CAPÍTULO 08 - SENTIMENTOS

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Eu não saberia dizer por quanto tempo nossos lábios ficaram juntos, pois a única coisa que meu corpo sentia era o calor que emanava do corpo de Brandon. Ele me abraçou e encostei minha cabeça em seu peito. Não consegui dizer uma só palavra, tudo que mais queria era aproveitar aquele momento. 

- Vou esquentar a sopa que eu trouxe pra você tomar um pouco. – disse ele quebrando o silêncio. – você precisa se alimentar.

- Não, fique eu não estou com fome. – insisti puxando-o pelo braço.

Brandon sorriu.

- Eu não vou embora, só vou até a cozinha, Will. – seu sorriso branco emoldurado por seus lábios perfeitos era uma obra digna de ser exposta no Louvre.

- Você me chamou pelo nome...

- Will não é o seu apelido? – ele brincou.

- Idiota, dá no mesmo. – retruquei começando a rir. Aparentemente minha febre começava a diminuir.

- A partir de agora te chamarei sempre assim.

Senti meu rosto corar.

Brandon esquentou a sopa e em menos de cinco minutos voltou para o quarto com um prato fumegante nas mãos.

- Essa sopa está muito quente, vai queimar minha língua, seu louco. – alertei-o enquanto observava as ondas de calor emanando do prato.

Ele nada respondeu. Sentou-se ao meu lado na cama, encheu uma colher com a sopa e soprou. Fiquei observando aquela cena de um Brandon carinhosamente esfriando a sopa para mim. Esperei acordar a qualquer momento, aquilo só poderia ser um sonho, não havia possibilidades de eu estar vivendo um momento como esse.

- Abra a boca. – ordenou ele.

- O quê? – perguntei atrapalhado tentando organizar novamente meus pensamentos.

- Abra a boca, como vai tomar a sopa de boca fechada? – falou Brandon me dando um beliscão na bochecha.

- Eu sei comer sozinho, tá? – respondi.

- Tudo bem. – disse me entregando a colher.

Abri a boca.

- Ora, ora. Parece que alguém quer ser alimentado. – zombou enquanto colocava gentilmente a colher de sopa na minha boca.

Senti meu rosto corar enquanto o líquido morno desceu pela minha garganta. Depois que tomei a sopa, Brandon me alertou sobre precisar me inscrever em um dos clubes do campus. Como já estava me sentindo melhor, resolvi tomar um banho e dar uma volta para conhecer mais sobre os clubes disponíveis.

- Ei, aonde pensa que está indo? – questionou ele quando levantei da cama.

- Tomar banho? – respondi.

- Não está esquecendo nada. – ele me encarou com aqueles olhos negros sedutores. Levantou-se da cama e segurou meu rosto entre suas mãos. – você não pode ir a lugar nenhum sem me dar um beijo de despedida.

Sua boca veio de encontro a minha novamente e meu coração martelava tão forte que a qualquer momento abriria caminho por entre minhas costelas saltando para fora do meu peito. Seu beijo era tão suave e intenso ao mesmo tempo, como se acariciasse meus lábios enquanto os devorava.

- Brandon...

- Oi.

- Você...o seu beijo... Foi a primeira vez que beijei alguém. – tateei procurando as palavras certas.

Forbidden Flower ~ Original StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora