dentro de casa para sair. Em todo caminho ficou pensativa. " ela estragou minha noite com leticia  e meus planos de levar ela pra cama", mas apesar de tudo, sentia-se feliz com a aproximação de Ana.

Assim que cheguei em casa tirei o papel do bolso  com o numero de Ana e salvei em meu celular, em seguida mandei uma mensagem.

" Estou entregue, pode dormi tranquila. Sonhe comigo"

Ri ao enviar a mensagem imaginando a careta que Ana faria ao receber.

Assim que terminei de enviar uma mensagem recebi uma ligação, ao ver quem era me alegrei, não consegui terminar minha noite na cama de Ana, mas não iria terminar sozinha.

- Oi Thay...

....

Eu estava deitada com o celular nas mãos, esperando a mensagem da Senhora Parris. Quando finalmente a mensagem chegou eu me alegrei, e imediatamente revirei os olhos ao ler.

" Que mulher prepotente". Pensei antes de cair no sono.

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