G

558 42 1
                                    

A voz vinda da porta alertou Ana que era preciso separar os lábios, Vitória parecia tão tranquila, parecia não se importar por terem sido pegas se beijando.

- Já estamos indo.. - disse G - se apresse - olhou para nos duas e saiu

- Droga Vitória, é por isso que não podemos fazer isso aqui.

- Tudo bem Ana, Gabriela não é sua amiga ?

- Sim, e é por isso que eu estou ferrada, eu não contei nada a ela.

- Me desculpe Ana, a partiu de agora vou me manter afastada.

- Pare de mentir para mim. - Vitória sorriu - até mais tarde, Vi...

- Divirta-se.

[...]

- eu me sinto uma idiota por tentar trocar de cama com vitória à noite passada quando que ela mais queria era estar na sua cama - voltávamos para o grupo já era quase a hora do almoço e todos estavam famintos, ansiosos para chegar ao acampamento e nós estávamos atrás com passos lentos. - você deveria ter me contado.

- Me desculpa G, não é como se eu quisesse manter segredo, eu só estava esperando o momento certo para contar, nem eu sei direito o que está acontecendo...

- Ah, mas eu sou toda ouvidos, a senhorita vai me contar tudinho, pois te conheço bem e sei que você nao se envolveria com Vitória por motivos fúteis.

Eu  sabeia exatamente do que G falava, ela sabia sobre os rumores Possíveis na faculdade, ela recebia as notícias e repassava.
Ana gostava de ver as pessoas com alma e sinceramente eu vi que a professora saía por aí ficando com todas as alunas que descem mole não era motivo para pensar que a alma de Vitória era bela. Vitória fazia questão de saber o nome de todos os alunos desde o primeiro dia de aula eu achava aquilo tudo fantástico,  era como se ela valorizasse o outro,  saber o nome de todos os alunos tão rápido era sim uma forma de aproximação e de dizer "Ei você é único, você é importante" pensar naquilo fazia Ana  mudar de idéia sobre Vitória ser fria, só começou a se irritar com aquela informação quando descobriu que talvez ela fosse a única aluna que Vitória não fazia questão de saber o nome . Como iria adivinhar que Vitória  fazia aquilo para vê-la nervosa ?

- Pare de viajar na maionese e me conte - G interrompeu os meus devaneios.

- Eu gosto dela - falei sem olhar para ela e prestava atenção no caminho.

- Ah... não...

- Ela diz gostar de mim também...

- E Você acreditou ?

Gabriela queria acreditar, mas não conseguia.

- Eu não vou me desculpar pelo meu coração. G.

Gabriela parou segurando meus braços, para que pudéssemos ter essa conversa uma olhando pra outra.

- Me desculpe, Ana, é que fico preocupada... Vitória... você sabe...

- Eu acredito nela G - respirei fundo e fechei meus olhos soltando o ar dos pulmões devagar - Não sei porque, tudo me diz que não devo acreditar, mas eu acredito.

- Você realmente está gostando dela...

- Ela me pediu em namoro - sorri - e logo em seguida thay entrou na sala dela e a beijou na minha frente.

G arregalou os olhos, sem saber o que dizer.

- Eu não sei o que fazer G - continuei - porque se eu dizer não para ela é a mesma coisa de dizer para Thay ou todas as outras raparigas daquela faculdade que elas podem beijar Vitória quando bem entederam e eu não quero que isso aconteça.

ConfiarOnde histórias criam vida. Descubra agora