Capítulo 20

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Quem é vivo sempre aparece, eu juro!

Gente, nem sei por onde começar, de verdade. 2017 foi um ano muito lotado de coisa para mim em trabalho, faculdade, tudo. Pra cês terem uma noção, 2017.2 ainda não saiu do meu pé e tenho artigo pra entregar. Os poucos momentos de ócio total que eu tive não foram nada criativos e sim uma hora que eu tirava só para olhar pro teto e escutar música. Não fiz nada. Não li meus livros, não cumpri com metade dos meus compromissos fora da vida acadêmica e essa fic é uma dessas coisas.

Eu peço imensas desculpas e procurarei melhorar. Essa fic terá um final com toda certeza. Posso demorar, mas eu apareço!

Um abraços a todos que ficaram por aqui!

Pra situar vocês: o Frank foi pego pelo pai com o Gerard e isso ocasionou uma briga familiar na qual o Iero perdeu a guarda da filha sob falsas acusações como forma de penitencia.

-x-

Os dias passavam lentamente e de forma cortante. Gerard não havia deixado o apartamento de Iero por nada nessa vida, enquanto o outro entrava e saia com um semblante cada vez pior. Parecia uma aposta de mal gosto onde todos os dias se apostava com o destino se as coisas não poderiam ficar pior: infelizmente, elas ficavam. O somatório de saudades da filha, a falta de humor para momentos felizes ou excitantes no relacionamento, ter que encarar todos os funcionários daquela empresa, ter que escutar o nome de seu pai por todo dia e ainda lembrar que ele estava morrendo. A pose dura, porém quase quebrada em pedaços. Sem cabelos, quase sem voz, sem forças. O medo da morte, o medo de terminar um ciclo de ódio com... ainda mais ódio. Querer ser órfão não é a grande sensação dos seres humanos. E Frank até se culpava, mas queria.

Por mais que Gerard quisesse se esparramar no sofá e tentar pensar em coisas para animar o espirito do namorado, ele em nada avançava. Sabia e queria se deitar no fato do quão fazia o mais novo feliz, mas ele sabia que se ele não tivesse se intrometido, se não fosse tão abusado ou até mesmo descuidado, isso não estaria acontecendo. Se ele não permitisse a paixão adolescente não chamar seu nome tão forte, ele jamais ousaria a bagunçar aquele escritório, beijar Frank no trabalho. Quem sabe, não teria sido melhor ele manter o sonho de trabalhar com o fotografo no imaginário.

Ele não sabia mais qual era seu lugar ali.

Suas páginas abertas no iPad denunciavam bem: oportunidades no estrangeiro, preços de passagem, páginas de seus bancos abertos junto com calculadoras eletrônicas.

Frank jamais concordaria com isso, é verdade, mas Way sentia que não podia continuar agindo como a pedra, como a recordação diária para o pequeno que ele tinha desalinhado sua orbita – mais para seu mal do que seu bem.

Gerard também não sabia como contaria a Iero. Seu coração parecia apertar todas as vezes que ele pensava em ir, mas não ir parecia o maior erro. Frank iria sofrer, iria sofrer muito, mas isso criaria um sorriso falho no rosto fúnebre do seu pai, que lhe devolveria a filha, seu bem mais precioso e memoria de alguém que certamente podia ter o feito feliz de uma forma satisfatória para o mundo lá fora.

As abas abertas foram fechadas com rapidez assim que escutou o destrancar da porta. Gerard então fingiu estar lendo alguma coisa para logo bloquear a tela quando o menor se aproximou sentando em seu colo, com a cabeça logo se aconchegando no peito do moreno.

-Fechamos essa edição – Iero comentou baixinho

-Parabéns, meu amor – Way comentou ao acariciar levemente os cabelos castanhos do outro, estes que já quase alcançavam os ombros, formando cachos largos e rebeldes nas pontas. Talvez o visual até lhe servisse em outro momento, agora parecia descuidado – mais uma pequena vitória.

[Frerard] Picture Me Onde histórias criam vida. Descubra agora