6- House of cards: Revelações

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Não é seguro, é perigoso

Muito ruim (por quê?) nós,

Resistindo, estendendo

É tão difícil (difícil) nós não podemos

Mesmo que você já saiba

Não conseguimos parar

De jeito nenhum

Quanto mais o tempo passa

Nós bagunçamos ainda mais

Estamos dentro de um castelo de cartas

por favor fique um pouco mais

Please baby, slow down



HeuNa estava satisfeita abraçada com o alto rapaz que JungKook conhecia muito bem. Seria ele o Kiji? Por que justo ele? A garota aconchegava-se e amparava-se naquele abraço enquanto o outro rapaz depositava um demorado beijo em sua testa. Ela parecia aflita.

JungKook já não se importava com as lágrimas trilhando caminhos pelo seu rosto.

Como gostaria de ter a HeuNa em seus braços daquela forma. Mas o coração do maknae enchia-se de algo que ele não soube distinguir. Porém, uma coisa era certa: sentia uma raiva tremenda. Seu coração batia forte e acelerado, seu sangue subiu a cabeça e fechou as mãos em punho.

O que faria agora? Teria sido enganado todo este tempo! Uma revoltosa onda tomou o coração do jovem e uma tormenta devastava seus pensamentos e sentimentos.

Estava sufocando...

Afundando...

- HYUNG! – Gritou para os dois ao fundo do escritório.

- JungKook?! – Jin exclamou assustado encarando o maknae que tinha seu corpo trêmulo. Borbulhava em cólera.

HeuNa levara as mãos à boca, incrédula.

- JungKook, - HeuNa aproximou-se separando-se se Jin – você precisa nos escutar! – A garota parecia desesperada e segurou o antebraço do maknae.

JungKook encarou-a com seus olhos escuros, profundos, ainda úmidos. Queria poder falar, esbravejar, mas não conseguia. Apenas a encarava; seu corpo inteiro recebendo todas as reações que não expressava: tremia e seu coração pulsava descompassado, sua respiração era irregular e ofegante.

O maknae, então, desvencilhou-se da garota ainda sustentando seus olhares e pôde ver os olhos da sua amada inundarem-se com lágrimas. Não suportaria ver aquilo. Já estava tudo dolorido demais para ele. Deu as costas e saiu apressado sem olhar para trás.

Os clientes na lanchonete acompanhavam com olhares desconfiados um jovem impaciente passando pelo salão, com o rosto coberto pela sombra do seu capuz que escondia não apenas sua identidade, mas também sua expressão indecifrável.

Suas pernas o guiavam automaticamente fazendo o mesmo caminho de volta. Com o cenho franzido e o cérebro à mil, não conseguia parar de reproduzir aquela cena diante de seus olhos.

[2ª Temporada] - Begin: You Made me AgainOnde histórias criam vida. Descubra agora