16. MELHORES AMIGOS

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Liam Dunbar estava parado no corredor, os olhos fixos em um armário especifico que, em uma cidade normal, estaria cheio de homenagens naquela altura, mas ali era Beacon Hills, era como se as pessoas nem se importassem mais com mortes

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Liam Dunbar estava parado no corredor, os olhos fixos em um armário especifico que, em uma cidade normal, estaria cheio de homenagens naquela altura, mas ali era Beacon Hills, era como se as pessoas nem se importassem mais com mortes.

A notícia do incidente com Greenberg tinha se espalhado depressa, mas era como se não houvesse acontecido, a escola prosseguia em sua rotina, Liam nem sabia ao certo quando todos tinham parado de se importar com as mortes, quando tinham ficado tão anestesiados pela tragédia constante que abatia a cidade?

Em qualquer outro lugar a população estaria chocada com a morte de um adolescente, ainda mais um que tinha perecido nas mãos de um policial, durante uma suposta invasão a casa de uma colega. Mas as coisas não eram assim em Beacon Hills. Ninguém se perguntava por que um policial tinha matado um menino, na verdade, o que Liam ouvia pelos corredores da escola eram apenas cochichos sobre "será que ele era uma daquelas aberrações também?". O anuk-ite tinha sido derrotado, mas o medo e preconceito do sobrenatural ainda estava ali, de um jeito ou de outro.

A grande maioria sabia sobre os lobisomens e todo o resto de criaturas, mas eles ainda fingiam que não tinha acontecido, fingiam que a vida era normal e que não tinham se unido em uma caçada contra os próprios amigos.

E mesmo assim não havia homenagens no armário de Greenberg, porque, por mais que as pessoas fingissem que a cidade era normal, elas estavam cansadas demais de parar suas vidas cada vez que um adolescente morria em Beacon Hills...

A morte tinha virado uma normalidade ali.

Mas Liam não queria que fosse assim. Ele não queria que as pessoas deixassem de se importar, que pensassem que as mortes eram inevitáveis.

Caminhou até o armário de Greenberg e procurou um canetão na bolsa, rabiscando na porta de metal:

"Sentiremos sua falta, Greenberg"

— Hey, Dunbar! — Ouviu o Treinador Finstock chamar sua atenção. — Desde quando deu pra pichar armários! Se você for pra detenção não vai poder jogar e você sabe que...

O homem ainda está andando com passo duros até Liam, quando sua fala ficou presa em sua garganta.

Olhou a frase no armário e comprimiu os lábios em um sorriso triste. Sempre pegava no pé do garoto Greenberg, mas gostava dele.

Bateu no ombro de Liam em aprovação pelo gesto, e os dois ficaram ali por um segundo, encarando a porta de alumínio.

— Não deixe a diretora Martin saber que foi você... — Aconselhou apenas, tirando o próprio apito do pescoço e o pendurando na porta, também em forma de homenagem.

Liam sorriu compassivo e assentiu uma vez, vendo o treinador se afastar em seguida rumo a própria sala.

Foi nesse instante que seu aparelho celular vibrou no bolso.

RUNNING WITH THE WOLVES | Derek Hale ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora