Uma garota sozinha na floresta (2° temporada)

Capítulo 27 - Noite de diversão para os rebeldes.

Edward me levou para fora da mansão e entramos na floresta correndo e totalmente desligados da realidades pois ignoramos a primeira regra da nossa casa, descobri que existia essa regra quando o senhor gritou para nós voltarmos para dentro assim que nos viu.
Eu estava completamente sendo controlada pela Lucy domada pelo efeito daquele bolinho. Tinha alguma coisa nele que mexeu com meu cérebro e me deixou assim. Mas me causava uma sensação tão boa, se tornou mais prazeroso correr pela floresta livre outra vez depois de tanto tempo.
-Chegamos gente!
Edward gritou para um grupo que estava reunido em uma parte da floresta onde não se havia tantas árvores. Deixando a luz da lua iluminar a pequena área aberta. Eu fiquei ao seu lado encarando todos sorrindo ainda sobre efeito daquele bolinho.
-Vamos começar a caçada.
Falou um garoto mais velho olhando para todos, e depois entrou na floresta andando em linha reta para algum lugar.
Edward apertou minha mão e depois soltou me dando um sorriso. Eu entendi que todos ali estavam indo contra as regras que eu suspeitava que existam, mas ia ser tão bom poder matar outra vez. Mesmo que seja só por essa noite.
-Quando acabarmos, você vai para o quintal da mansão, podemos nos limpar lá e você pode...
-Ainda nem começamos, pensamos nisso depois.
Digo passando na frente dele e correndo ao lado do garoto mais velho que logo acelerou também e seguiu na minha frente. Eu acho que ele tinha me desafiado para ver quem corria mais rápido.
Então eu cortei caminho pela trilha e fui para o outro lado ainda seguindo em linha reta, era uma parte da floresta onde o mato era mais denso e alto. Os galhos das árvores baixas não ajudavam também, mas eu já era acostumada com isso e sabia que se eu evitasse somente os galhos afiados, iria vencer a corrida.

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Minha primeira vítima foi um garoto mais novo do que eu que andava na beira da estrada escura e totalmente exposto. Não me divertir tanto com ele pois estava com pressa, aquele garoto que conseguiu me vencer na corrida, estava também me desafiando querendo ver quem fazia mais vítimas.
Só que dessa vez eu ignorei. Chamei Edward para me ajudar a invadir uma casa onde encontramos apenas duas mulheres ainda acordadas a essa hora da noite.
Eu peguei a mais burra, ela havia corrido para um canto sem saída da casa e eu a matei com uma mordida na garganta. Fui ver como estava Edward quando acabei, e ele estava desmembrando a pobre mulher que não teve nenhuma chance.
No final nós nos olhamos sorrindo com nossa diversão mas depois ouvimos alguém nos chamando para ir embora.
Saímos da casa olhando para todos os lados e vimos mais um grupo pequeno com apenas seis pessoas correndo no meio da rua na nossa direção. Nosso grupo teve que recuar rápido antes que eles nos alcançasse, entramos na floresta e eles passaram direto pegando a estrada.
-Temos que avisar sobre eles para os outros, vão invadir nossa cidade e estão à caminho da outra, com certeza.
Disse uma menina ao garoto mais velho que ficou em silêncio pensando.
Notei que todos ali estavam cobertos de sangue e ofegantes. Isso talvez tenha sido uma noite de diversão para os rebeldes.
-Vamos voltar.
Ele disse por fim andando na direção que viemos.

Eu limpava o sangue da minha boca enquanto andava em silêncio ao lado de Edward que parecia alegre. Ele dava risadinhas do nada e me olhava pelos cantos dos olhos.
-O que foi?
Pergunto séria e confusa.
-Os bolinhos são bons, não?
Ele me olha com uma expressão estranha.
-Por que me deu aquilo?
-Acho que você precisava de um pouco de energia.
Olhei pra baixo pensando um pouco. Ele parecia saber demais... Ou talvez só seja inteligente?
-Posso fazer uma pergunta?
-Claro.
-Quantos de nós... Existe? Quero dizer... Eu achei que eu fosse a única, meu pai me dizia que...
-Você tem pai?
Ele me interrompe parecendo surpreso e assustado.
-Tenho... Mas não o vejo a algum tempo. Ele sempre me visita de repente, sem aviso, pode aparecer aqui a qualquer momento se quisesse.
Ficamos em silêncio e ele parecia estar pensando sobre isso. Eu fiquei com um pouco de medo e comecei a olhar em volta me certificando de que não havia nenhuma sombra espreitando atrás de alguma árvore.

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Os outros ficaram na sala de estar conversando com o senhor que nos recebeu aqui hoje cedo, falando com certeza sobre o grupo que vimos na cidade. Edward me acompanhou até meu quarto e no caminho eu tentava adivinhar aonde Jass poderia está agora.
-Bom... Obrigada pelo bolinho.
Digo sorrindo o fazendo rir e passar a mão no cabelo parecendo sem jeito. Fico tímida também e decido não dizer mais nada.
Abro a porta do quarto para entrar, mas ele põem a mão na parede me impedindo de entrar.
-Espera...
Encaro ele mas seus olhos estavam na parede, percebo que ele parecia pensar em algo difícil ou complicado pela sua expressão.
-O que foi?
Pergunto com um pouco de medo agora que ele me encarou. Me afasto dois centímetros do seu corpo assustada com seus olhos. Suas pupilas estavam aumentando devagar de uma forma estranha e hipnotizante.
-Eu acho você...
Ele parou me encarando agora sem expressão nenhuma, eu engoli em seco e meus músculos travaram. Então não pude me afastar quando percebi ele chegando cada vez mais perto. Eu só notei oque ele iria fazer quando ele chegou perto demais e seu nariz encostou ao lado do meu, depois sentir seus lábios nos meus e meu coração acelerou, não pelo seu beijo, mas pelo desespero de pensar no que isso significava.
Também sentir um aperto na minha cintura e depois eu fui pressionada contra parede de uma forma violenta, era uma força que não vinha só do seu corpo.
Meus braços estavam sendo esmagados contra seu peito enquanto ele me forçava a retribuir o beijo mesmo eu estando lutando para ele se afastar.
Mas depois eu sentir ele soltar minha cintura, sinto seu corpo se afastar de mim rápido demais e quando ele para de me beijar, ouço um gemido fraco seu.
-Quem você pensa que é para beijá-la dessa forma?!
Uma voz pergunta vindo do meu lado esquerdo, mas quando vou olhar, Edward é arremessado para o teto e seu corpo quebra uma lâmpada provocando faíscas que caíram em cima de mim.
Ele cai no chão junto com os estilhaços da lâmpada e eu sinto uma pressão envolvendo minha barriga. Parecia uma corrente que me apertou e me fez sentar no chão e me encolher.
Vejo os pés dele andando na direção de Edward passando por mim silenciosamente. Sinto sua energia pesada me atingindo muito forte e aquela pressão na minha barriga piora.