Capítulo 8 - Decisões

73 14 39
                                    

Notas do autor

Oi, gente. Tudo bom? Comigo nem tanto, mas, não podia falhar em postar o último capítulo da primeira fase de Coração Destruído.
O epílogo vai ser postado na quarta-feira (14) e a segunda fase de As Crônicas de Sebastian Pear está marcada para lançar no próximo ano, no mesmo período que foi lançada este ano. Agora fiquem a vontade para ler!

•••

Abrir uma porta pode ser interpretado de formas diferentes por várias pessoas. Por exemplo, para alguns podem significar uma oportunidade nova, que você acabou de ganhar, enquanto para outros é um recomeço. Para mim, o significado foi diferente: abrir uma porta foi como convidar o demônio para dentro da casa do meu melhor amigo e uma grande confusão começar. Eu não sabia o que estava para acontecer iria mudar minha vida e me trazer até aqui, se eu soubesse, não tinha nem ido com eles para casa.

     Eu e Claire subimos a escada e caminhamos para o quarto de Luke e fechamos a porta. Sentei na cadeira do computador, ela sentou no colchão, e ficamos nos fitando sem saber bem o que falar. Ela não me respondeu, e parecia não está disposta a responder. Tudo bem, eu não me importava com a situação, falei porque achei o certo na ocasião. Luke estava demorando a voltar com os meninos, e quando escutamos o som do vidro se quebrando, trocamos olhares e fomos até a porta do quarto, abrimos e caminhamos pelo corredor até a escada. Tyler estava jogado nos degraus com a testa sangrando.

     — Claire, tira ele daí — disse em voz baixa, e dei um salto da posição que eu estava na escada até o chão. Foi a coisa mais corajosa que eu fiz em toda a minha vida.

     A cena seguinte parecia de um filme de ação, só que com dois amadores e um Anjo da Morte com força sobre-humana. Luke nas costas de Connor, dando uma chave de braços no vilão, enquanto Isaac se levantava do chão e acertava o estômago do Ceifeiro. Entretanto, Connor  deu um chute em Isaac, que voou até os meus pés e se curvou para frente, derrubando Luke no chão. Agarrou o meu amigo pelo pescoço e o levantou no ar, olhando na minha direção.

     — Eles disseram que você não estava aqui, tive que ser rude. — Ele deu uma risada sombria.

     — Larga ele! — vociferei, caminhando na direção de Connor, com o punho fechado pronto para dá um soco nele.

     Luke voou em direção a parede que tinha a televisão, chocando-se contra o aparelho que quebrou no mesmo momento e cortou-lhe a face. Olhei para ele caído no chão, gemendo de dor, e fui acertado por um soco de Connor que me fez cair no chão como uma marionete, atordoado.

     — Sebastian, eu espero que você tenha aproveitado sua segunda chance — disse Connor, erguendo a foice e abaixando ela de vez.

     O mundo congelou naquele momento, ou, a velocidade do tempo diminuiu como se fosse uma câmera lenta. O som abafado do grito de Claire ecoou por meus ouvidos, um grito de sofrimento, não vi o que aconteceu, fechei os olhos, e um corpo caiu em cima de mim, abri os olhos assustado e vi Luke, com o peito sangrando, já sem vida. Me sentei de joelhos no chão, cutucando Luke e implorando que ele vivesse, mas ele não respirava. Claire chegou ao meu lado, puxando o corpo do garoto para seu colo, enquanto as lágrimas escorriam.

     Luke se metera na minha frente para me salvar, sacrificou-se por mim. Isso foi um ato de amor verdadeiro. Agora ele estava no chão, sangrando e sem vida. O meu amor estava morto e Connor era o culpado. O mesmo sentimento de raiva que tive quando matei Robert e ataquei Paul, apareceu agora, e mais forte. Levantei do chão, com os punhos fechados e um olhar furioso para o Anjo da Morte.

Coração DestruídoOnde histórias criam vida. Descubra agora