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     Enquanto partiam, na cabeça de Vitor passava um filme sobre todos os amigos que tinha feito na escola, ele pensava em Allana, Maria, Daiane... Todas mortas um pequeno erro nos planos. Vitor se culpava, culpava Mateus e culpava Vinicius. Não era para nada dar errado.

    - Ei, não fique assim, Vitor, fique calmo. Mateus dizia entre as lágrimas tentando acalmar Vitor.

    - Cale a boca, só cale a boca.

    No caminho para o shopping, eles viam pela janela, a destruição e o caos tinham tomado conta de toda a cidade, isso só fazia com que todos só sentissem mais dor.

    - Gente, vamos nos recompor, a gente tem que continuar, não terminamos ainda. Vitor se recompôs, todos viram que isso era necessário, pois eles ainda não estavam salvos.
    Quando chegaram ao shopping, Mateus estacionou na porta dos fundos do shopping, onde o acesso era mais fácil. Ele desceu sem falar com ninguém. Sozinho tirou a bicicleta da carroceria, estava levando para a porta da frente do shopping quando olhou para trás, deu um sorriso e disse:

    - Desculpa.

    Seus olhos encheram-se de lágrimas e ele voltou ao que estava fazendo.
    O que chamaria a atenção das coisas era uma música que Mateus tinha no celular, ela era extremamente alta e daria para ouvir com o eco do shopping.
    Ao chegar perto da porta, Mateus posicionou a bicicleta e respirou fundo, se preparou, o sensor abriu a porta para ele e então ele deu play.
    Corpos sem vida corriam na direção dele e ele esperava o momento certo para poder subir na bicicleta. Quando chegaram próximo o suficiente, ele correu e montou a bicicleta, a ligou e tentou acelerar, mas para o seu azar, ela estava sem bateria. Enquanto isso, na porta dos fundos, todos esperavam por Mateus, com receio, ele estava demorando mais que o previsto.

    - Vitor, a gente precisa quebrar o sensor. Vitória disse colocando sua mão sobre o ombro de Vitor.

    - Ainda não, ele já deve estar chegando.

    - Vitor, você mesmo disse que se ele demorasse muito a gente tinha que quebrar. Diogo disse chegando ao lado dele.

    - Vitor, tá na hora. Guilherme pedindo ajuda para Vitória para alcançar o sensor.

    - Parem, por favor. Vitor disse caindo de joelhos. - A gente tem que esperá-lo, ele esperaria qualquer um de vocês, nós todos somos amigos.

    Mesmo que o motor da bicicleta não funcionasse, Mateus ainda sabia pedalar. Ele pedalava o mais rápido que conseguia para chegar a porta dos fundos, enquanto uma horda de coisas se jogavam em cima dele para tentar derrubá-lo. Mas ele foi mais rápido que elas, quando Guilherme quebrou o sensor, a porta começou a se fechar, mas antes de estar completamente fechada, Mateus se jogou por ela, isso trouxe vida ao rosto de todos que estavam ali, mas ainda não havia acabado, eles precisavam achar a loja de esportes, pegar a arma e quebrar os sensores das portas da frente. Sem tempo para abraços, todos se levantaram e cautelosamente começaram a observar o perímetro, a loja de esportes ficava ao lado das Lojas Americanas, porém, haviam duas coisas ali, o caminho mais longo era desconhecido, mas eles resolveram arriscar, pois o desconhecido precisa ser explorado. Passando por lojas e boutiques chegaram perto do objetivo, mas eles teriam que se esconder ao máximo para entrar, pois as coisas não estavam longe. Vitória cautelosamente correu até a loja sem ninguém a ver, ao perceber, Diogo se juntou a ela e pediu para que continuássem ali. Eles apenas obedeceram e permaneceram sentados no chão. Dentro da loja, Vitória tirou uma sniper da vitrine enquanto Diogo procurava as balas, só havia uma opção de arma, então provavelmente só havia um tipo de munição. Quando Diogo as encontrou ele as entregou a Vitória, que tentava carregar a sniper. Quando obteve sucesso, ela correu da loja e foi para a frente da porta principal, atirou nos sensores, virou-se para as coisas que estavam perto da loja de esportes, e como nos filmes, ela mirou direto na cabeça, mas não acertou, eles se viraram para ela e começaram a correr em sua direção. Diogo, que ainda estava na loja de esportes, pegou um taco de baseball e acertou uma das coisas na cabeça, isso a derrubou, mas não matou, Vitória atirou na coisa que corria para cima de Diogo, nessa ela acertou. A coisa que estava no chão voltou a se mexer e Diogo continuou batendo em sua cabeça até que ela fosse destruída. A raiva em seus olhos espantou a todos, isso era novo até para Diogo.

    - Vamos terminar o serviço. Disse Vitor se levantando e indo até a loja de esportes pegar um taco de baseball. - Vocês vem?

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⏰ Última atualização: Jan 01, 2018 ⏰

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A Revolta Das OvelhasOnde histórias criam vida. Descubra agora