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— Eu não acredito que você me tirou da minha baladinha... — eu encarei Finn. — pra comer tacos, Wolfhard!

— Mas eles são deliciosos, Brownie!

Ele havia me tirado da balada fazia alguns minutos e nos levou até um food truck que parou estrategicamente na frente da NYU.

— Eu vou matar você! — eu sentei com tudo na cadeira de plástico.

— Me desculpe, mas eu estava morrendo de fome, não somente de tacos, claro... — ele falou me olhando rapidamente e voltando à sua refeição da madrugada. — e quando eu terminar podemos voltar lá, transar ou qualquer coisa do tipo, e voltar a missão de te embebedar.

Eu passei vários segundos encarando o menino branquelo a minha frente. Ele parecia tão aberto aos assuntos mais constrangedores do mundo pra mim.

— Eu... bem, nós não... — ele que mantinha os olhos na comida levantou e olhou pra mim.

Ele suspendeu o corpo sobre a mesa e me deu uma beijo demorado, que me fez levantar um pouco da cadeira. A boca dele tinha gosto de curry e isso só contribuiu para a ardência que eu sentia toda vez que ele encostava os lábios nos meus.

— Nós não o quê, Brownie? — ele sussurrou contra meus lábios vermelhos.

Eu continuei encarando os olhos negros dele e balancei a cabeça para acordar daquele transe. Eu não transaria esta noite.

— Nós não vamos fazer isso, nós nem nos conhecemos. — eu falei nervosa.

— Nem por isso deixaria de ser bom... — ele abriu um saquinho de ketchup na dentada e colocou o molho, me encarou e deu uma risada. — menininha country, eu estou brincando, por Deus!

Eu suspirei aliviada. Eu não poderia sequer pensar na possibilidade de querer, já imaginou se voltasse grávida?!

— Você pode só comer de uma vez? — eu falei estressada, provavelmente Mary estava bebendo e curtindo a piscina.

— Claro. — e me deu o sorriso mais sacana de toda a noite, minhas bochechas esquentaram e minhas pernas tremeram.

Ele levantou da cadeira e puxou minha mão, sorriu um pouco e gritou para o cara do food truck:

— Coloque na minha conta, Bob!

Eu subi nas costas de Finn e ele segurou minhas coxas, provavelmente com mais firmeza que o necessário mas não fiquei desconfortável. Coloquei meu nariz em sua nuca e senti o cheiro bom de seu perfume masculino e o shampoo que ele usava.

— Ficaria com você cem vezes só hoje. — eu falei no ouvido dele.

— Que tal começarmos a contagem, então? — ele falou.

De algum modo ele havia me colocado à frente de seu corpo, com uma mão passeando pelas minhas costas e uma na minha coxa direita que formigava.

Quando ele me beijou o gosto forte de comida mexicana já havia sumido e permanecia somente a essência dele, o mesmo gosto que eu senti quando nos beijamos pela primeira vez.

— Vamos! — nós caminhamos até a sala da fraternidade do meu companheiro de festa.

A sala tinha um tapete todo colorido no chão, alguns brincavam com uma carta de baralho na boca entre sucção da carta e beijos. Alguns viravam shots de tequila e outros ainda dançavam animadamente mais próximo da porta.

— O que você quer fazer agora? — ele falou alto pela música e eu coloquei ambos os braços no pescoço dele.

— Sinceramente? — ele concordou. — fumar maconha e beber vodca.

Ele riu e concordou. Aparentemente não bancária o adulto responsável àquela altura do campeonato.

— Um beck, nada além. — Eu concordei revirando os olhos.

— Eu nunca tentei. — ele acendeu um que pegou com o menino moreno que o acompanhava mais cedo.

— Pra tudo temos uma primeira vez. — ele falou e tragou. Sorrindo enquanto me entregava. — vá fundo, menininha country.

E eu o obedeci. Tossi algumas vezes antes de me acostumar com a fumaça nos meus pulmões e meus dedos já estavam segurando o último pedaço do beck, estava me agarrando ao torpor que não me parecia real, mas olhando o estado de Finn sabia que estava acontecendo comigo.

Finn ria horrores das minhas caretas ao sentir a fumaça na boca e balançava-me a cabeça involuntariamente no ritmo da música animada da sala.

— Vamos dançar, gata! — ele me puxou pela mão, entramos por entre os corpos na sala que continuava cheia.

Em um segundo estava agarrada a Finn, em outro minuto a um completo estranho e em outro a uma garota qualquer. Eu mal percebia o tempo passando, os gargalos das garrafas de vodca entrando e saindo da minha boca. As mãos leves de Finn que deslizavam pelo meu quadril. Os beijos ardentes que eu recebia.

Sem dúvidas eu estava alta e muito além da estratosfera.

— Você não consegue se manter em pé? — eu ouvi a voz grogue de Mary, eu sorri e a puxei pela mão direita.

Dançava grudada a minha melhor amiga, logo Sadie apareceu e todas as meninas (alguns meninos decidiram participar) dançavam algum tipo de rebolado desengonçado mas que eu achava sensual em sincronia.

Os olhos de Finn não saiam de mim e ele gargalhava. Não sei se de divertimento, felicidade ou êxtase eu estava drogada demais para analisar.

Por alguns segundo eu me senti tentada a deixar aquela fileira de seres dançantes, mas quando gritaram:

— Heyyy Macarena! — alguma menina gritou.

Começaram a coreografia clássica e toda a sala parecia envolvida no ritmo. Não tinha como ficar parada naquela música, por isso me juntei, Finn também tentava me acompanhar, mas passava maior parte do tempo rindo.

— Vamos, Wolfhard! — eu gritei pra ele. — Dale a tu cuerpo, alegria macarena!

Ele me puxou e me deu um beijo ao som de Los del Río e talvez, mas só talvez, não fosse o sonho de toda adolescente ser beijada com essa música, quando poderia estar dançando e remexendo o quadril.

Mas para mim — as mãos leves de Finn no meu quadril, o ritmo incessante que corria pelas minhas veias e o beijo maravilhoso— havia sido perfeito. E foi naquele momento que eu percebi que Finn seria o meu auge adolescente, ele era meu romance clichê — nem tão clichê — e ele seria quem me faria suspirar só de pensar nos beijos.

Como me fazia naquele momento após quebrar o beijo.

— Que tu cuerpo es pa'darle, alegria cosa buena! — ele cantou sorrindo e esperou alguns segundos para levantar os braços e cantar. — Hey Macarena!

E eu sorri. Porque ouvir Finn Wolfhard cantar aquele hino pra mim, só pra mim, me alegrou de um jeito que nenhuma bebida fez e nem mesmo o único beck que testei fez.

Então eu o beijei de novo.

Finn Wolfhard sempre seria meu sonho adolescente. Mesmo ao som de Macarena.

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heyyyy Macarena!
a ideia me veio do NADA e eu quis colocar e representar esse HINO!
amo ocês e prometo que começo a atualizar mais depois do dia 16.

bejos, macarena!

Party girl. | Fillie Onde histórias criam vida. Descubra agora