Golpe ilegal

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Tentei encontrar Toby no meio daquela confusão colorida mas falhei me sentia exausto como se tivesse dançado o dia inteiro.

- Quem é você?

- A pergunta é o que você vai ser pra mim hoje.

Logo o estranho puxou meu braço e o pós no seu ombro me carregado para fora, tentei pedir socorro pra alguém mas todos estavam muito ocupados com suas vidas.

Pelo pouco das forças que tive mordi o ombro dele com força para que me soltasse, ele me largou no chão onde batia a cabeça na parede de espelho que por sorte na quebrou na minha cara.

Pelos borrões que tomavam conta vi uma luta de várias cores antes de apagar.

Acordei com uma dor de cabeça infernal e a garganta seca, olhei em volta e me vi num ambiente minimalista com tudo branco onde na parede ao lado só havia uma pintura de um barco qualquer.

Me sentei e olhei em volta e no criado mudo havia um copo d'água onde entornei na hora até a última gota.

Me sentei e olhei pela janela atrás da cama afastando as cortinas e a rua estava calma naquela manhã e logo reconheci o lugar como o apartamento do Toby!

Ouvi a porta abrir e me deitei na cama fingindo dormir senti algo na minha testa e abri o olho esquerdo sorrateiramente vendo a visão do antigo bad boy como alguém preocupado comigo medindo minha temperatura.

- Você é meigo.

Ele deu um micro pulo logo sorriu.

- Você já acordou, ainda bem tem que tomar seu café e beber bastante líquido para o quê quer que seja saia do seu corpo.

Olhei para minhas pernas e vi nelas uma bandeja de torradas, panquecas e bacon frito, ele realmente se esforçou para mim eu pensava que ele era do tipo que transava e jogava a camisinha usada pela janela.

- Faz sempre isso?

- Apenas para pessoas especiais.

Senti meu rosto queimar e provei as torradas que me fez meu paladar pulsar de êxtase, era salgado e macio quase perfeito.

- Manteiga e queijo?

- Segredo do chefe - Ele beijou minha testa e pegou uma camisa na comôda - Mas posso te dizer que não é light.

Olhei por baixo do lençol e vi meu corpo magrelo usando apenas uma cueca, ele tirou minha roupa ou nos transamos? Minha primeira vez e não me lembro como foi!

- Calma aí loirinho, não trepei com você noite passada - Jogou a camisa pro meu lado.

- Com esse vocabulário não vamos mesmo.

Ele riu timidamente e saiu do quarto, me levantei ignorando a tontura que me derrubou de volta na cama e vesti sua roupa que tinha o seu típico perfume.

Na sala de estar ele estava esparramado no sofá junto do lençol que tocava o chão. Me sentei do seu lado assistindo um programa de televisão qualquer e fiquei distraído brincando com o ninho que seus cabelos castanhos se encontravam.

- O quê aconteceu ontem?

Me ousei perguntar, tudo que eu tinha eram flashes da outra noite em forma de borrões escuros.

- Um filho da puta te agarrou e te drogou, eu e o Riley quebramos a cara dele e seus amigos.

- O que houve com minhas roupas? Eu vomitei nelas?

- Na verdade... Quando eu bati no desgraçado o sangue dele espirrou nas suas roupas.

Mordi os lábios pensando em tudo, eu quase fui estuprado e graças ao boxeador sujo e pegador eu estava a salvo e seguro sobre sua casa.

- Por que?

- Por que o quê?

Ele se sentou me fitando com o olhar intenso e escuro que arrepiou todos os pelos do meu corpo, era como se ele fosse um domíno que caia as poucos mostrando seu verdadeiro eu.

- Por me ajudar, você não me devia nada.

- Eu te devo muita coisa loirinho, nunca vou deixar outro de ferir.

Toquei sua mão de leve e recuei por reflexo, não queria mais seguir regras, normas ou critérios ele valia a pena e tinhas outros pensamentos além de sexo e casos de uma hora com diferentes estudantes do campus.

Ele era... Preenchido, não só por seus atributos mas por ter critérios mentais e não ser um animal que age por impulso.

Parei de pensar quando avancei um beijo inesperados em seus lábios quentes junto de sua língua áspera que invadia cada ponto novo de prazer.

Sua barba arranhava minha pele sensível aquecendo as bochechas e deixando meu rosto sensível a ele.

Deitei no sofá e ele me cobriu com seu corpo viril atacando meu pescoço enquanto acariciava minhas coxas, sentia um calor por dentro que soltava leves gemidos entre meus dentes, meu corpo estava mole e frágil aos seus toques gentis que eram novidades para mim.

Passei pela sua nuca meus dedos e seu bafo quente estava no meu pescoço beijando eufóricamente cada detalhe e cada célula.

- Espera... Temos... que ir pra... faculdade! - Lembrei o nome.

- Já são quatro da tarde.

- São?

- Hm rm...

Segurei seu queixo e dei um beijo tentando me liberar do seus braços mas ele me alcançou e me jogou na parede tirando meu fôlego com sua energia eletrizante.

- Vamos almoçar? - Perguntei tentando disfarçar a tensão sexual, que tanto me apavorava.

- Tô faminto.

Nos arrumamos e subi na sua moto indo em direção há lanchonete da faculdade que estava cheia de jogadores da faculdade com os uniformes de basquete, pelo reflexo porta de vidro vi uma marca arroxeada perto da clavícula.

- Vão precisar de cuidados - Passei a mão na sua gola.

- Isso não foi nada, devia ver cara dele... Na verdade ele está bem ali.

Ele apontou para uma mesa mais afastada no canto, se ele não tivesse me falado que era o Riley eu nem teria acreditado, ele tomava uma vitamina pelo canudo e pelo formato inchado do seu rosto deformado. Toby quebrou seu maxilar.

Nos sentamos e ele passou o braço por mim cadeira, Kat sorriu já Riley nem tanto. Seu olhar me provocou um sentimento amargo no estômago a pondo de eu sair correndo para o banheiro.

Me tranquei no boxe e logo meu café da manhã foi descarga abaixo, limpei minha boca na pia e me olhei no espelho por alguns segundos.

A imagem de anos atrás, seus dedos no meu corpo, sua boca machucando meu pescoço. Tudo isso foi o suficiente para me desmanchar em lágrimas na pia como um idiota.

Logo senti os braços da loira me abraçarem e me consolar por poucos segundos. Um cara saia do boxe e a olhava estranhando uma garota no banheiro feminino.

- Iai? Vai encarar?

Ele saiu assustado e ouvi a porta fechar.

- Se lembrou dele não foi?

- Infelizmente.

- Você tem que falar com alguém sobre isso.

- Já falei, pra você, sabe disso melhor que ninguém.

- Ajuda médica, já tentou um psicólogo? Tem um lugar aqui que meu avô foi internado antes de falecer.

- Não, não preciso ser taxado como louco agora - Tirei a cabeça do seu ombro - Só não entendo porquê tudo isso voltou agora.

- Só indo no psicólogo para saber Ben.

       - Prefiro ficar sem resposta.









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