Salvar... Salvação, uma palavra um tanto quanto significativa, Jack acreditava que poderia salvar, salvar Finn, porque ele o amava. Amor, amor é um sentimento tão significativo, e ele amava Finn tanto quanto Finn o amava, e ele o salvaria, porque o amava mais que tudo, mais que seus pais, mais que suas notas, mais que a si mesmo. Foi por isso que Jack não se importou quando sua nota "B" transformou-se em um "D", e muito menos quando de um "D" ela se despencou para um "F". Ele amava essa letra, Jack gostava do vermelho que pintava a borda da primeira folha da prova, ele gostava da sensação de poder acrescentar as outras letras do nome do garoto que amava, era uma sensação única. Tão única quanto não se importar com os sermões e com a falta de frequência na escola.O garotinho de ouro, já não era mais o menininho nota dez, porque ele agora era Jack, e só Jack, não havia mais nada creditado à seu nome, não tinha mais olhares e nem conversas sussurradas sobre ele, ele era invisível, e isso era tão adorável, que ele se sentia totalmente confortável com isso. Jack não ia mais ao psicólogo, não pela escolha dos pais, e sim pela própria escolha, ele saía de casa e ia se aventurar pelos telhados da casa de Finn, pelos prédios acabados no final da Avenida, nas mercearias dos bairros pequenos, Jack era livre ao lado de Finn, e Finn era feliz ao lado de Jack. Eles se completavam, era perfeito, porque não tinha ninguém lhe controlando, ninguém lhe mandando ser perfeito, agir como todos deveriam agir, fazer o que todos deveriam fazer, Jack pela primeira vez na vida, percebeu o lado bom de ter seus pais viajando o tempo todo, eles não tinham tempo para ele, e nunca teriam e isso era bom, porque ele não podia ser controlado e não se deixaria, nunca mais, porque ele tinha Finn para si e com Finn tudo era perfeito, até mesmo a beirada do precipício.
— Você gostaria de um dia, sabe, casar comigo? — Finn perguntou em uma noite, ele tinha um cigarro brincando na ponta dos dedos, usava um calção folgado e uma camiseta escura, ele já não se machucava e Jack acreditava que havia progredido em seu objetivo.
— Casar? — Jack arregalou os olhos, e ficou em silêncio absorvendo as palavras do outro, ele tinha as pernas entre as do outro e usava uma camiseta azul qualquer de Finn, bebia um pouco de refrigerante que trouxeram para o quarto do mais alto. Eles antes conversavam sobre o futuro, um nem tão distante, porém não tão próximo, e naquele momento Finn nunca disse algo tão real quanto aquela frase.
— Você não precisa dizer que sim, para que eu fique feliz Jack. — Ele disse tragando o filtro que estava entre os dedos.
— Eu não preciso do seu sim ou do seu não, eu só preciso de você comigo. — Falou assoprando a fumaça para o alto e voltando a olhar nos olhos do mais novo, Jack mordia o lábio inferior, antes de se aproximar e segurar com os dedos compridos os cachos castanhos de Finn. Ele o beijou, tão intensamente quanto da primeira vez, porque Finn tinha gosto de liberdade e um toque de perigo.
— Eu te amo Finn. — Disse baixinho no ouvido dele depois de findar o beijo, sentiu as mãos do mais velho subirem por sua camiseta a tirando, ele juntou os lábios mais uma vez se entregando aos carinhos.
— Eu te amo. — Ele disse mais uma vez e Finn sussurrou o mesmo. Inúmeras vezes naquela madrugada, sem mesmo se importar com o que viria a acontecer. Ali com Finn em seus braços e o amando como deveria, Jack sentiu que poderia fazer qualquer coisa, absolutamente tudo.

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Save me
Fanfiction➳ fack Onde Finn Wolfhard quer ser salvo e Jack Grazer não acredita em seu próprio potencial;; - concluída - de minha autoria - todos os direitos reservados à djulia braz