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Finn Wolfhard sempre ficava bonito com as roupas casuais. Seus suéteres de vovô, suas jaquetas de motoqueiro e, até mesmo, com aqueles ternos que me faziam sentir calor.
Mas ele estava excepcionalmente bonito naquela noite, Finn e Josh — finalmente! — haviam se divorciado de vez e estávamos namorando fazia um ano.

Ele estava de terno vinho, com um sapato preto mas ainda com aquelas tatuagens incríveis, que ele havia feito faz um mês, escapando pela lapela da blusa.

Todo Finn Wolfhard. O trabalho dele continuava incrível e eu às vezes achava engraçado quando Finn me apresentava a todos os seus amigos como modelo e advogada, com um ar de orgulho. Meu coração se apertava um pouquinho quando via como ele ficava triste ao perder um paciente importante e se iluminava um pouquinho quando ele falava que finalmente havia conseguido que seu paciente ficasse bem.

Meu namorado era o máximo. Há dois meses ele havia comentado sobre casamento, não disse que era contra muito menos que era a favor. Mas a questão é que eu era.

Queria casar com ele. Eu iria me casar com Finn, por isso tinha comprado a aliança prateada fina. Eu havia feito alguns bicos nas coleções de alguns amigos da cidade, como modelo, e estava satisfeita ali. Naquela cidade: com meu namorado, minha afilhada e meus amigos.

Meu namorado levantou a taça de vinho na
minha direção e brindamos enquanto dávamos risada.
Pedi lasanha e Finn pediu algo francês e esquisito.

— Você está tão linda hoje. — ele virou mais um pouco do vinho.

— E você também! Gostaria de saber porque o lindinho está tão arrumado... — eu me aproximei da mesa, sorrindo.

— Tenho uma coisa pra te contar... — ele sorriu um pouquinho. — Está mais para pedir.

Eu ofeguei.

— Não acredito.

— Pelo amor, mulher, me dê um pouquinho de credibilidade! — ele soltou um sorrisão.

— Finnie! — eu estava emocionada.

— Oh meu bem! — ele deu uma risada e se aproximou, se ajoelhando na minha frente e enxugando minhas lágrimas.

Era uma sensação que explodia, revigorava, curava. Finn me amava.

— Eu te amo tanto! Quero que você esteja comigo, sempre. Nos meus piores e melhores momentos. Quero que me deixe amá-la como você merece e, por Deus, quero que você ocupe todo meu closet e não apenas uma gaveta. Construiremos outro se você precisar, mas quero que façamos isso juntos. — Finn fungou um pouquinho, tirando uma anel prateado, fino e com uma pedra no topo, de dentro do bolso e ergueu. — Você quer se casar comigo, menininha country?

— Oh Finn! — eu chorava e não me aguentava mais.

Peguei a bolsa no meu colo e abri rapidamente, procurei a caixinha preta e abri na frente dele, minhas mãos tremendo e sofrendo com o nervosismo.

— Meu amor, claro que aceito me casar com você, mas só se você se casar comigo também. — eu dei uma risadinha vendo o rosto bonito dele se iluminar. — Finn Wolfhard, você quer se casar comigo?

Ele ergueu as sobrancelhas e soltou uma bela risada. A noite era perfeita.

— Você é um galinha, mal se divorciou e já vai casar-se com outra. — revirei os olhos de forma dramática.

— Você é o amor da minha vida, você sabe, certo?

A alma estava ali nos olhos dele, todas as emoções, inseguranças. O coração, ribombante e forte, estava ali, naquelas pupilas dilatadas.

— Eu sei, meu amor. Eu sei.

Demos um beijo apaixonado e
percebi, ainda distante, alguém tirando uma foto nossa, entre lágrimas eu abri um sorriso. Parei de beija-lo e apenas segurei seu rosto enquanto fungava.

— Você vai ter de me aguentar chorando toda hora, vai aguentar tudo que eu gritar e ainda vai ter que aguentar como vou me declarar para você todo dia. Porque amo você e você é a coisa mais importante da minha vida além do Richard.

— Eu não poderia imaginar vida melhor. Vou amar você, todos os dias, por quanto tempo eu puder.

— Oh Finn!

Eu chorei mais um pouco e ele deu uma risada abafada pelas próprias lágrimas, colocou um anel no meu dedo e eu quase me esqueci de retribuir por conta da beleza do gesto.

— Você vai achar esquisito se quando casarmos eu usar a aliança e este anel? — eu sussurrei depois de colocar o anel no dedo dele. — Ele é simplesmente perfeito.

— Espere até ver sua futura aliança.

Me levantei ainda com as pernas bambas. Encarei o rosto sorridente do meu noivo.

Eu tinha objetivos, tinha metas, planos. Mas naquele momento, vendo os olhos puxados de Finn por conta do sorriso largo, percebi que, além disto tudo, eu tinha um propósito.

Esqueça aquela baboseira de provar algo envenenado, esqueça ser cobaia para algum experimento.
Meu propósito neste mundo era ser feliz com aquele homem, fazê-lo feliz como eu me sentiria durante todos os dias dali em diante.

— Você não vai sair do meu apartamento por, pelo menos, uma semana. — Finn passeou a mão pela minha coluna.

— Lindo?

— Ah com certeza, uma semana inteirinha. — ergui a cabeça e encarei ele, divertida.

— E Atena? — eu falei, por pura gozação.

— Sairemos uma vez na semana, um beijinho nela e voltamos para casa.

Eu gargalhei, entrando no carro dele.

— Me faça esquecer tudo.

— Tudo?

— Inclusive meu nome.

— Millie Bobby Brown Wolfhard...

Olhei diretamente para suas iris escuras, a felicidade dele em apenas imaginar meu nome daquele modo transbordava. Era palpável o quanto nos amávamos.

— Oh Finnie...

Me estendi e dei um selinho demorado nele.

Finn Wolfhard, era tudo que eu precisava naquele momento, tudo que eu poderia desejar por anos. Alguém que me apoiaria e assistiria em tudo.

— Como eu sou sortuda!

Ele deu outra risada.

— Eu te amo.

— Eu te amo mais. — reproduzimos o tom de um daqueles filmes de princesa, "Rapunzel" sempre fora meu preferido.

— Eu te amo muito mais.

E eu acreditava nele. Sempre e para sempre.

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a demora meu pai..... perdão
kkk insatisfeita com esse capítulo mas tá tudo bem

beijo amo vocês, estamos quase no fim um ou dois capítulos mais.

Party girl. | Fillie Onde histórias criam vida. Descubra agora