Loki sempre escutou de desocupados como Fandral que as mulheres podem ser extremamente vingativas, ele só não esperava que existisse algo de verídico nas palavras de um tolo como ele, e muito menos que Sigyn fazia parte desse grupinho seleto.
O olhar sagaz da jovem o deixava zonzo, ainda tentando entender de onde ela havia tirado aquele lado violento, provavelmente dele. Em outras situações ele estaria feliz com seu feito, mas ver Sigyn com aquele olhar psicótico a sua frente não o agradava em nada, ainda mais quando ela abria a boca, como agora.
- Meu lindo, para onde nós vamos?
"Não existe nós, sua louca!", Loki estava com a língua coçando para dizer aquilo, mas em vez disso apenas disse:
- Para onde você quiser. – falou a contragosto - Mas antes eu preciso encontrar alguma arma e trocar de roupa, essas estão cheirando a prisão. - "e a você" ele completou mentalmente.
- Como quiser amor. – ela disse com indiferença.
Por algum motivo Loki sempre sentia um embrulho no estômago ao ouvir a palavra amor sair dos lábios de Sigyn. Ele podia jurar que amor era alguma coisa diferente daquilo, porque se torturar os outros era amor, Loki amava muito mais idiotas do que ele podia imaginar e aquilo era nojento, tão nojento que Loki precisou conter uma vontade avassaladora de vomitar na mulher a sua frente. Só não o fez porque tinha algo em mente melhor para fazer, e os poucos instantes que conseguisse longe de Sigyn seria o suficiente.
- Sabe Loki, depois que nos casarmos poderíamos ter uns dois filhos. - ela comentou agora esparramada na cama de algum quarto, esperando pacientemente volta a de seu prisioneiro, quer dizer, de Loki - Já tenho até os nomes deles querido, Narfi e Vali. O que acha hein? Loki? Está me escutando?
Ela andou calmamente até o local em que ele deveria estar.
- Loki? – o chamou momentos de antes de descobrir que ele havia fugido – Ah, Loki! Seu... Eu vou te encontrar nem que eu tenha que te buscar em Hell.
Já longe do castelo, Loki corria desesperadamente para longe de seu maior carma, se jogando na primeira passagem secreta para outros reinos que encontrou.
Não conseguindo evitar uma queda brusca em algo áspero, quente e negro, que reconheceu depois de um tempo como o chamado asfalto, precisou de alguns segundos para reconhecer aquele planeta horrível, onde um som estranhamente alto parecia envolver tudo ali.
- Maldição! Isso é tudo culpa daquela louc... - reclamava quando sentiu o seu corpo ser arremessado para longe por algum animal estranho de rodas.
O corpo de Loki quicou algumas vezes no chão como uma bola velha de pano, como se ele tivesse sido acertado por algum Abre-Rombo ou quem sabe aquele maldito martelo.
- Malditos humanos! Como ousam atropelar um deus? – ele rosnou tentando se levantar.
Olhou com ódio tudo em volta, e sentiu uma necessidade imensa de destruir tudo. Principalmente aquele maldito animal de rodas que emitia aquele som alto, no qual ele precisou de alguns segundo para decifrar, era algo melodiosamente irritante e parecia que alguém ao fundo cantava a maldita música, e ainda por cima cantava errado.
Feliz aniversário
Envelheço na cidade
Feliz aniversário
Envelheço na cidade
Era incrível como humanos tinham a capacidade de procurar a própria morte.
- Ei parece que atropelei alguma coisa. – um humano irritante se manifestou – Mas quem se importa, hoje é meu aniversário!
- Maldito humano bêbado! – Loki berrou quando duas mãos humanas e um desagradável cheiro de álcool saiu da coisa que tinha o atropelado.
O homem saiu do veículo trêmulo e carregando em suas mãos alguma bebida inferior dos humanos, com um estranho sorriso no rosto, com um sorriso familiar...
- Olha só o homem rena! – uma voz familiar mais irritante ainda.
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Carpe diem - Parte I (Loki - Avengers)
RomanceLoki era o traiçoeiro, o mau e cruel, mas antes de tudo era o irmão de Thor, que apesar de tudo desejava amenizar o mau humor de seu querido irmão. Com esse objetivo em mente o deus foi até Midgard onde pegou emprestado o iPod de Darcy, ou como diri...