A REBELIÃO

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Capítulo I

Sabe aquele céu que imaginamos?

Aquele com muitos anjos, com suas roupas brancas, asas nas costas, e uma auréola na cabeça.

Com um chão feito de nuvens e grandes portões dourados logo na entrada.

Então, não tem nada disso lá.

A princípio avistei algumas pessoas de branco, mas logo percebi que não havia nenhum padrão, cada um se vestia como queria.

Haviam pessoas de calça, bermuda, saia ou vestido, cada um com uma cor, ou um estilo diferente.

Onde estávamos não tinha nada de nuvens, muito pelo contrário, parecia que estávamos em um daqueles castelos medievais, pois desde o chão, até as paredes eram de pedras, com tochas penduradas.

Acho que nossa chegada chamou a atenção de todos, pois quando chegamos ficaram nos olhando, e os cochichos não eram difíceis de escutar.

O homem que estava conosco, se apresentou, disse que seu nome era Kalleb, e que éramos bem vindos ao céu. Pediu para que o seguíssemos, dizendo que o Pai estava a nossa espera.

Seguimos por uma grande escadaria em formato espiral, no que parecia ser uma torre de castelo, até que chegamos a uma grande porta, que antecedia um enorme saguão, onde haviam inúmeros anjos discutindo entre si, e no centro, um homem sentado atrás de uma mesa, fazendo anotações.

Aquele homem era o mesmo que enfrentou Lúcifer, e o mesmo que me entregou o livro na biblioteca.

Kalleb pediu para que eu e Hannah aguardássemos na entrada, a fim de que ele pudesse anunciar a nossa chegada.

Ele se aproximou da mesa central, onde aquele homem se sentava, mas antes que Kalleb pudesse dizer alguma coisa, o homem lhe interrompeu:

Não se preocupe, Kalleb, já notei a presença de nossos convidados. Por favor, sem formalidades, no momento não estamos podendo ser tão formais.

Aquele homem se levantou da mesa, e Kalleb logo tratou de sair do seu caminho.

O homem veio até nós, e se apresentou:

- Sejam bem-vindos Caio e Hannah, espero que estejam a vontade. No momento não estamos em uma boa situação, digamos que o 'céu' está em crise. Mas deixe me apresentar: nome certo não tenho, mas aqui costumam me chamar de Pai. Mas para os humanos sou conhecido como Deus.

O Segredo do BosqueOnde histórias criam vida. Descubra agora