A ponto de saber tudo

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Clara demorou alguns segundos para finalmente entender tudo. Não era uma surpresa sexual, não era apenas uma declaração de amor, era um pedido de casamento. Marina estava linda e apreensiva ali na sua frente, segurando aquela pequena caixa, fazendo o possível para sua mão não tremer, estava ali, pedindo para Clara ser a única mulher da sua vida.

Medo, ansiedade, Marina podia sentir seu coração pulando de sua boca, enquanto aqueles segundos que antecediam a resposta da morena passavam. Tudo bem que uma grande parte da fotógrafa esperava um sim imediatamente, mas aquela parte racional dizia que a morena pensaria antes de responder, e era exatamente por isso seu temor. Clara podia dizer não. Afinal a morena ainda não tinha baixado a guarda para as duas dividirem o mesmo teto, ela bem que poderia dizer não agora. Marina mordeu seu lábio inferior enquanto encarava Clara, que olhava para a sua mão.

–Você pode dizer alguma coisa? – Marina não resistiu e falou. – Ou fazer algum barulho, qualquer coisa.

Clara levantou seu olhar para o da fotógrafa. Seus olhos ainda estavam marejados por tudo o que havia ouvido antes, por tudo que Marina tinha feito. A morena levou a mão no rosto da branca e sorriu.

–Sim. – Clara falou. – Sim Marina, eu quero me casar com você, eu quero ser a sua esposa, quero acordar e dormir todos os dias ao seu lado, quero te amar loucamente, quero você toda cheia de defeitos, só pra mim.

Marina abriu aquele sorriso que ela só dava quando Clara estava perto, e abraçou a morena com toda a sua força. Elas riam e choravam ao mesmo tempo.

–Te amo muito. – Clara disse com Marina em seus braços. Afastou seu rosto e beijou a fotógrafa. Suas bocas se encontraram perfeitamente, suas línguas se provocavam em perfeita sincronia. Seus corpos estavam tão unidos que elas eram uma só.

–Te amo docinho. – Marina sorriu junto aos lábios da morena. Colocou a mão com a caixa da aliança entre as duas. – Sua mão direita por favor.

A fotógrafa pediu sorrindo, Clara abriu um espaço maior entre elas e estendeu a mão para Marina.

–Eu poderia me casar com você hoje, mas achei que você ia sair correndo. – Marina riu e Clara fez que não com a cabeça, sorrindo para a fotógrafa. Não duvidava que a noiva faria uma coisa dessas. – Eu te amo e eu vou provar todos os dias que você é a única mulher que existe no mundo pra mim, eu nunca vou te deixar.

Clara ficou em silêncio e sentiu seu coração apertar. Nunca tinha dito isso para Marina, nunca tinha colocado toda a sua insegurança para fora e ainda assim a fotógrafa sabia. Não tinha mais dúvidas, Marina lia a sua alma, ela jamais seria capaz de esconder alguma coisa da fotógrafa.

Marina sorriu para a morena e colocou a aliança em seu dedo. Levou seus lábios até a mão de Clara, dando um beijo longo em cima da aliança. Seus olhares voltaram a se encontrar e sem dizer mais nada, Clara segurou a nuca da fotógrafa e beijou sua boca com toda a paixão que sentia.

A morena virou o corpo de Marina e derrubou a branca na cama, deitou seu corpo sobre a fotógrafa, e voltou a beijá-la.

–Clara...eu...não terminei. – Marina falou entre o beijo. Clara afastou o rosto e olhou para a fotógrafa.

–Eu não vou fugir, termina depois. – A morena sorriu e voltou ao beijo.

Marina ainda tentou tirar Clara de cima de si, mas a morena segurou seus braços acima da sua cabeça e deslizou sua boca por todo o seu pescoço, deixando Marina atordoada demais para negar qualquer coisa.

Quando a fotógrafa não resistiu mais, Clara soltou os braços da noiva, e lentamente foi baixando o vestido branco pelas alças. Se a morena tinha se dado ao trabalho de colocar calcinha, Marina não havia feito o mesmo, portanto quando o vestido saiu de seu corpo, ela ficou nua na cama, em cima das pétalas de rosas e olhando apaixonadamente para a morena.

Quase Sem QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora