14. PRESSENTIMENTO

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Derek Hale estava de pé, o queixo apoiado no punho, e um braço sobre o outro para fornecer apoio

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Derek Hale estava de pé, o queixo apoiado no punho, e um braço sobre o outro para fornecer apoio. Encarava sua própria mesa repleta de livros. Estava em uma pesquisa minuciosa sobre bruxas, e sobre qualquer coisa que pudesse usar contra essas criaturas, mas era como se cada pequena coisa levasse a um beco sem saída.

Suspirou, exausto. Não vinha dormindo bem há algumas noites, também estava evitando correr pela cidade, deixando as rondas sob a responsabilidade de Liam e Peter, já que seu tio parecia bastante empenhado em encontrar qualquer traço dos novos inimigos.

Toda aquela inquietação e isolamento de Derek tinha um motivo. Um motivo com nome, endereço e belos olhos verdes... Crystal Green.

Ele tinha levado a sério o que o tio dissera e estava tentando manter distância da menina, mas seu lado lupino odiava isso.

Mesmo negando, quando Peter perguntou, Derek sabia que sentia algo pela garota Green, não sabia se era pelo lado Delta dela, ou por alguma outra coisa intangível, a única coisa que Derek tinha certeza era que havia algo e que ele não podia permitir que esse algo se transformasse em sentimento.

Então vinha ignorando as mensagens e ligações dela, e evitando sair para rondas, porque sabia que, se virasse o lobo negro, acabaria na porta de Crystal.

Esfregou as têmporas, enquanto ainda observava os livros dispostos sobre a mesa, e foi com estranhamento que constatou que estava com dor de cabeça. Aquele tipo de dor não era algo que acometia lobisomens, o poder de cura não permitia tal coisa.

Talvez seja a falta de sono e as horas focado em pesquisa. Pensou, tentando focar na cura, mas nada aconteceu, pelo contrário, a dor parecia se intensificar a cada minuto. Como se um alerta soasse na mente de Derek.

Resolveu se deitar um pouco, mesmo estando no meio da tarde, talvez conseguisse dormir e aquela dor chata sumisse naturalmente. É o que os humanos fazem, não é?

Se jogou na cama e cobriu os olhos com o braço, tentando relaxar para que o sono viesse. Não funcionou. Seu coração estava acelerado e sua mente não conseguia se acalmar. Seu lado lupino estava dez vezes mais inquieto que o comum.

Constatou que estava preocupado com Crystal Green, uma preocupação repentina e infundada, vinda de um pressentimento que parecia esmagar seu coração e sua cabeça. Era daí que vinha a dor.

Derek tentou lutar contra seus próprios instintos por um tempo, mas isso só piorou a situação. Emitindo um rosnado de revolta consigo mesmo, ele alcançou o celular.

Encontrou o contato da Crystal antes mesmo de pensar conscientemente sobre isso.

— O telefone chamado encontra-se desligado ou fora da área de cobertura. — A voz robótica avisou, antes mesmo do primeiro toque.

Derek tentou outra vez e obteve a mesma resposta. Olhou o aplicativo de mensagens e constatou que Crystal estivera online cerca de vinte minutos antes.

— Ela está bem. — Ele deu de ombros.

RUNNING WITH THE WOLVES | Derek Hale ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora