Capítulo 11 - O Homem de Lata

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De tantos lugares para cair naquele mundo nefasto, ele tinha que cair logo em frente ao local onde mora o homem de lata? O que mais faltava acontecer naquele dia? Deuses, aquilo era demais para Loki, demais para um único dia ensolarado, primeiro a maldita caixa de Hell, depois as ameaças do energúmeno loiro, também teve a vitrola quebrada chamada Frigga, e por último, mas não menos irritante a louca desvairada. E agora a cereja do bolo, o homem de metal com aquela barba ridícula típica de humanos.

Um dia para se esquecer, realmente o que mais faltava acontecer? Uma sensação ruim passou pelo corpo do mago como um lembrete do que poderia vir, ou melhor, quem poderia aparecer repentinamente. Ele sentiu uma leve dor nas costas apenas ao imaginar que a coisa verde poderia estar andando por ali. Correu os olhos pelo local, atento a tudo, procurando qualquer vestígio daquela coisa, porque aquela "coisa" não podia ser definida de outra forma além de "coisa verde".

A ausência do monstro verde o teria deixado aliviado se o bêbado a sua frente não começasse a resmungar sozinho, como o louco que Loki imaginava que ele era. Será que todos os humanos eram dementes assim? Questionava-se o estressado deus, concluindo que aquilo era algo oriundo da natureza inferior humana.

- Mas que porcaria é essa! Está tudo errado! Olha só o que me arranjaram? – Esbravejou o empresário apontando sua garrafa de whisky na direção do asgardiano.

Um ultraje, pensou Loki.

- Como ousa apontar essa coisa asquerosa em minha direção? Humano idiota!

- Jarvis! Reclame com a empresa de entretenimento! Não fui isso que eu pedi! – o homem de cavanhaque continuou falando sozinho – Eu pedi um alvo! Um alvo humano do homem rena para o paintball, e veja só o que me trazem! Um mendigo desnutrido!

- Receio que ele não seja quem o senhor pensa... – a voz robótica de Jarvis saiu de algum local do carro tentando alertar o já alucinado Stark.

- Mendigo? – Loki o observou com ódio.

Tony apenas voltou a beber seu Whisky, fazendo pouco caso do moreno parado a sua frente.

- Até que você interpreta bem magrelo, mas não o contratei para isso. – Stark voltou a direcionar a garrafa na direção do mendigo – Jarvis! Eu quero pelo menos o capacete típico de um corno espacial, entendeu?

- O quê? – Loki o observava incrédulo.

- Mas, senhor... – insistia Jarvis.

- Sem "mas" Jarvis, eu quero o capacete. Eu quero!

Loki parecia prestes a explodir, aquilo já era demais para um dia, caminhou lentamente na direção do homem que tagarelava com o animal de metal.

- Humano idiota, eu Loki de...

- Eu Loki de Asgard blá blá blá... Olha eu já conheço esse discurso bobo, e eu já disse que não o contratei para isso rockeiro, não vou pagar por suas imitações. – voltou a tragar outro gole do whisky – Jarvis peça para o Happy tirar esse rockeiro daqui antes que Banner apareça confiscando minha bebida e acreditando que a rena está aqui de verdade.

O irritado asgardiano por um momento sentiu um senso de autoproteção contra Hulk se ativar em seu corpo, e voltou a observar tudo a sua volta.

- Som na caixa Jarvis! Vamos ver o que tem para hoje a noite!

I can't see me lovin' nobody but you

For all my life

When you're with me

Baby the skies will be blue

For all my life

- Bella música para me lembrar do Mark 42, não para festa Jarvis.

Como podia um humano falar tanta besteira em tão pouco tempo? Loki fez uma nota mental: "Acabar com todos os humanos histéricos, começando por esse bêbado".

- I can't see me lovin' nobody but you... For all my life – Cantava o bêbado gago.

- Humano tolo, aprenderá a reconhecer um deus quando vê um. – Loki o ameaçou com um sorriso falso quando um som assustador de trovões surgiu.

Carpe diem - Parte I (Loki - Avengers)Onde histórias criam vida. Descubra agora