— Justin você roubou esse violão ? ~me levanto e paro em sua frente encarando seus olhos cor de mel.
— Não! Claro que não! ~ele coloca o instrumento em minha cama e vem até mim. — Tá bom, eu não achei, eu peguei emprestado com o seu Jaime. ~ele suspira.
— Ainda bem! Que susto! ~sorrio.
— Mas eu não pedi... ~ele coça a cabeça e me olha.
— Justin! Isso é roubar! ~falo séria o encarando.
— Brincadeira, eu pedi sim, ele me emprestou por que provei que sabia tocar... ~ele sorri. — Ele achou que era brincadeira minha.
— Eu também quero que me prove que sabe! ~me sento e pisco pra ele.
— Claro! ~ele sorri de orelha a orelha e pega seu violão.Ele começa a dedilhar em "seu" violão uma melodia leve e doce, logo introduz sua voz, o que me deixou boquiaberta! Essa é a voz mais maravilhosa que já ouvi em toda a minha vida e eu não estou exagerando, ela é fina e rouca ao mesmo tempo, grave as vezes e com um ótimo timbre. Traz paz para qualquer um.
— O que achou? ~ele sorri ao terminar e coloca o violão ao seu lado, vem até mim e senta ao meu lado na cama.
— Estou impressionada! Justin do céu, quanto talento! ~bato inúmeras palmas.
— Obrigado, cantar é a minha maior paixão... ~ele me olha e sorri timidamente.
— Olha, não guarde esse talento pra si, cante em pizzarias, bares etc! Precisa mostrar para todo o mundo seu lindo talento, tanto tocando como cantando! ~sorrio.
— Acho melhor não, eu sou muito tímido, foi muito difícil decidir tocar pra você, imagina para várias pessoas que não conheço num estabelecimentos onde a atenção será toda para mim, não imagina! ~ele se levanta. A porta do meu quarto abre, putz... Esqueci de trancar.— Filha eu preciso que... ~minha mãe para ao ver Justin ali, tadinho o coitado fica pálido e parado feito uma estátua. — Nossa, não sabia que estava com visitas filha... Volto depois. ~ela sorri.
— Calma mãe! ~me levanto sorrindo. — Mãe esse é meu amigo Justin e Justin essa é minha mãe, a dona Estela. ~sorrio.
— Prazer Justin! ~minha mãe sorri e lhe estende a mão, Justin como um ótimo cavalheiro me surpreende depositando um beijo na mão de minha mãe.
— O prazer é meu dona Estela. ~ele sorri meio sem jeito.
— Vocês são só amigos mesmo ?... Você é muito lindo Justin, já pensou em ser modelo? ~na primeira pergunta ela me olha com deboche duvidando do só amigos, mas logo volta a atenção para Justin.
— Obrigado dona Estela, eu não, nunca pensei em ser modelo, não está em meu mundo essas coisas. ~ele sorri.
— Como não? Um rapaz bonito, bem vestido, provavelmente de uma boa classe! ~a interrompo.
— Ele prefere música mãe, agora da licença que precisamos terminar nosso papo entre amigos! ~vou empurrando ela de leve até a porta.
— Amigos, sei! Eu já tive a sua idade! ~ela ri.
— A muito tempo! ~sorrio e fecho a porta. Ouço ela falar lá de fora " Eu não estou velha " sorrio por isso e volto a me sentar.
— Meu Deus, sente meu coração! ~ele puxa minha mão e a coloca em seu peito, isso me deixou sem jeito, senti um arrepiozinho quando ele tocou minha mão sobre seu peitoral quente, acho que ele percebeu, pois sorriu meio sem jeito, puxo minha mão de volta morta de vergonha.
— Nossa! Calma ou vai ter um enfarto aqui! ~sorrio.
— Eu achei que ela ia me expulsar, imagina um cara que mora na rua no quarto da filha. ~ele ri.
— Mas você não está parecendo isso, está lindo! ~puxo ele até o espelho.
— Graças a você! ~ele sorri e beija meu rosto.
— Deve está arrasando os cotações das gatinhas por aí! ~sorrio.
— Talvez, mas não me importo, já tenho uma menina em especial! ~ele sorri se olhando no espelho.
— Tem é?... ~sorrio fraco.
— Tenho! ~ele sorri.
— Boa sorte! ~fecho o punho simulando um soco para que ele faça também para batermo nossas mãos, ele faz.
— Obrigado! Acho que vou precisar mesmo! ~ele pega o violão.
— Já vai? ~falo meio triste.
— Não está tarde? ~ele se apoia no instrumento.
— Não muito, fica mais um pouco... ~sorrio o puxando pra sentar na cama. — Eu quase nunca recebo visitas, e quando recebo já sai assim correndo? Não mesmo! ~cruzo os braços.
— Tudo bem, eu fico! ~ele senta.
— EBA! ~faço uma dancinha ridícula e Justin ri.
— Você é doida! ~ele fala ainda rindo. Que sorriso. Não! Pare Hannah, ele já tem uma garota.
— Sou mesmo! ~dou língua.
— Mas então, me conta sobre você... ~ele fala meio timido.
— Bom, me chamo Hannah Collins, tenho 18 anos, curso o terceiro ano do médio, não trabalho, tenho um irmão que é modelo, John Collins... ~Justin me interrompe.
— John Collins é seu irmão? ~ele arregala os olhos.
— Sim... ~sorrio.
— Ele é demais, super talentoso, aposto que sua mãe que falou pra ele ser modelo, né? ~ele sorri.
— Bingo! Exatamente! ~gargalho.
— Touche! ~ele ri.
— Você fala francês? ~arregalo os olhos.
— Um pouco... Aprendi com minha mãe, antes dela me deixar no orfanato. ~ela olha para o chão.
— Mas quanta novidade descobri sobre você hoje! ~sorrio.
— É verdade! ~ele ri. — Mas não me disse quase nada de você, conte tudo, o que gosta, não gosta, tem namorado? ~ele ri.
— Gosto de comer, dormir, ouvir música, dançar! Não gosto de acordar cedo, mentira, gente falsa, correr e muitas outras coisas... E não, não tenho namorado, tinha até hoje cedo, mas terminei com ele sabe, não estava dando mais... ~olho pro chão.
— O que ele fez? ~ele pergunta fixando seu olhar em mim.
— Nada, ele até era bom, por ser o mais lindo e desejado jogador de futebol da escola ele se comportou bem, mas eu quem não estava mais gostando dele, daí pra não gerar dor em ambos resolvi terminar... ~suspiro.
— Nossa, que triste. ~Justin faz um biquinho triste bem fofo por sinal.
— Triste nada, estou ótima olha! ~levanto, ligo o rádio e danço o rap que estava tocando.
— Você é bem doidinha! ~ele gargalha.
— Vem, coloca esse óculos! ~coloco um par de óculos escuros bem grandes nele, junto com uns colares que tinha.
— Estou parecendo... ~interrompo ele.
— Um Mc! ~gargalho.
— Isso! Isso mesmo! ~ele faz um dois com a mão e para com a mão no bolso. Gente que garoto lindo.
— Mc... Hum... Mc Papelão! ~rio alto.
— Mc Papelão? ~ele ri fazendo uma cara engraçada.
— Sim! A primeira referencia que tive de você quando falei com você pela primeira vez! ~sorrio, ele fica me olhando sério. — Não gostou? Desculpa Justin... Eu não falei por mal... ~desligo o rádio.
— Desculpa pelo que? Eu achei hilário! ~ele ri. — Só queria ver sua reação.
— Besta!.. ~Empurro ele de leve. Tiro os colares de Justin que por sinal foram muitos, demorou um pouco pois uns se enrolaram nos outros. Eu estava tão próxima a ele e sem graça que evitava olhar para seu rosto, ainda mais com essa mania que ele tem de umidecer os lábios, lábios divinos, perfeito, PARA PARA PARA! Concentração nos colares Hannah. Tiro todos e os coloco em um dos meus braços, Justin continua parado, solto um leve risinho por isso, e tiro os óculos escuro levemente de seu rosto me deparando com seus magnéticos olhos, são como imãs, impossíveis de não se olhar, percebo que estou igual a uma idiota olhando seus olhos por uns 5 segundos e pisco três vezes balançando a cabeça sorrindo, Justin ri também.
— Que foi? ~ele pergunta.
— Nada, você tem belos olhos! ~falo indo até o closet guardar os acessórios e logo retorno.
— Obrigado... Não ligo que os olhe! ~ele sorri vindo até mim e arregala os mesmos me fazendo rir. Logo o assunto acaba, eu ainda tinha um sorriso sem amostra de dentes no rosto, ele também, mas me pego olhando seus olhos novamente, não é exagero, são um pecado de tão lindos, Justin sorri me fazendo rir também.
— Acho que perdi meus assuntos... ~falo um pouco mais baixo, já que ele está próximo a mim.
— Eu também... ~ele fala.
— Obrigado por ter vindo... ~minhas falas pareciam sair de modo automático, eu estava vidrada em seus olhos, acho que ele estava fazendo de propósito, pois os aproximavam cada vez mais. Sinto um arrepio na nuca quando sinto a mão de Justin passar por baixo de meu cabelo e se encaixair atrás de minha orelha até o meio da bochecha puxando lentíssimamente meu rosto para mais próximo do seu, fecho os olhos para sentir melhor a adrenalina que subiu pela minha espinha, sinto a respiração dele bater em meus lábios e sua testa colar na minha, abro os olhos e vejo que ele estava com seus olhos fechados, mas senti os meus abertos e abre os seus também logo deixando um sorriso escapar... Apenas sorrio e fecho meus olhos.
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Homeless | JB
FanfictionEle fez de mim a sua casa, seu refúgio e eu fiz dele a minha perdição... Me comprometi a esperar mais dele do que ele mesmo esperava de si! - Justin tem certeza disso ? - Contanto que você me ame poderemos estar passando fome, estar sem casa, sem di...