04. UMA BRUXA...?

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Era uma tarde de domingo com temperatura amena, embora o Sol da Califórnia brilhasse forte, havia um vento gelado soprando preguiçosamente pelas ruas

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Era uma tarde de domingo com temperatura amena, embora o Sol da Califórnia brilhasse forte, havia um vento gelado soprando preguiçosamente pelas ruas.

Os Green finalmente tinham um momento de folga depois de toda a correria da mudança.

Alan Green estava organizando um arquivo com todas as suas receitas, para que a neta pudesse fazê-las quando ele e a esposa voltassem para o Maine.

Madeleine, por sua vez, estava entretida enquanto fazia uma colcha de maxi tricô, acompanhando um tutorial que a neta havia lhe mostrado dias atrás.

Já Crystal Green, estava no quarto, sentada no chão com o notebook no colo e uma porção de papeis espalhados. Estava aproveitando o tempo livre para descobrir tudo que podia sobre o baú de sua mãe.

Não tinha encontrado muito, a não ser os significados místicos daquela triskelion na tampa de madeira e, também, da estrela de cinco pontas na capa do misterioso diário.

Um pentagrama, como era chamado, estava sempre ligado a coisas místicas, mas um pentagrama invertido, como aquele gravado no couro, tinha um conceito mais obscuro, geralmente ligado a magia negra.

Eu sou uma bruxa! Eu tenho que ser uma bruxa! Crystal estava plenamente convencida daquele fato, mesmo que fosse loucura. O tal diário parecia um grimório e também tinha os sonhos sem explicação, só podia ser mágica!

Claro que Crystal não achava que tudo seria como nos filmes, quer dizer, ela não tinha recebido carta alguma para frequentar uma escola de magia quando fez onze anos, então, obviamente, aquela coisa de bruxa na vida real era diferente.

Estava tão convencida daquela possibilidade que tentou usar seus "poderes", começou por se concentrar em uma bola de papel amassada, no intuito de fazê-la levitar, usando apenas sua "magia interior". Nada aconteceu. Talvez eu precise de uma palavra mágica.

— Abracadabra! — testou, focando seu olhar na bola de papel que sequer se moveu. — Alakazam! Bibbidi bobbidi boo!

Nada. Crystal suspirou pesadamente, deixando sua cabeça pender para o lado, apoiando-a no punho, enquanto batia as unhas freneticamente na superfície do notebook. Do alto da cômoda, o Senhor Bigodes observava tudo com seu olhar analítico, como se julgasse sua dona por ser tão patética.

— Não me olhe assim. — Crystal ergueu o dedo em riste para o gato. — Eu não sou louca. Eu sou uma bruxa. Só não descobri como usar os meus poderes ainda...

O felino, por sua vez, agiu como se não desse a mínima, girando entorno do próprio corpo e se deitando feito uma bolinha em cima da cômoda, fazendo com que alguns batons, que Crystal havia arrumado ali, rolassem para o chão.

— Gato gordo. — Ela revirou os olhos, enquanto voltava a pensar em seu "problema mágico"

Talvez se eu... Alcançou o diário e procurou por uma página qualquer, onde houvesse algo que ela ao menos conseguisse pronunciar. Tentou novamente, entoando as palavras estranhas e se concentrando na bolinha de papel, que realmente rolou pelo chão!

RUNNING WITH THE WOLVES | Derek Hale ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora