Jack voltou para casa, não por vontade própria, mas sim porque ele deveria realmente voltar para casa. Quando abriu a porta da frente, pode sentir o frio que emanava da casa e não era pelas janelas abertas e sim pelo olhar que seus pais lhe direcionaram, seu pai estava sentado na poltrona da sala de visitas, enquanto sua mãe balançava uma taça de vinho com a mão direita, andando de um lado para o outro em cima de um dos tapetes favoritos dela, ele ficou em silêncio, e era mórbido, ouvir o barulho das cigarras do lado de fora da casa era amedrontador, era ruim ouvir o vento soprando, como se implorasse por ajuda, mas ele apenas aproximou-se sentando na poltrona à frente do pai e abaixou a cabeça. Não tinha o que falar, não tinha nada o que acrescentar, nada, por mais que Jack quisesse gritar que finalmente estava livre, ele não pode, porque a sensação de liberdade era apenas uma ilusão, essa qual ele sentia quando estava perto de Finn e ela sumia quando ele não estava consigo.
Ele ouviu, e ouviu novamente, por que Jack não tinha voz à frente dos pais e nunca teria, porque eles tinham razão, ele era o delinquente, o mal agradecido, era o garoto que estava tentando chamar a atenção, era tudo isso realmente, apenas balançou a cabeça acatando tudo, até aquele momento, quando ele deveria ficar longe do filho dos Wolfhard, por que ele era uma má influência, porque ele estava o levando para o fundo do poço, por que ele estava estragando tudo o que Jack tinha de bom, se ele não se afastasse ele seria mandado para outro país, e naquela noite Jack falou, falou o que devia ter dito a muito tempo e o que não deveria ter dito mesmo que estivesse entalado na garganta.
Ele sofreu, Jack tinha dezessete anos, quase dezoito quando se casou com um anel de brinquedo e um colar de prata com o amor da sua vida e foi obrigado a se afastar dele, ele era vigiado na escola, porque ele voltou a comparecer as aulas obrigatoriamente, exatamente a todas, ele era vigiado na rua, em casa e em todos os lugares que ele tinha que estar ou ir, ele tinha alguém o seguindo e isso era sufocante, porque ele queria gritar para que parassem mas ninguém o ouvia. Ele não conseguia mais aguentar apenas segurar na mão do mais velho no horário da aula, ele já não suportava ter que apenas olhar para ele, por que Finn era diferente, era um garoto diferente e especial, Jack o amava e murmurava isso antes de sair da sala de aula com uma angustia eminente no peito.
Finn tinha um novo curativo na bochecha e na testa, assim como tinha vários nos dedos, a não ser pelo anelar que era enfeitado pelo anel que ele insitira em não retirar, ele olhava para o colar todas as noites antes de dormir, ele erguia a mão estendida para cima junto com o anel e os bservava até pegar no sono, porque ele sentia falta de Jack tanto quanto Jack sentia falta dele e ele não podia fazer nada, ele não era nada além de um garoto estúpido e de má índole. Finn não o merecia, ele nunca mereceu Jack Grazer, mas o amava e sem ele o processo regressou, Finn via a beirada diante de seus olhos e ele não conseguia os deixar abertos, por que o vento era forte de mais para isso, era só um passo e tudo sumiria, mas ele não conseguia fazer com que Jack sumisse porque ele era muito mais que aquilo e ele precisava dele tanto quanto precisava respirar. Finn tinha que fazer algo, antes que fosse tarde de mais.
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Save me
Fanfiction➳ fack Onde Finn Wolfhard quer ser salvo e Jack Grazer não acredita em seu próprio potencial;; - concluída - de minha autoria - todos os direitos reservados à djulia braz