1° Round

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Estávamos dentro do carro do Reynolds que veio nos buscar na frente do dormitório principal.

Sentei nos bancos traseiros e o frio na barriga me veio por saber do que o gigante falaria ou faria.

- O que vocês querem dizer com ele ser " um problema " ? - Me estiquei até o banco do motorista.

- Antes de você chegar... Toby ganhou uma fama... Hmm... Como posso fal...

- De galinha, ele é o maior pegador de Franhs Halls e também odiado por vários alunas e alunos - Riley deu uma curva agressiva -

- Por que sinto raiva nas suas palavras? - Cocei a cabeça.

- Todas as vezes que eu estava num namoro, ele pegava o melhor amigo ou melhor amiga da minha namorada e criava um campo de batalha entre nós.

- Por isso seu namoro com a Kat durou, eu não estava aqui ainda - Alguma coisa fazia sentido nesse novelo confuso.

- E agora meu amigo, você é a presa número um dele - Ele sorriu pelo retrovisor - Ele vai fazer de tudo para te comer.

Me joguei para trás e bati as costas no estofamento, eu não iria me deixar levar por um fodedor do campus, eu não sobrevivi a olhares assassinos para ir pra cama com um músculoso genérico.

- Você bem que poderia ter usado uma roupa mais broxante - Ela esticou a cabeça e torceu o nariz - Você está muito irresistível - Ela fez aspas com o dedo.

- Sem graça!

- Ela não está mentindo, se eu fosse solteiro te dava uns amassos Benjamin - Ele piscou e a loira deu um tapa no seu ombro fraco sorrindo.

Ele puxou ela prum beijo ao estacionar e sairmos vendo pequeno prédio de dois andares de tijolos vermelhos com escadas antiga branca e portas simples.

Me olhei pro retrovisor do carro e acho que eu estava mesmo arrumado demais para não tentar seduzir alguém que era problema, nunca disse frase mais confusa na vida.

Usava uma calça jeans azul escura justa nas coxas e uma camisa azul e um anel dourado simples na mão direita.

Riley abriu a porta e subimos uma escada para o segundo andar onde ele me parou ao lado da loira e me alertou.

- Ele tem regras de sedução, então não caia nelas - Apontou para a loira que usava um vestido florido e estava animada demais.

1° Não fique lisonjeado com seus elogios.

2° Não o deixe abraça-lo isso nunca acaba num abraço.

3° Não aceite ele te levar pra jantar você que vai ser o banquete dele.

4° Não dê seu telefone para ele, vai ser uma foda a disque sexo.

5° Não olhe nos seus olhos, o charme dele está nos músculos mas seu olhos vão conquista-lo.

6 ° Nunca o deixe ajudá-lo depois das aulas, isso nunca vai ser um estudo.

Não encara-lo, não toca-lo e não vê-lo, só devo sentir a respiração dele e ser chato para o sacana não ter mais interesse em mim e não me ver como um buraco para sexo.

- Tá tudo bem? Seu rosto tá meio verde - Kat me tirou do transe.

- Só uma tontura, então eu tenho que apenas que ignorar sua existência?

- Sim - Falaram em uníssono.

A porta se abriu e logo vi um garoto moreno abotoando a camisa e o homem tatuado usando apenas uma cueca box apoiado na maçaneta.

Seus olhos se dilatam ao me ver e ele passava a mão pelo cabelo escuro bagunçado e esperava o garoto sair do seu apartamento.

Ele entregou um papel que recusou no mesmo instante fazendo o garoto sair esmurrando as paredes ao seu redor.

- Vamos entrar? - O ruivi supôs e Kat puxou minha mão para o cômodo adentro.

- Senta aonde quiser - o lutador apontou para a sala.

O lugar não era igual a um ringue como eu imaginava com móveis de couro e roupa suja espalhada junto a latas de cervejas e maços de cigarro, tudo bem que tinham pôsteres de filmes como Rambo e a saga de Rocky mas fora isso estava tudo bem tirando a cúpula do abajur quebrada.

Kat e seu namorado sentavam no sofá de frente para a televisão e vi uma poltrona livre mas recuei notando a embalagem de camisinha aberta jogada perto da almofada que deveria conter todo o suor do alto duplo.

- Acho que eu vou ficar em pé - Falei entre os dentes e eles perceberam e a ruivo bateu no braço do sofá.

Me sentei notando o cafajeste pegar um short jogado no chão e vestir com o rosto ruborizado.

- Não sabia que vocês viriam tão cedo - olhou para os pés.

- São seis e meia - Harley sorriu - Você que demorou muito - Apontou para a poltrona.

Ele torceu a cara e logo notou a embalagem pegando rápido com a mão toda e dizendo já no corredor que se trocaria.

- Isso é bem frequente por aqui?

- Eu já vi mais de oito poltronas desde que comecei a namorar com ele.

- Imagine quanto suor tem nela.

- Eu mandei impermeabilizar - Ele se levantou - Querem algo? - Abriu a porta da geladeira.

Logo depois chega o garanhão usando um jeans gasto e uma camisa com estampa de alguma banda.

Sorriu ao me me ver e me lembrei das regras Não olhe nos olhos, olhei para Reynolds que pegava uma garrafa de refrigerante e fazia pipoca de microondas.

- Quer ajuda Rey? - Pulei do sofá para a cozinha que dívida o lugar por um balcão.

Puxei a embalagem de pipoca da sua mão e pus no microondas - Ele está me encarando - Sussurei com a cara no vidro.

- Fique perto da Harley e não o deixe se levar - Carregou os copos para a mesinha de centro e passou o braço por ela.

Joguei a pipoca numa tigela e me sentei no mesmo lugar sentindo ele me perfurar com suas orbes verdes a fim de chamar minha atenção.

Passei tanto tempo ignorando sua presença que nem ao menos notei qual era o filme que já tinha os créditos em tela - Droga - Não queria ter que falar ou discutir sobre um filme que não sabia com alguém quê não poderia me envolver.

- Posso ir no banheiro? - A melhor desculpa que arranjei.

- Por aqui.

Logo Derek estava me esperando no corredor, andei nervoso ignorando o olhares do casal há mim, sentia a respiração dele na minha nuca e seu corpo transmitindo calor a pairar sobre o meu.

Ele abriu uma porta e vi uma pia com um espelho, banheira junto da cortina e a privada ao lado.

- Tem toalhas ali - Apontou pra um armário - Me chame se quiser algo.

Me deixou a sós com essa frase na minha mente, eu estava há essa altura com meu corpo febril e um desejo latente de toca-lo.

Apoei na pia tentado e falhando relembrar as regras para não acabar sendo uma de suas fodas. Mas o desejo era que eu fosse mas o orgulho era maior de acabar todo suado depois de deixar ele... Foco, preciso de foco.

Batidas na porta e uma fresta foi aberta aos poucos com Derek me visualizando e sorrindo.

- Já pensou na minha oferta? O tempo está acabando loirinho - Sua lábia era capaz de roubar um banco.

Ficar recusando seus convites e sr manter distante o faria me seguir por um bom tempo, teria que mostra-lo que não valia todo o esforço.

- Vou sim.












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