Prólogo

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Diego

 

Está constatado. Pé na bunda dói, e dói bastante. Eu posso falar com toda a segurança. Acabei de levar um. Fui dispensado pela Anne e não sei como me sinto sobre isso.

Anne e eu somos mais que amigos há alguns anos. Sempre tivemos uma relação incrível. Somos amigos, parceiros de dança e fomos amantes até hoje. Pois ela deu um basta na nossa relação, e tudo por causa da volta de um ex dela. O Tiago. Ele é um babaca de marca maior. Usou a Anne há alguns anos e agora volta como se nada tivesse acontecido. Idiota!

O pior é saber que ela estava comigo por esse tempo todo, mas no fundo ainda é apaixonada por ele. Sei que ela gosta de mim, mas saber que não consegui fazer ela me amar machuca meu ego de homem. Anne seria meu par perfeito. Ela é divertida, animada, adora dançar e nossa química na cama é enorme. Com ela, eu pensei em ter algo a mais que apenas a nossa relação aberta. Com ela eu pensei em exclusividade e fidelidade (apesar de nem saber se sou capaz de dar isso a alguém), mas agora não tenho mais que pensar nisso. Ela deixou bem claro que não quer mais do que ser minha amiga e Partner, então está na hora de levantar voo e visualizar novos horizontes e novas mulheres.

Agora eu estou correndo no parque de coqueiros, já passam das onze da noite de um domingo e sei que não vou conseguir dormir. Preciso gastar energia. A conversa com a Anne foi tensa e me deixou grilado com algumas coisas que ela disse, como o fato de que está na hora de me estabelecer com alguém. Só que o que ninguém entende, é que a mulher certa ainda não apareceu. Um relacionamento com a Anne seria tranquilo, somos muito parecidos e isso facilitaria muito, mas tenho consciência de que faltaria o fogo da paixão em um casamento com ela.

Chega de correr. Está na hora de ir para casa e tomar um banho. Já que não vou dormir, vou gastar energia de outra forma. De uma forma mais gostosa.

Cheguei em casa com o corpo ainda suado. Entrei no meu apartamento e já liguei o som em volume suficiente para que eu pudesse ouvir do banheiro. Tomei meu banho de porta aberta, como sempre, já que moro sozinho, não tenho preocupação com portas fechadas. Banho tomado, era hora de me vestir. Cueca preta, calça jeans, camiseta pólo branca, sapatênis, desodorante e um pouco de perfume. Pronto. Agora bastava pegar a moto e sair em busca de diversão e algum sexo quente.

Dez minutos depois, estou entrando em uma casa de swing conhecida de Floripa. Já sou frequentador há algum tempo e sempre que venho é divertido, mas hoje não estou no clima certo para estar aqui, mesmo assim eu vim e vou me obrigar a aproveitar.

Assim que entro, reconheço algumas pessoas na pista de dança. O local é animado e já há garotas no pole dance, dançando com pouco mais que um fio dental. Me instalo em uma banqueta disponível no bar e peço uma bebida. Enquanto o garçom não vem com meu copo, aproveito para dar uma olhada em volta. No andar de baixo da casa fica a pista de dança, onde há o bar, mesas e vários poles dances. Hoje, por ser um domingo, está relativamente calmo. Não demora muito para que uma mulher se aproxime de mim e peça para sentar ao meu lado. Dou um sorriso e bato no lugar vago ao meu lado.

- Oi, sou a Senhora atrevida e você quem é? – Diz ela sorrindo e senta, tão colada em mim que por pouco ela não senta no meu colo.

- Sou Diego. – Respondo meu verdadeiro nome, já que odeio esses codinomes que os casais usam.

- Diego! Nome bonito. Combina com você. – Ela continua a sorrir e agora coloca a mão na minha perna. – E o que você curte? Bi feminino, bi masculino, grupal, homens, mulheres...

- Eu curto mulher. E você? – Devolvo a pergunta.

- Eu topo de tudo, mas nesse momento eu estou com vontade de te arrastar lá pra cima e te lamber todinho. – Ela diz de modo provocante e automaticamente uma parte do meu corpo ganha vida.

As Cores do Amor - Deborah e Diego (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora