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A ruiva levantou as mãos para que eu batesse. Bati em ambas as mãos ainda um pouco envergonhada. Eu mal conhecia a garota e ela já cumprimentava com um Hi-five?

— Sadie Sink, galera! — Sadie arrumou as madeixas ruivas, passando ao meu lado. — onde estão as bebidas, Gellinsky?

— Estão no balcão da cozinha. — Milla respondeu e eu gargalhei.
Como o nome dela era Gellinsky?

As três meninas de dezesseis anos me encararam, pacientes, e eu só conseguia rir da expressão de raiva da mais baixa. Milla me encarava por eu rir tanto dela. Mary me contou que ela odiava ser motivo de piada, deboche ou rumor, então ela sempre evitava esse tipo de coisa. Mas não temos como evitar nossos sobrenomes.

— Eu desisto, esse foi a melhor parte da minha noite, com certeza! — Sadie se aproximou de mim e suspirou.

— Acho que encontramos uma das nossas! — Sadie mascou o chiclete rapidamente. — venha aqui, campeã, como se sente por estar sendo convidada para uma festa de verdade?

Eu arrumei o cabelo. Eu obviamente não ia para muitas festas em Dalas, mas eu não era tão insociável assim. Eu tinha colegas, conhecidos e, até, amigos. Eu nunca havia ido para uma festa grande, mas sempre frequentei festas.

— Eu obviamente não falo desta, a que vai acontecer. — Sadie inclinou a cabeça e sussurrou. — eu falo da de Nova York! Ouvi falar que gente do Arizona vai.

O Arizona era do outro lado do país, uma festa não podia ser tão legal àquele ponto. Vão ter pessoas de todos os estados e eu vou me embebedar na presença delas. Ótimo, eu nunca mais vou ver essas pessoas. Eu estou satisfeita.

— Bem você sabe que eu não fui bem "convidada". Eu vou porquê fiquei sabendo dessa maldita festa. — eu coloquei as garrafas de vinho seco perto das de vodca. — eu vou pra me embebedar e ficar com garotos. Não tenho tantas expectativas para essa festa.

Mas eu estava mentindo, obviamente. Eu estava ansiosa para essa festa, muito. Mas eu não queria parecer um pato inexperiente, que nunca saiu da beira do rio. Dentro daquele mundo eu era uma nova Millie Bobby Brown, eu era experiente, festeira e solta. Eu podia fazer o que eu quisesse, meu pai nunca descobriria e minha madrasta é irrelevante para mim.

— Eu tenho uma amiga na Carolina do Norte, Sophia, que disse que pegaria uma van com alguns amigos para irem para a festa. — Sadie soltou as cervejas das grades, lavando as mãos em seguida, se colocando ao meu lado. — aparentemente eles têm uma amigo em Nova York.

Eu gostaria de ter tantos amigos quanto a Sadie. Ela parecia tão descontraída e rebelde. E eu suspeito que todo esse ar rebelde se deve aos cabelos dela. Eram de um vermelho tão vivo que eu tenho certeza que pareciam brasas e os olhos azuis quebravam toda a ideia de rebeldia. Ela era maravilhosa.

— Você deveria tentar falar com seus amigos de fora, já que todos de fora estão vindo, talvez eles também venham. — Sadie despejava os salgadinhos em um pote verde. — meus amigos do Kentucky vão. Espero que eu consiga encontrar eles. A festa vai ser no campus da NYU.

Ela saiu depois de dez minutos de conversa e foi ajudar Milla com alguns quartos. Eu sentava em uma cadeira da bancada da cozinha enquanto comia salgadinho. Esperava ansiosamente pelo começo da festa.

São exatamente 23 horas e 8 minutos de Dalas até Nova York. E nós só havíamos percorrido uma hora de viagem. Saímos de Dalas às seis horas e chegamos aqui às sete, já havíamos perdido três horas de viagem nesta festa. Eram dez horas, a festa já havia começado a muito tempo e eu não estava exatamente curtindo, como achei que estaria.

Eu estou sentada em um poof amarelo na sala de jantar da casa de Milla e tinha duas meninas se beijando loucamente à minha frente. Elas estavam bêbadas e eu tenho certeza que estarão arrependidas amanhã. Mas quem sou eu para atrapalhar um momento de expressão de paixão, eu não tenho alguém para beijar mas não preciso atrapalhar os beijos de outra pessoa.

— Olha venha cá, Madre Tereza. — Sadie me puxou bruscamente do poof quando me viu naquele tédio. — eu tenho cerveja e alguém querendo conversar, o que acha?

— Vamos. — eu peguei o copo de cerveja que estava na mão dela e virei, eu obviamente não beberia mais nada naquela festa. Só queria um pouco de coragem.

Eu não era tão ingênua ao ponto de não saber que era alguém interessado em mim. Eu não sou burra, não mesmo. Eu só não sei se estou no clima de línguas e apertões.

— Ele está lá fora. Ele é meio meloso, grudento, então não dê muita brecha.

Sadie colocou a mão no meu ombro e me encaminhou para o jardim da casa da minha mais nova amiga. O quintal à essa altura já estava cheio de copos e garrafas de cerveja, mas eu não acho que as pessoas estão pingando para esse pequeno detalhe.

— Eu estou ficando com medo, Sadie!

— Relaxa, Mills, você só tem que pegar o garoto e ir embora.

Eu achei tão fofo o modo como ela me deu uma apelido, eu nunca gostei tanto de apelidos mas eu amava o quanto eles transmitiam. E eu transmitia alguma coisa para Sadie.

— Jaja! Quero te apresentar uma pessoa. — Sadie chegou em uma roda de amigos que bebiam algumas garrafas de vodca.

O mais baixo do grupo sorria para o amigo e conversava com ele. E eu notei ele porque Sadie apontou para ele, ele não era uma figura genuinamente atrativa. Não chamava atenção quando passava e não era tão bonito assim. Mas ele parecia ser legal apesar de toda a imagem que Sadie havia transmitido.

— Oi, Sink! — o menino bateu a mão com a de Sadie e se virou para mim com um olhar malicioso. — Olá.

— Oi.

— Prazer, Jacob Sartorius.

E eu só consigo sentir arrependimento desde Sadie saiu e me deixou com esse menino. Porque ele era chato demais!

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EAE, galerous.

EU JÁ POSTEI FIFTEEN, BITCH

Tô postando esse pra agradar vocês.

Eu amo ocês, bbs.

Vou diminuir as atualizações, não vai ser um por dia, sorry.

Beijão

Com amor, Mary.

Party girl. | Fillie Onde histórias criam vida. Descubra agora