Tudo É Questão de Perspectiva

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Era a quinta vez que ele olhava para trás.

Ele tinha plena consciência de que estava entrando em território inimigo, mas valia a pena.

A nevasca finalmente estava diminuindo e o loiro apertou mais forte o o cabo da sua nimbus 2001 enquanto acelerava.

Quanto mais perto do seu destino mais ansioso ficava.

Merda! Ele não estava se reconhecendo.



[...]




Ela havia acabado de se deitar, estava extremamente cansada, ou talvez isso cedesse pela barriga cheia, afinal Molly Weasley não ficava satisfeita se seus filhos não limpassem o prato - especialmente no natal!

Ginny já estava quase se rendendo ao sono quando um barulho em sua janela a despertou completamente.

Assustada a ruiva pegou sua varinha debaixo do travesseiro e seguiu na direção do suspeito barulho.

Com um impulso abriu a janela com uma mão, e foi recebida com uma bola de neve no rosto.

A risada que a ruiva ouviu em seguida foi reconhecida de imediato.

- Draco?! - perguntou incrédula, retirando a neve do rosto.

- Na verdade, hoje você pode me chamar de presente de natal. - respondeu o loiro com um sorrisinho torto.

Ginny não conteve o revirar de olhos, mas ainda sim sorriu.

- Então quer dizer que eu fui uma boa garota esse ano? - a grifinória perguntou se debruçando no parapeito da janela, suas palavras carregadas de malícia.

O sorriso de Malfoy se ampliou. - Não sei se você foi uma boa garota, mas o que me interessa é que você é a minha garota.

A ruiva arqueou uma sobrancelha.

- É você Draco Malfoy? É o meu garoto? - a ruiva arqueou as sobrancelhas em expectativa.

- Você sabe que sim Ginevra. - comentou e riu ao ver a expressão furiosa da ruiva ao ouvir seu nome.

- Você sabe que odeio que me chamem de Ginevra, é Gina. - reclamou a ruiva emburrada.

Draco apenas riu. - Não vai me convidar pra entrar? - comentou em tom casual.

Foi a vez de Gina rir. - Eu adoraria, mas não quero ter um namorado morto, então não. - Gina disse e como se fosse um aviso do destino o casal escutou a voz de Molly Weasley do outro lado da porta.

- Ginny, querida, esta tudo bem?

Por um momento a ruiva e o loiro se entre olharam sem reação.

- Sim mãe, só estou me preparando para dormir. - a Weasley mais nova disse por fim.

- Tudo bem, Hermione vai demorar mais um pouco lá em baixo. - e então seus passos foram se distanciando, mas ainda puderam escutar Molly resmungar algo como "ao invés de beijá-la logo Rony a desafia para um jogo de xadrez, garotos..."

Gina não conteve o riso ao ouvir os resmungos de sua mãe, e Draco teve que se esforçar ao máximo para conter a risada.

- Eu realmente fico feliz com a visita, mas você tem que concordar que isso foi um sinal de Merlin, de que você tem que ir. - Gina voltou o olhar para Draco.

Ele estava tão bonito naqueles trajes pretos de frio, sua pele já branca parecia ainda mais clara, e a ponta de seu nariz estava vermelha lhe dando um ar extremamente adorável, e por fim seus olhos, na opinião de Gina a coisa mais bela na aparência de Draco, seus olhos que alternavam de cor com o seu humor, e que agora a olhavam em um cinza acalmo e brilhante, ela estava quase voltando atras na decisão de manda-lo embora.

- Tudo bem, acho que você tem razão. - parou e fez uma careta ao ver o rosto da ruiva com aquela expressão que queria dizer "eu sempre tenho razão" e contínuo. - Mas eu quero meu beijo de despedida.

Gina nem ao menos se deu ao trabalho de responder e colou seus lábios nos do sonserino.

O beijo foi como todos os outros, completamente único.

Porque era assim que as coisa funcionavam com aqueles dois, tudo era único, mágico, e novo. Aquela relação era tão provavelmente impossível que eles faziam de cada momento único, pois podia ser o último, e isso tornava tudo mais excitante e tentador.

Quando por fim se separaram ainda permaneceram com os rostos próximos.

- Tenho um presente pra você. - comentou a ruiva.

Draco sorriu. - E você não é a única. - e então tirou do bolso uma pequena caixinha verde.

Ao abrir a caixinha Gina não pode deixar de rir.

E vendo a cara confusa de seu namorado, pegou seu presente o entregando ao sonserino.

Draco pegou a caixinha vermelha e ao abri-la riu também.

Dentro da caixinha que ele havia dado a Gina continha uma pulseira com a letra W.

E dentro da caixinha que Gina lhe dera havia um anel com a letra M.

- Tudo é uma questão de perspectiva não é mesmo senhorita Weasley? - disse o loiro virando a letra da pulseira da ruiva, a transformando em um M.

- É mesmo senhor Malfoy. - e foi a vez da ruiva virar o anel de Draco ao contrário, transformado o M em W.

Estavam tão imersos um no outro que não notaram quando Hermione abriu a porta do quarto e flagrou o casal.

Hermione ainda ficou os observando por alguns segundos, tentando reencontrar sua voz.

- Eu tenho certeza que existe uma explicação razoável para Draco Malfoy estar no seu quarto Ginny Weasley, não tem? - disse a morena em um misto de choque, surpresa e espanto.

- Tecnicamente eu não estou no quarto dela Granger. E quanto a sua pergunta, é claro que tem uma explicação, eu sou o namorado dela. - comentou o Malfoy como se não fosse nada de mais.

Se Hermione pudesse ficar mais surpresa ela com certeza estaria, mas sua cota de surpresas já havia sido batida aquela noite.

Gina se virou para Draco pronta para lhe dar um tapa, mas ele foi mais rápido lhe roubando selinho.

- Agora você explica. Feliz natal ruiva! - e então deu um mergulho com a vassoura e acelerou para longe da Toca.

- Feliz Natal, cretino! - então a ruiva se voltou para Mione.

- Eu acho melhor você se sentar....























Bjs da Tia Charlie 🌙

Provavelmente ImpossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora