12: Dylan.

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Hey garota bonita
Qual seu nome?
Qual seu número?
Eu tenho as chaves da Hammer amarela do meu pai
Tem uma festa
Você pode ir se você quiser
Ir essa noite
Okay
Te vejo lá
Envolvido até tarde
Levou um minuto
Mas eu achei meus companheiros
Ela estava lá
Agindo legal
Então eu fiz ela esperar
Não demorou muito para
Músicas de casais
Até que eu siga o seu caminho
Para dizer
Droga
Você está incrível

(I can't remember - 5 Seconds of Summer)

Talvez tenha sido uma péssima ideia ter dito para Clara que ela iria para a festa comigo. Ela com toda certeza não faz o estilo de garota que adora ir em festas. Ao contrário da Amália, claro. Mas eu realmente senti uma vontade muito grande de convidá-la. Como se ela pudesse ir... Mas eu vou tentar ao máximo fazer com que ela possa ir. Não são as regras do meu pai que vão fazê-la deixar de se divertir. Mas agora, enquanto espero Clara sair do seu mais novo quarto (o que fica ao lado do quarto do Cash), tenho a impressão de que essa noite será incrível. Hoje mais cedo eu mandei uma mensagem para o meu amigo Julian dizendo que aceitava o convite dele para ir a festa. É claro que ele vibrou, afinal é difícil me ver aceitando um convite para uma festa, principalmente o tipo de festa que ele gosta. Julian é um amigo muito legal; posso dizer que o melhor que tenho. Mas ele é um pouco viciado demais em sair fazer farra.

Escuto a porta do quarto da Clara ser aberta e me viro para olhar em sua direção. O que eu vejo me faz abrir um grande sorriso. Ela está simplesmente maravilhosa em seu vestido. Seus cabelos castanhos estão soltos em suas costas e sua maquiagem é bem clara, o que chama a atenção para seus olhos verdes.

— Você está linda — digo depois de analisá-la de cima a baixo.

— Obrigada — ela diz com timidez, desviando seus olhos dos meus para encarar seus próprios pés — Tem certeza que isso é certo e segu... — silêncio ela com meu dedo indicador em cima dos seus lábios avermelhados e faço um sinal com a cabeça para que me siga.

Descemos as escadas tentando fazer barulho nenhum e saímos pela porta dos fundos sem chamar a atenção de ninguém, graças a Deus. Estamos quase chegando na garagem para pegarmos meu carro quanto escutamos alguém nos chamar. Estacionamos no lugar e viramos bem lentamente em direção a voz que nos chamou. Aperto a não de Clara para demonstrar que está tudo bem, mas eu mesmo estou tremendo na base, pensando o que devo fazer se for meus pais. É claro que, mesmo que eu consiga arranjar uma desculpa de última hora, nossas roupas nós denunciaram.

Parada com as mãos nas cinturas e nos encarando com uma cara de ponto de interrogação está dona Mariah.

— Onde pensam que estão indo? — ela estreita os olhos em nossa direção. Eu e Clara trocamos um olhar como se estivéssemos procurando um com o outro uma resposta para a pergunta dela, mas não encontramos nada.

— Olha dona Mariah, eu... — Clara começa a responder, mas acho justo que eu explique para a dona Mariah, afinal, eu praticamente a obriguei a ir a essa festa.

— Eu que a convidei para ir a festa dona Mariah, a culpa é toda minha, não dela — digo, mas dona Mariah continua nos olhando com olhar desconfiado, como se minha desculpa não rolasse. Estamos quase ao ponto de cancelar nossa ida, mas dona Mariah dá um sorriso.

— Se divertem — ela diz nos deixando de queixo caído — Mas tomem cuidado para o patrão não descobrir dessa saída de vocês. E não demorem para voltar — ela diz e pisca para mim, o que eu faço questão de ignorar.

Eu e Clara nos entre olhamos mais uma vez, como se se não tivéssemos certeza se ela estava falando a verdade ou se a qualquer momento alguém saísse de um lugar escondido dizendo que eu ficaria de castigo por não sei quanto tempo e despedindo a Clara. Mas, ao envés disso, dona Mariah fez um sinal para nos apressar. Entramos no carro correndo e colocamos o cinto, dando um aceno para dona Mariah.

O silêncio cai sobre nós assim que saímos de casa. Eu presto atenção somente em dirigir enquanto Clara olha pela janela.

— Acho incrível os prédios daqui — ela diz com um sorriso tímido ao se virar para mim.

— Bem diferente dos da sua cidade? — pergunto mais para arrumar assunto.

— Mais ou menos — ela responde voltando sua atenção para a janela. Passamos por mais um tempo de silêncio até ela me perguntar: — Tem certeza que isso é uma boa ideia?

— Não ouviu o que dona Mariah disse? — olho para ela por um instante e depois desvio minha atenção para a direção novamente — Vamos nos divertir.

Chegamos onde será a festa e descemos do carro. Julian está me esperando parado na calçada.

— E aí cara! — ele diz — Resolveu finalmente sair de casa para se divertir um pouco?

— Talvez — devolvo seu cumprimento e me viro para Clara — Essa é minha amiga Clara.

Eles trocam um leve aceno de cabeça e Julian dá uma piscadinha para mim. Ótimo, agora Julian acha que eu e ela somos mais que amigos. Eu devo mereço né.

Entramos no local (que estava super lotado) e vamos em busca de alguma mesa. No caminho algumas garotas ficavam acenando para mim e tentando chamar a minha atenção, mas eu ignorei. Chegamos em uma mesa vazia e nos sentamos. Clara não parecia estar muito contente em estar ali. Percebo que ela não gosta muito do tipo de local ao ver seu olhar para todas as pessoas que passavam, como se as odiasse. Ou odiasse o jeito delas se vestiram (com roupas curtas demais) e o modo que agiam, pois já estavam muito bêbados para tentarem ser um pouco... coerentes. Uma garota de cabelos negros e olhos castanhos profundos para na frente da nossa mesa como se estivesse muito surpresa. Reparei que ela olha fixamente para Clara, como se já a conhecesse. Essa é a amiga dela?

— Pétala! — ela exclama, se jogando em cima dela. Pétala? — Não acredito que você veio! Estava com tantas saudades sua louca! Por que não me ligou?

— Estava ocupada — Clara disse sem graça, me olhando com um olhar tímido — Essa é minha amiga, Nathasha — ela me apresenta a menina que agora se vira para mim.

— Pode me chamar de Tasha! — ela diz toda animada — E você é...?

— Dylan — respondo com um sorriso.

— Espera aí! — ela diz estreitando os olhos para depois arregalá-los — Dylan Clarke?! — depois se vira para Clara com um olhar surpreso — Você veio com o Dylan Clarke?!

Percebo que Clara fica mais sem graça do que estava antes. Odeio quando as pessoas ficam assim ao me reconhecerem. Elas julgam muito mais minha imagem e meu dinheiro do que minha personalidade. E isso me irrita.

— Essa noite vai ser incrível! — Tasha levanta os braços e cai na gargalhada. Não pude deixar de concordar com ela. Principalmente depois de olhar para Clara e vê-la sorrindo.

— Quer dançar comigo? — pergunto para Clara, talvez movido por ver seu sorriso ou pela risada de sua amiga, não sei exatamente. Só sei que é isso.

Breaking The RulesOnde histórias criam vida. Descubra agora