Covarde

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A maldição da morte passou a centímetros do seu rosto.

Draco não se deu ao menos trabalhou de olhar quem a havia lançado, apenas continuou correndo.

Precisa encontrar sua mãe, e fugir de toda aquela loucura.

Aquela não era a guerra deles, e se seu pai queria morrer por seu Lord, que morresse sozinho, Draco e sua mãe não tinham nada a ver com aquilo.

Tentava localizar Narcisa naquela confusão, mas era quase uma tarefa inútil.

Decidiu seguir para Floresta Proibida, o último lugar que tinha a visto.

Estava tão concentrado em seu caminho que não viu quando Flint lançou uma a maldição da morte em sua direção.

E também não viu quando uma cabeça vermelha o puxou para trás de uma coluna.

Antes que pudesse raciocinar o que havia acabado de acontecer, Gina Weasley saiu do esconderijo.

Ela duelava com Marcos Flint, que parecia sofrer para se defender dos feitiços rápidos da ruiva.

Tão rápidos que Flint não conseguiu desviar de seu "estupefaça" e em seguida o foi petrificado.

Gina se virou para Draco um pouco ofegante.

- Você tá bem? - pergunto observando os dois lados do corredor a procura de mais comensais.

- Estou, obrigada Weasley. - Draco disse naturalmente.

Para quem observava de longe aquela poderia ser uma cena um tanto quanto inusitada e improvável, mas no último ano Draco e Gina poderiam dizer que era bons amigos, o loiro a ajudou por todo o ano letivo a manter a Armada de Dumbleodore operante em quanto a escola era dominada por Comensais, e havia servido de informante em várias ocasiões.

Em troca quando a guerra chegasse ao combate inevitável, Gina garantiria proteção e fuga para Draco e sua mãe, e se saísse ganhando, ela garantiria a liberdade para os Malfoy, quer dizer exceto, claro, seu pai.

- Venha comigo, sua mãe esta te esperando na Sala Precisa, já preparei a Chave de Portal pra vocês, vai levá-los até a casa de Andromeda, o dinheiro que Bill tirou do seu cofre em Gringotes também já esta lá. - a ruiva explicava enquanto guiava Draco.

Por sorte, estavam perto do sétimo andar e não foi difícil chegar até a tapeçaria de Barnabas o Amalucado.

Pelo caminho encontraram apenas dois comensais, que foram facilmente derrotados.

Só quando enfim chegaram lá, Draco pode ver Gina perfeitamente.

Ela usava as vestes da Grifinoria que estava rasgada em vários pontos e cheia de fuligem assim como seu rosto, que também possuía vários e pequenos cortes, a varinha estava manchada de sangue e ele imaginou que deveria haver um corte profundo naquela mão, os cabelos estavam soltos e bagunçados.

Mas os olhos dela possuíam aquele brilho selvagem que a tornavam perigosa, e Draco sentiu pena de quem estivesse do lado oposto daquela varinha.

Entraram na porta que surgiu e Draco em fim pode respirar aliviado.

Narcisa Malfoy estava de pé no meio da sala com os braços cruzados e lágrimas manchando seu belo rosto.

Draco não hesitou em correr até sua mãe e abraça-la.

Gina observa aquilo tudo de encostada na parede, sorrindo.

Se falassem pra ela que ficaria feliz ao ver Draco Malfoy sorrir a dois ano atrás, ela duvidaria disso fervorosamente.

Mas depois de tudo que havia passado ao lado daquela doninha, ela não poderia negar que se sentia alguma coisa por Malfoy.

Balançando a cabeça, Gina voltou a realidade, se lembrando que havia uma guerra acontecendo do lado de fora daquelas paredes.

- Vocês tem que ir. - Disse quebrando o momento entre mãe e filho.

O quadro de Ariana se abriu revelando a passagem para Cabeça de Javali.

Draco ajudou sua mãe a subir pela passagem e então se virou para a ruiva que os observava em um canto na sala.

Ele caminhou até a Weasley a passos longos.

Ambos se olharam sem saber extamente como se despedir.

Foi Draco que tomou a iniciativa e abraçou a ruiva.

A ruiva retribuiu o abraço sem pensar, seus pés esticados ao máximo para alcançar o pescoço do loiro.

Ele enterrou sua cabeça na curvatura do pescoço da garota, aspirando seu cheiro uma mistura de sangue, suor e flores.

- Fique viva ruiva.- o loiro apertou ainda mais a cintura da ruiva.

- Vou tentar.- sussurrou de volta.

- Droga Weasley, acho que passei tempo de mais com você sua grifinoria, sua estúpida corajosa, você está fazendo eu me sentir um covarde por fugir.

Gina se afastou do loiro para poder olhá-lo nos olhos. Mesmo depois de tudo que eles haviam passado juntos, a Weasley já mais pensou que ouviria algo assim saindo da boca de Malfoy.

- Hey, essa guerra não é sua. - repetiu o que ele já havia dito a ela várias vezes. - Você não tem pelo que lutar aqui. Eu sim, minha família toda esta lá fora, meus amigos, são pelos meus ideais que estou lutando, por o mundo em que eu acredito, pelas pessoas que eu amo, e por o que sou, uma maldita traidora de sangue Weasley. Já você não acredita em nada disso nem tem por quem lutar, só por quem fugir. - e apontou para Narcisa que espera o filho dentro da passagem. - Agora vá Malfoy e fique vivo.

Gina selou seus lábios nos de Malfoy brevemente.

Então se virou e saiu da sala, voltando pra guerra.

E Draco ficou lá parado vendo ela se afastar, apenas observando a única garota que amou na vida correr para a morte quase certa.










Capítulo não revisado!

bjs da tia Charlie 🌙

Provavelmente ImpossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora