Eu sempre fui conhecida por ser a mais impulsiva dos Weasley.
Mas não era verdade, o que muitos chamavam de impulsividade eu chamava de senso de justiça.
Eu nunca conseguiria ver uma pessoa sendo prejudicada e ficar parada, na verdade era esse o maior motivo de eu estar na Grifinória, o próprio Chapéu Seletor havia me dito.
Mais até mesmo meu senso de justiça hesitou ao ver a cena a minha frente.
Draco Malfoy estatelado ao chão enquanto estava sendo espancado a modo trouxa por três sonserinos.
Fiquei alguns segundos observando a cena completamente em choque, e pela segunda vez na minha vida, sem saber o que fazer.
Era em momentos como esses que eu imaginava o que meus irmãos fariam se estivessem em meu lugar
E os conhecia bem de mais para saber como cada um deles agiria naquela situação.
E tenho certeza que nenhum deles faria o que fiz, e não poderia culpá-los, afinal, nem eu mesma estava acreditando no que estava prestes a fazer.
Saquei a varinha, apontei para o sonserino que estava aponto de socar a cara da fuinha Malfoy, novamente e gritei. - Estupefaça!
Aproveitando o susto dos outros dois, petrifiqui um e consegui desviar da maldição do outro com facilidade e sem perder a chance petrifiquei o outro também.
Me aproximei a passos rápidos do corpo de Malfoy que continuava inerte do chão.
Me abaixe ao seu lado para analisar o estrago de seus colegas de casa mais de perto.
A situação não parecia nada boa aos meus olhos.
O nariz do loiro estava claramente quebrado e seus lábios cortados, havia um corte em sua sobrancelha esquerda que sangrava mais do que seu nariz, e o olho esquerdo estava completamente inchado e roxo ( não duvidaria nem um pouco se ele não me reconhecesse - e internamente ansiava que não reconhecesse mesmo - ), e esse eram apenas os ferimentos que eu podia ver, não chegaria a ser uma surpresa se estivesse com mais alguma parte do corpo quebrada.
O que era realmente uma surpresa era o motivo por trás daquela agressão, afinal de contas o que Malfoy poderia ter feito de tão ruim para ser espancado por sua própria casa?
Era de conhecimento geral em Hogwarts que os sonserinos tratavam Malfoy como o seu líder, o loiro até mesmo era conhecido como Príncipe da Sonserina.
Mas isso eram questionamentos que poderim ser feitos depois.
No momento eu tinha outros problemas com que lidar, e o primeiro e maior deles era : que fazer com um Draco Malfoy inconsciente na minha frente.
A primeira opção era levá-lo a Madame Ponfrey, mas ela faria perguntas de mais, e nem mesmo eu poderia responder a maioria delas, não, a enfermaria não era uma opção.
[...]
Estava aponto de sair da sala quando uma voz me faz parar.
- Por que me ajudou, Weasley? - a voz do loiro preencheu a sala que estava muito similar a enfermaria.
Sinceramente, nem mesmo eu sabia a resposta para aquela pergunta, estava esgotada de mais para fingir que tinha uma.
Dei de ombros. - A quanto tempo esta acordado? - perguntei dando as costas para porta e caminho em direção a cama a qual o sonserino ocupava.
- Nunca perdi a consciência, bom, pelo menos não por completo. - respondeu de forma sincera, o que me impressionou.
Parei ao lado da sua cama observando seu semblante, eu devo admitir que havia feito um belo trabalho, seu nariz pontudo e empinado estava de volta ao normal, e os cortes espalhados pelo rosto estavam fechados, a única coisa que não consegui curar por completo foi seu olho, estava avermelhado mas por outro lado não estava mais inchado, o que me permitia ver seus olhos azuis cinzentos, claramente.
- E por que resolveu se manifestar apenas agora? - estava genuinamente curiosa, era a primeira vez que conversava com Malfoy.
Bom a primeira vez que não nos insultávamos, estava curiosa para saber até que ponto poderíamos conversar sem nos ofender.
- Curiosidade. - deu de ombros e fez uma careta logo em seguida, aquilo deveria causar dor. - E também porque... Porque, bom, porque queria agradecer você, Weasley, por me ajudar. - dizer aquilo parecia doer ainda mais do que ter levado a surra.
Confesso, devo ter parecido uma idiota naquele momento, mas eu não estava preparada para aquilo, não sei bem o que esperava, mais tudo, absolutamente tudo, menos um agradecimento.
Um Malfoy agradecendo uma Weasley? Ninguém acreditaria se eu contasse.
- Você poderia me agradecer, Malfoy, saciando a minha curiosidade. - respondi após meu espanto inicial se dissipar.
Afinal, se Malfoy conseguia ser ao menos, uma vez, civilizado comigo, por que eu também não poderia ser?
O sonserino apenas arqueou uma sobrancelha esperando minha pergunta.
- Por que você estava levando aquela surra dos próprios sonserinos?
Ao analisar seu semblante nada surpreso após minha pergunta, tive certeza que ele já esperava que eu a fizesse.
- Você não acreditaria seu contasse, ruiva.- comentou Malfoy casualmente.
Voltei a encarar seus olhos cinzentos, sem desviar o olhar por nenhum momento, cinzas contra castanhos.
- Porque não experimenta, loiro? - indaguei.
Agora minha atenção estava totalmente voltada para o sonserino deitado na cama.
Malfoy soltou um suspiro profundo, derrotado.
- Eu não quero ser um Comensal da Morte. - disse como se aquilo explicasse tudo, e realmente explicava, bom pelo menos pra mim.
Fiquei encarando Malfoy por um longo tempo, sem saber o que dizer, sem saber o que fazer.
Quando finalmente voltei a mim, Malfoy já havia sido vencido pelo cansaço e dormia tranquilamente, mais sereno do qualquer pessoa que já vi.
Sorri diante daquilo. Me inclinei e precionei meus lábios contra os seus, em uma carícia suave.
- Boa noite, Draco Malfoy. - sussurei.
Me virei e caminhei até a saída, quando abri a porta ainda pude escutar a voz do loiro.
- Boa noite, Ginny Weasley.
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Quero agradecer a todos que vem lendo, votando, e adicionando Provavelmente Impossível nas listas de leitura.
Vocês não imaginam o quão estupidamente feliz me deixam.
Fico muito grata.
Ps.: se alguém quiser dar alguma uma ideia sobre o que eu posso escrever sobre esse casal, ou algum pedido, é só falar.
Bjs da tia Charlie 🌙
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Provavelmente Impossível
Teen FictionPequenas histórias sobre Draco e Gina e tudo que eles poderiam ser...