TRÊS ANOS DEPOIS...
–Gi nós temos que terminar isso até amanhã. – Marina falou séria. – Não posso deixar nada pendente e nem pensar em adiar essa viagem de novo...
–Tá, tá. Eu sei. – Gisele falou. – Acabei de confirmar com a Vitória e ela vai trazer as modelos no início da tarde.
–Excelente. Eu fecho esse ensaio, assino aquele que a Flavinha está terminando de editar e encerro. – A fotógrafa falou. – Férias finalmente.
–Vai lá aproveitar a sua semana abençoada vai. – Gi sorriu para a prima. – Não sei quem tá mais ansioso, você ou os pequenos.
–Também, tadinhos esperavam tanto essa viagem no aniversário e não deu. – Marina falou. – Dói até de lembrar, chorava eles e chorava a Clara, mas agora finalmente ela encerrou aquele maldito caso e temos as nossas férias.
–Seria mais fácil se não tivesse mulher delegata, mas você insistiu. – Gisele disse e encarou a prima.
–Delegata...perdeu a noção do perigo é? – Marina brincou dando um tapa leve na prima. – Ela é mais feliz carregando uma arma, o que eu posso fazer além de apoiar e virar devota de todos os deuses?
–Mamãe – Gio chamou e só depois os cabelos negros apareceram contra o vento. Com a pele branquinha e os olhos amendoados, a menina lembrava a fotógrafa até com as pintinhas que tinha espalhadas pela pele.
–Oi. – A fotógrafa ficou de joelhos e abraçou a menina. – Cadê o mano?
–Caiu jogando futebol e machucou o joelho, a mamãe tá trazendo ele no colo, tive até que ir na enfermaria leva ele. – Gio falou.
–Ai senhor. – A fotógrafa falou e já viu o filho chegar com Clara. Muito parecido com a irmã, Enzo só diferenciava na cor dos olhos: Azuis acinzentados. – Meu príncipe.
–Mamãe. – Enzo chamou cheio de dengo e foi para o colo da outra mãe.
–Oi Boneca. – Clara sorriu e deu um beijo na branca. – Falei com a professora foi só um machucado, nada mais sério.
–Deixa eu ver. – Marina sentou o filho na mesa onde antes ela trabalhava. – Colocaram remédio já?
–Sim, e nós temos em casa também né? – A morena respondeu. – Esqueci de ligar e te perguntar.
–Tem sim. – Marina sorriu, deu um beijo em Enzo. – Vai sarar logo. Tá com fome?
–Sim. – O menino respondeu e abraçou a branca. Clara estranhou o silêncio e virou-se para ver a filha subindo no sofá e pegando a sua bolsa.
–Giovanna o que eu já disse sobre mexer na minha bolsa? – Clara falou firme.
–Você disse que eu podia brinca com o distitivo em casa. – A menina respondeu.
–Eu disse que podia brincar e não mexer na minha bolsa. – A morena pegou sua bolsa e olhou séria para a filha. – Você sabe muito bem que não pode mexer aqui, que a mamãe guarda a arma do trabalho e isso não é pra ninguém mexer. Anda, vai com seu irmão lavar as mãos pro almoço.
–Não vou brincar? – Gio insistiu.
–Não, você mexeu na minha bolsa quando sabia que não podia. Anda. – Clara mandou.
Gio olhou para a fotógrafa e a branca apontou para o caminho do banheiro. Com a carinha de revoltada que sempre fazia quando era repreendida, a menina segurou na mão do irmão e obedeceu a ordem.
–Pronta pras nossas férias? – Clara abraçou a cintura da branca e sorriu.
–Só tenho mais umas fotos essa tarde, e amanhã tá tudo fechado. – Marina passou os braços pelo pescoço da morena. – E hoje à noite tá de pé né?
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Quase Sem Querer
FanfictionMarina é a herdeira rebelde de um império financeiro que saiu de casa e não voltou mais. Clara é a caçadora de recompensas que tem a missão de trazê-la de volta. Acabam tendo que enfrentar juntas as surpresas que a vida reservou para elas, inclusive...